NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Magalhães, Maria do Rosário Martins Figueiredo de,
nasceu a 1 de dezembro
de 1948, na Marinha Grande.
É técnica de informática,
viúva, com um filho e um neto. Pertenceu à Direção do Clube de Ténis de
Alcobaça e em 1979 foi candidata e eleita em lista da AD à Câmara Municipal de
Alcobaça (encabeçada por João Raposo de Magalhães).Recorda que às quartas-feiras de manhã estava nas águas e depois sempre que havia programas culturais e espetáculos tratava desses assuntos sem que tivesse mais que o direito a uma senha de presença (uma vez por semana).
As sessões da Câmara eram às quartas-feiras de tarde e nessa altura contavam sempre com a presença do Sr. Manuel Lemos, o chamado 7º vereador.
Maia, Armando
Rodrigues da, nasceu
no seio de uma família de classe média, com um
pai austero que incutia rigor, trabalho, e disciplina.
Frequentou
a escola até ao 2º. ano do liceu, altura em que desistiu e se mudou para Torres
Vedras, a fim de trabalhar numa padaria da família, situada no centro da cidade
que, para além da fabricação durante a noite, tinha de fazer a distribuição de
o dia. Após alguns anos, casou-se com uma conterrânea Maria das Neves Simões de
Oliveira Maia e ambos mudaram-se para Alcobaça a convite do cunhado para
trabalhar na padaria deste, inicialmente como sócio, posteriormente adquirindo
a sua totalidade.
Tendo
em conta haver inúmeras padarias em Alcobaça, aliás o negócio era difícil no
pós II Guerra dada a escassez de matéria-prima, a regulação do Estado e o
controlo de pesos e preços.
A
padaria localizada na Rua Virgínia Vitorino era muito movimentada, tanto pela
qualidade do pão, como pelo serviço que prestava a famílias de operários e
outros que diariamente ali o adquiriam, bem ou mal cozido de acordo com as
preferências do cliente, e que servia de base à alimentação, sem esquecer os
que se abasteciam, sem condições de poderem pagar.
Armando
Maia, homem robusto, destemido, por vezes
de temperamento difícil, reagia fortemente a situações que o incomodavam,
embora no geral fosse pessoa de bom trato e conversador, o que lhe permitiu
estabelecer um grupo de amigos íntimos com quem se relacionava particularmente
bem, em especial com Raimundo Ferreira da Silva, profissional do comércio de
tecidos com quem se associou em 1946, e constituiu a sociedade Raimundo & Maia Ld.ª depois de
adquirido o trespasse de um negócio composto por moinho de farinha hidráulico e
comércio de cereais, na Rua 16 de Outubro junto ao rio, edifício que viria a
ser comprado mais tarde pela empresa.
Devido
à concorrência entre padarias, e com as exigências sanitárias, estavam criadas
condições para que em 1961 fosse constituída a União Alcobacense de Panificação Ld.ª, organização tecnicamente
muito moderna, para produzir pão de maneira centralizada, obedecendo às normas
sanitárias e de higiene.
Armando
Rodrigues Maia foi um grande impulsionador desta organização, com o objetivo
que sob um mesmo teto fosse produzido o pão vendido na zona de Alcobaça. Esta
realidade, que se concretizou com o apoio de seu filho, fez com que a União
Alcobacense de Panificação Ld.ª, em Chiqueda, passasse a produzir o pão que
viria a ser vendido nas padarias dos sócios.
Apesar
do esforço e empenho neste projeto, onde em teoria tudo parecia dar certo, uma distorção do projeto inicial e na
organização acabou por passar algumas dificuldades, com altos e baixos ao longo
da existência.
Armando
Maia, passaria definitivamente a entregar-se com dedicação e empenho ao
desenvolvimento e expansão da Raimundo
& Maia, Ld.ª, trabalhando com o sócio Raimundo Ferreira da Silva e o
filho Salvador, até à idade da reforma, fase da vida em que foi severamente
afetado pela diabetes, altura em que deixou de exercer atividade empresarial,
delegou a gestão da sua participação na Raimundo & Maia, Ld.ª ao filho
Salvador, e doou a sua quota aos netos, dedicando-se unicamente à gestão do
património imobiliário.
-Veio
a falecer com 79 anos, em novembro de 1993, tendo nascido no Lugar do Paço/
Esgueira/ Aveiro, a 10 de julho de 1914.
Maia, Salvador de
Oliveira, filho único, viveu períodos da infância com uma tia, no
Lugar do Paço, pois os pais, recém mudados para Alcobaça, estavam a passar uma
fase difícil na atividade de padaria, que os ocupava o tempo todo.
Assim
que a vida dos pais se estabilizou, veio definitivamente para Alcobaça, onde
frequentou o Jardim-Escola João de Deus, e
foi desenvolvendo as raízes sociais com colegas e amigos.
Segundo
um filho desde muito cedo interiorizou o
sentido da responsabilidade e da função que cada um ocupa na sociedade, e que
nada se consegue sem trabalho. A atividade profissional do pai, de todas as
noites ter de produzir o pão que a mãe vendia durante o dia, impunha um ritmo de vida e até mesmo de
responsabilização social, pois desse mesmo pão centenas de pessoas
dependiam para a sua alimentação diária, situação que cedo percecionou.
Aos
doze anos, ingressou na Escola Comercial Veiga Beirão/Lisboa e concluiu o Curso
Comercial. Ali viveu durante os estudos, de onde regressava a Alcobaça a
visitar os pais e cumprir a obrigação de os ajudar na padaria.
Após
conclusão do Curso Comercial, foi sua
ambição imigrar para um país, onde o trabalho fosse melhor recompensado que em
Portugal, e o facto de ter vivido tantos anos fora de casa, dava-lhe essa
liberdade de pensamento.
Por
pressão dos pais, em especial da mãe, por alturas de 1954, acabou por vir
trabalhar para Alcobaça e aqui iniciou atividade na sua área de formação, na já
constituída empresa Raimundo & Maia,
Ld.ª, na parte de contabilidade, empresa que o pai tinha constituído com
Raimundo Ferreira da Silva, cuja atividade se centrava num moinho de farinha
hidráulico e comércio de cereais.
A
experiência industrial, comercial e de vida do pai e sócio, associada à formação, rigor e ambição do
novo elemento, criou na empresa uma dinâmica expansionista e de crescimento que
a levou a desenvolver a atividade para alem da existente, à venda e
distribuição de fatores de produção agrícolas, contratos de produção agrícola,
contratos públicos de abastecimento de bens de consumo alimentar.
Em
1966, tornou-se gerente da empresa, assumindo cada vez mais responsabilidade na
área de gestão financeira.
Apesar
de casado com uma alcobacense, Maria Ilidia Domingues Trindade Maia, e dos 3
filhos nascidos do matrimónio, todos licenciados e a viverem em Alcobaça e de
se considerar um alcobacense, de acordo
com a família achou que vivemos num mundo
global e que a vida e a atividade profissional deveria ser sempre enquadrada
nesse universo.
Neste
âmbito e com a empresa instalada nas instalações na Rua D. Pedro V/Alcobaça,
deu-se início à internacionalização com importações e exportações, e à venda de
produtos alimentares empacotados, para satisfazer os supermercados.
A
realidades no País, nos mercados, e na
empresa, com a entrada das novas gerações de sócios, foram sempre por si encaradas como elementos de mais-valia, de
rejuvenescimento e potenciadores de crescimento para as empresas, que iria
a constituir em 1982, com armazéns em Chiqueda. Em 1997, viria a construir uma
unidade industrial de conservas na Zona Industrial do Casal da Areia/Alcobaça.
Em
2009, com 72 anos, sofreu o maior abalo
da vida profissional, com a destruição completa da área de produção da fábrica
da Cister, causada por um incêndio. Apesar de desanimado com o sucedido, não baixou
braços pois na mente estava a
reconstrução urgente da fábrica. Com o seu trabalho na gestão financeira em
conjunto com o dos demais dirigentes e funcionários, viu a fábrica voltar a
entrar em funcionamento, ao fim de sete meses.
Em 4
de abril de 2013, à data do falecimento, tinha contribuído para a criação de um
dos maiores grupos empresariais (comercial e industrial) do Distrito de Leiria,
composto pelas empresas Raimundo & Maia, Ld.ª, e Cister Industrial de
Produtos Alimentares, Ld.ª, ambas com cerca de 250 trabalhadores, abarcando
todo o mercado nacional e com exportação para 35 países.
A natureza organizada, estratégica, e o
otimismo associado à constante atualização, segundo os seus próximos,
permitiram-lhe desenvolver uma capacidade de trabalho, empenho e
responsabilização, inclusive social e de visão do futuro.
A sua vida era a sua atividade
profissional, tinha
gosto pelo que fazia, e sua capacidade mental permitiu-lhe apesar de doença
prolongada, Leucemia, manter uma atividade de gestor financeiro do grupo, por
um período difícil do pós incêndio da Cister, até à data do seu falecimento,
sem que ninguém se tivesse apercebido da gravidade do estado de saúde.
Acessível e disponível para ouvir,
levou uma vida sem exuberâncias, preocupado com o bem-estar da família, e muito
ligado a esta, tinha-se tornado um autêntico especialista em diabetes, ao
ajudar o pai nas inúmeras crises que o afetaram.
Apesar de conversador, acessível, de
bom relacionamento, e disponível para estabelecer conversas com qualquer
pessoa, não cultivava amizades muito profundas, pois gostava de manter a vida pessoal
reservada, como aliás era timbre da família.
Não
era especial adepto do futebol, simpatizava embora com o Benfica e com o
Ginásio Clube de Alcobaça, de quem era o sócio 1000.
-Há
vários anos que Salvador Maia estava descontente pelo facto de não conseguir
ver aprovados projetos de construção na zona ribeirinha de Alcobaça. Assim, em
meados de 2009, decidiu colocar sete outdoors
gigantes, nos quais, através de textos e fotos, criticava asperamente a maioria
PSD no executivo municipal.
Deste
modo, assim que se entrava no passeio pedonal, requalificado pela autarquia em
2004, um cartaz de letras garrafais dava as boas vindas: Vergonha em Alcobaça. No texto lia-se que a Câmara falhou na
requalificação do centro histórico teimando
em manter mais de 3 mil metros de edifícios em mau estado. Apontava também a
degradação dos armazéns à direita do Mosteiro na Rua D. Pedro V, os mesmos que
estão no centro da polémica que o opunha ao executivo de Gonçalves Sapinho. Um
segundo cartaz continha cinco fotos em tamanho considerável, tantas quantos os
elementos social-democratas de executivo.
-Maia
nasceu no Lugar do Paço/ Esgueira/Aveiro, a 20 de junho de 1937.
Malhó Salgueiro, Maria
de Lurdes Lopes, mais
conhecida como Lurdes Malhó, nasceu
no seio de uma família de agricultores, a 14 de janeiro de 1959 em Montes,
aonde vive com marido e filha.
Fez o
Ensino Primário em Montes, o Secundário em Alcobaça e o Curso de Artes
Plásticas, em Caldas da Rainha. Desenhadora Industrial, integrou a Direção do
CBES de Montes durante vários anos e tem colaborado na organização das
festividades popular-religiosas de Montes.
Define-se
como pessoa de espírito ansioso,
abrangente no que faz e deseja, que gosta da agricultura biológica que
desenvolve num quintal com cerca de 1.500m2, adjacente à casa de habitação.
Nos
tempos livres, pinta a acrílico, embora não tenha ainda exposto e escreve.
Nunca tendo tido grandes dificuldades na vida, reconhece não ser especialmente ambiciosa.
Em
2013, integrou uma Lista de Independentes encabeçada por Álvaro Joaquim
Loureiro Santo, que venceu as eleições para a União de Freguesias de Coz,
Montes e Alpedriz, com intenção de ajudar a ultrapassar algumas carências da
sua terra. Deste executivo fazem também parte como Secretário, Maria Isabel
Moniz Sousa e Tesoureiro, Maria de Lurdes Lopes Malhó Salgueiro.
Maria
de Lurdes diz que gostaria, até ao termo
do seu mandato na Junta, de ver o Mosteiro de Coz ser classificado como
Monumento Nacional, pois para sua enorme surpresa não é, o que tem graves
implicações na sua recuperação e da zona envolvente, potenciadores de
desenvolvimento local.
Malhó, Fernando
Catarino, nasceu a 11
de novembro de 1936, em Montes.
Frequentou
e concluiu a instrução primária no lugar de Montes, o Curso Geral do Comércio
na Escola Industrial e Comercial de Caldas da Rainha e é Bacharel em
Contabilidade e Administração.
Foi
atleta e fundador da Associação Recreativa Montense.
Admitido
em 14 de dezembro de 1959 na Caixa Sindical de Previdência dos Profissionais do
Comércio, com a categoria de Contabilista, foi transferido para a Caixa de
Previdência do Distrito de Leiria, em 25 de junho de 1962. Foi em pleno PREC,
Presidente da Comissão de Trabalhadores da Caixa de Previdência.
Desempenhou
funções de Presidente do Conselho Consultivo da Comissão Administrativa do
Centro Regional de Segurança Social de Leiria, designado por despacho
ministerial Vogal da Comissão Administrativa da Caixa de Previdência e Abono de
Família do Distrito de Leiria, em representação dos Trabalhadores. Integrou
vários Conselhos Diretivos do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, na
qualidade de Vogal, foi Diretor do Lar Residencial de Alcobaça e destacado em
1971 para orientar e reformular os Serviços das Caixas de Previdência de Angra
do Heroísmo e Ponta Delgada, responsável pela Administração Financeira,
orgânica e funcional do Centro de Alojamento de retornados do Forte de Peniche,
entregue pela Cruz Vermelha à Segurança Social.
Candidato
à Presidência da Câmara Municipal de Alcobaça, pelo PSD, não tendo ganho as
eleições, foi vereador (sem pelouro atribuído) de 1994 a 1997.
Em 25
de Junho de 1996 passou à situação de aposentado.
Continua
a dispensar profunda atenção e interesse a causas sociais, que foram sempre o seu campo de atuação
profissional e de que não pretende abdicar.
rigente em cargos públicos e que tendo em conta os valores
herdados sente-se feliz e realizado.
Assim sendo, tem orgulho em ser pessoa respeitada pelo
trabalho que desenvolveu e louva-se de nunca
ter sido vetado em nenhuma escolha por razões políticas, mesmo no PREC.
Leia-se Fleming de
Oliveira em No Tempo de Soares, Cunhal e Outros.
-No
dia 29 de outubro de 1993, cerca de 400 pessoas, candidatos, militantes,
simpatizantes e outros, fizeram uma noite laranja
no salão Viamar, em Alfeizerão com o objetivo de apresentar os candidatos aos
diversos órgãos autárquicos nas eleições do dia 12 de dezembro de 1993.
Como
convidado de honra, esteve Fernando Nogueira, Vice-Presidente do PSD Nacional e
também alguns deputados. O Vice-Presidente do PSD focou temas de âmbito
nacional e afirmou que o PSD está motivado para ganhar a maioria das Câmaras do
Distrito, entre as quais se conta a de Alcobaça.
Uma
intervenção muito aplaudida foi a de Francisco Eusébio, em nome dos autarcas em
exercício, dizendo: É preciso ter
humildade para servir as freguesias e saber esperar que as obras apareçam, para
não desanimarem, mas acima de tudo terem o dom de “Saber Pedir”. Mais
adiante afirmou que estou cheio de força
para vencer e vou fazê-lo apesar de ter contra mim uma lista de independentes
forjada pelo PS e outra apoiada pelo partido de Cunhal.
Muito
esperada era a intervenção de Gonçalves Sapinho, que voltou ao PSD agora como
candidato à Assembleia Municipal, lugar que conhece pois já o exerceu.
O
último orador foi Fernando Malhó que deu uma lição de gestão e prometeu dignificar
a imagem do concelho e suas gentes e servir lealmente para bem de todos. O
candidato afirmou que a sua campanha será
um exercício de alegria e democracia contra os paladinos da desgraça.
Noite
grande dos laranjas alcobacences que
se mostraram com dinâmica, não disfarçando aqui e ali um certo nervosismo azedo contra os adversários,
como depois foi comentado.
Notou-se
a ausência de candidatos de segundo plano e alguns históricos locais.
-O
Centro de Bem-Estar Social dos Montes vai avançar, no primeiro trimestre de
2017, com a construção de um lar para idosos.
O
projeto foi apresentado, no dia 11 de setembro de 2016, no decorrer da festa da
fruta, organizada pela instituição. O projeto prevê obras de ampliação e
reestruturação dos espaços existentes, por forma a dar resposta a 20 utentes
residentes permanentes, 15 utentes em centro de dia e mantendo a resposta de
apoio domiciliário (capacidade para 40 utentes), com os serviços ambulatórios
de higiene pessoal e cuidados de imagem, alimentação e fornecimento de
refeições, lavandaria e higiene da habitação.
O projeto de construção do lar procura
dar resposta a uma necessidade sentida na comunidade, constituída
maioritariamente por uma população muito envelhecida, parte dela sem suporte
familiar próximo, acrescentou
a diretora do CBESM. Além disso, à exceção de Pataias e Alcobaça não existe nas
proximidades outra resposta por parte de IPSS nesta área, sendo por isso, um
projeto que irá colmatar uma dificuldade sentida pela freguesia e freguesias
vizinhas. Consequentemente, serão criados
mais postos de trabalho, sendo uma mais-valia para toda a freguesia. O
CBESM conta com 25 utentes no apoio domiciliário, 20 no centro de convívio, 8
crianças no centro de atividades de tempos livres, mais 6 no prolongamento do horário
do pré-escolar, servindo almoços a 34 crianças do jardim de Infância e EB 1 dos
Montes, no âmbito serviço de apoio à família, e assegura outros serviços de
apoio à comunidade.
Manso, José Ramos Pires, natural dos Foios, Professor da Universidade da Beira
Interior (Departamento de Gestão e Economia) e investigador do Observatório
para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira, um dos
autores do estudo sobre a Qualidade de Vida dos Municípios Portugueses, esteve
a apresentá-lo numa tertúlia no Café Portugal realizada em novembro de 2008.
De
acordo com este investigador, existem lacunas graves em Alcobaça, ao nível de
equipamentos de comunicação, culturais, de saúde, educação, cultura, ambiente,
bem como pouco dinamismo económico, seja no mercado da habitação ou no mercado
de trabalho.
Todavia,
em termos de estruturas básicas, Alcobaça supera a média nacional, o que
significa que se encontra num honroso,
sexagésimo oitavo lugar.
Licenciado (1966) e doutorado (1973) em Engenharia
Mecânica pelo Instituto
Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, obteve o grau de Master of Science
in Applied Machanics pelo Imperial College – Universidade de Londres (1968).A 19 de Abril de 1986 foi feito Comendador da Ordem da Instrução Pública e a 9 de Junho de 1994 Grande-Oficial da Ordem do Mérito.
Ocupou o cargo de Ministro da Educação no XIII Governo Constitucional, de 28 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999.
A 18 de Janeiro de 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
-O
Ministro da Educação, Marçal Grilo visitou apressadamente no dia 2 de dezembro
de 1996, o Externato Cooperativo da Benedita, limitando-se a percorrer o
edifício e a justificar a deslocação afirmando que era uma visita do reconhecimento a uma instituição pioneira no ensino
particular e cooperativo. A visita surgiu por convite de Gonçalves Sapinho,
diretor da escola e ex-colega de bancada de Marçal Grilo na Assembleia da
República
Marçal
Grilo, descerrou uma lápide alusiva à sua passagem, coincidindo na data com uma
visita que Couto dos Santos ali fez, três anos antes, e passados dois dias saiu
do ministério.
Ao
conjunto das lápides ali descerradas onde constam os nomes de Veiga Simão,
Roberto Carneiro, Couto dos Santos e outros, chamam os professores daquela
escola a necrópole, porque a passagem
por ali destes ministros antecipa a saída dos mesmos do governo.
Marçal
Grilo, confrontado com a situação, disse estar sempre pronto a regressar à Gulbenkian.
-A
escola preparatória, pertencente à rede do ensino público, não teve
conhecimento oficial da visita do Ministro Marçal Grilo.
Lúcia
Serralheiro, queixa-se da falta de atenção dada ao ensino público em favor do
ensino particular, numa terra onde o
ensino particular cresce e o oficial sobrevive. Também as autarquias locais
não se manifestaram muito agradadas com a situação, porque só foram informadas
da visita depois de a Junta da Benedita ter protestado contra o facto.
O
presidente da Junta ao ter conhecimento da visita enviou um fax a Marçal Grilo,
considerando o modo como esta foi preparada de um ato vergonhoso e escandaloso, e aconselhou Marçal Grilo a
demitir-se do cargo. Faxes de igual teor foram enviados a António Guterres,
Jorge Coelho, a outros governantes e aos órgãos do partido socialista.
A
Câmara só terá sido informada, depois de João Mateus Luís ter começado a partir a louça e a enviar faxes.
A
poucos metros de distancia, a Escola Preparatória da Benedita, com acessos em
muito mau estado e feitos através de um terreno privado não mereceu a visita do
responsável do Ministério da Educação. Há catorze anos que os acessos aquela
escola se fazem por um terreno pertença da Paróquia, situação que se agravou
com as obras de construção do Lar e Centro de Dia da Misericórdia da Benedita.
Os cerca de quatrocentos alunos daquela escola, têm que percorrer um espaço
lamacento, cheio de buracos até à entrada do edifício escolar, passando junto
ao local onde decorrem as referidas obras. Além dos maus acessos, levantava-se
a questão da segurança uma vez que circulavam máquinas e viaturas de transporte
com materiais, o que levava os responsáveis da Escola a temerem pela segurança
dos seus alunos.
Marcello Caetano, José das Neves Alves, foi o último
Presidente do Conselho de Ministros, do Estado Novo
após a substituição de Salazar.
Em 8
de abril de 1973, Marcelo Caetano, deslocou-se a Benedita numa visita particular, mas que se revelou de
grande projeção, pelo apoio que lhe deram a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia,
em cuja sede descerrou uma lápide alusiva, Escolas, Filarmónica de Turquel, bem
como a população em geral. Deslocando-se à Rua Heróis do Ultramar, Caetano
descerrou uma placa toponímica, tendo discursado o antigo furriel miliciano
Manuel Ferreira Castelhano, Secretário da Junta de Freguesia, em nome de antigos combatentes,
inclusive alguns da Maiorga, que se encontravam presentes. Caetano visitou
empresas, tanto da indústria, como da agricultura, o Centro Social e,
finalmente, a Cooperativa de Ensino e Cultura/ECB, aonde foi
cumprimentado pelo Diretor Pedagógico, Gonçalves Sapinho, demais membros dos
corpos directivos, pessoal docente e alunos e assinou o Livro de Honra. A
visita terminou no Salão Paroquial, aonde foi servido um lanche.
José
Vinagre, recordou que em 1973 ocorreu a que seria a primeira e última visita de
Marcelo Caetano que referiu que depois de
ter visto a realidade a nossa terra, deveria ser tomada como exemplo do país,
pelo dinamismo e vontade de progresso, na resolução e empenho para os seus
problemas, quer ao nível das dificuldades financeiras, culturais e sociais. Esta
declaração foi destacada na imprensa nacional e principalmente na imprensa
local de Alcobaça e veio a ter importância no desenvolvimento, a curto prazo,
da Benedita. Acrescentou Vinagre que, nesse
mesmo dia, Marcelo Caetano descerrou uma placa toponímica com o nome Rua Heróis
do Ultramar e uma outra com o seu busto na praça principal de Benedita.
Quatro meses depois, já em plena
revolução do 25 de Abril, ambas as placas foram destruídas por jovens
entusiasmados pelo período revolucionário, o que originou uma autêntica revolta
popular, criando um descontentamento generalizado na freguesia, e que se veio a
alastrar à cidade de Rio Maior e mais tarde com consequências em Alcobaça,
tanto no cerco ao edifício da Câmara Municipal, bem como à sede do Partido
Comunista Português.
-Marcelo
Caetano faleceu no Rio de Janeiro a 26 de outubro de 1980, aonde estava exilado
desde o 25 de abril, sem pretender voltar a Portugal.
Maria, Manuel Querido, nasceu a 17 de dezembro no lugar de Areeiro/Évora de
Alcobaça e aí vive, reformado da Atlantis, onde foi vidreiro.
Hoje
em dia dedica-se aos netos e aos canários, gosto que vem do tempo em que
regressou da tropa que fez em São Tomé. Tem 60 casais de canários de boas raças
estrangeiras e nacionais. Manuel Maria já havia concorrido duas vezes em
concursos mundiais (em concursos no nosso país aonde já foi campeão nacional
várias vezes, fá-lo sempre que é possível) tendo obtido na primeira vez em 2001
uma medalha de prata e da segunda em 2010, uma medalha
de bronze.
Esclareceu
que na vitória de 2016 o canto do canário não tem relevância ao contrário da
beleza e cores do mesmo.
Depois
de cumprir serviço militar passou a dedicar o tempo livre aos canários, desde
sempre a ave que mais gostou e admirou. Começaram a haver concursos em Caldas
da Rainha. Foi ver alguns, o entusiasmo cresceu e começou a participar.
Surgiram os primeiros prémios e o entusiamo
aumentou. Participou em concursos em Peniche e em Santarém e em 2001 surgiu
a possibilidade de participar num campeonato do mundo realizado no Porto. Como
é filiado dos clubes de Peniche e Caldas da Rainha, o de Peniche facilitou-lhe
o transporte das aves para o Porto onde decorreu o campeonato, sendo 19 países
a concorrer, 1900 participantes, 15000 aves e muitos juízes de vários países. O
campeonato correu bem e foi gratificante tirar
uma medalhinha de prata. Para poder ter estes sucessos diz que tenho uma ótima companheira que me
ajuda. Nas horas de trabalho é ela que os alimenta. Se não fosse assim também
não tinha grandes hipóteses de chegar aqui.
Marmelo, Paulo José, enforcou-se na residência onde vivia
com a mulher Margarida Maria dos Reis, de 26 anos, em Ataíja de Cima.
Margarida
tinha decidido começar uma vida nova e aguardava o resultado do processo de
divórcio, mas no domingo dia 6 de agosto de 2006, pelas 18h30, o marido decidiu
queimá-la viva com gasolina, na Rua Augusto Pina em Alcobaça quando esta saiu
de casa para passear o cão, como fazia todos os dias antes de partir para o seu
trabalho na Nazaré. Os vizinhos ainda tentaram apagar as chamas com um
cobertor, mas quando Margarida deu entrada no hospital de Alcobaça, já não
apresentava sinais vitais.
Após
o crime, Paulo abandonou o local e aí deixou a vasilha que transportou o
material inflamável.
Margarida
esteve casada com Paulo durante cerca de 4 anos, mas um mês antes do crime
havia abandonado o lar, indo viver para Alcobaça.
Em
finais de julho, Margarida tinha publicado um anúncio em que dizia não se responsabilizar pelas dívidas do
marido, desde 15 de julho.
Marques, António Eduardo de Sousa, nasceu a 21 de julho de 1940 em Alcobaça, onde reside.
Tem o
Curso Geral de Comércio, foi empregado de escritório na Crisal-Cristais de
Alcobaça, SA., de 1957 até 1999, onde desempenhou funções de Escriturário,
Caixa, Chefe de Secção no Departamento Financeiro e Contabilidade, Ligação à
Bolsa de Valores, T.O.C., Sócio-Gerente da Producembal /Produção de Embalagens,
Ld.ª de 1990 a 1999, TOC responsável de 1999 até 2003 empresa integrada na
multinacional Sealed Air Espanha, SA / Barcelona e gerente de Gilberto de
Magalhães Coutinho, Ld ª..
Fez
formação na Apotec/Associação de Técnicos de Contas e na OTOC.
Ocupa
os tempos livres como estudante na Usalcoa/ Universidade Sénior de Alcobaça,
bem como na leitura e desporto.
António
Eduardo, que se assume como desportista foi um dos fundadores do Clube de Ténis
de Alcobaça/CTA, de que é aliás o sócio nº3, o nº1 Virgílio Ribeiro (advogado
de Alcobaça) e o nº2 o Dr. Fernando Luz (antigo Procurador no TJAlcobaça),
tendo sido até recentemente um praticante assíduo e federado, participando em
provas ao longo do país. No CTA desempenhou funções diretivas durante muitos
anos, o que lhe permite e considerar-se um desportista com verdadeiro espírito
de amador. O desporto, assim encarado, sempre fez parte da sua vida, tendo
também praticado algum futebol (estilo solteiros e casados), voleibol e
natação.
-Antes
do 25 de abril, assumiu expressamente atitudes de oposição ao regime, o que
implicou que lhe fosse negado o direito ao recenseamento eleitoral e a emissão
de passaporte.
Em
1969, trabalhando em Lisboa por conta da Crisal, envolveu-se em ações de
propaganda eleitoral da CDE, com vista às eleições para a Assembleia Nacional
de 1969 (as primeiras com Marcelo Caetano, alegadamente de abertura).
Em
1975, foi convidado pelo Governador Civil de Leiria, Rocha e Silva, tal como
ele contabilista, a integrar a Comissão Administrativa do Hospital de Alcobaça,
o que aceitou.
Desempenhou
cargos diretivos na Cooperativa de Consumo da Crisal, CRL, aí sendo Presidente
da Direção, Presidente do Conselho Fiscal e Presidente da Assembleia Geral
durante alguns mandatos, representante do Distrito de Leiria, eleito pelas
Cooperativas de Consumo do Distrito, para organizar o 1º. Congresso em
Liberdade das Cooperativas de Consumo que se realizou em Lisboa de 11 a 13 de
março de 1977, no qual participaram como organizadores os representantes
eleitos por 18 distritos de que foi membro de honra da mesa neste Congresso o
Professor Henrique de Barros.
Pertenceu ao Conselho Municipal de Alcobaça,
foi Deputado na Assembleia
Municipal, eleito pela APU, em 1979 e militante no MDP/CDE. Pessoa afável e de
bom trato é estimado em Alcobaça.
Marques, António da
Silva, Santeiro, relojoeiro de profissão e com
estabelecimento junto à rotunda da Avenida da Igreja, estabeleceu-se na
Benedita em janeiro de 1955 e a partir de 1979, foi agricultor e criador de
gado.
A
alcunha santeiro vem do tempo do avô,
já António da Silva Marques, falecido em 1913, escultor artesanal que fazia
santos, de que ainda resta um no museu da Igreja da Benedita.
Foi
Presidente da ABCD e Presidente da Junta de Freguesia antes de 1974. Com o 25
de abril de 1974 foi saneado. Muito conceituado, reabilitado politicamente,
veio a ser eleito Presidente da Junta em lista independente, com maioria absoluta.
Nasceu
a 29 de setembro de 1929, na Benedita e faleceu em 28 de outubro de 2007. Marquês, António Ferreira, filho e neto de moleiros, nasceu no
Algarão/Benedita, a 30 de abril de 1950, tendo aí passado a infância,
acompanhado por dois irmãos e duas irmãs.
Estudou
no Colégio dos Salesianos, em Lisboa, e concluiu o Curso Profissional de Artes
Gráficas, da Escola António Arroio.
Começou
a trabalhar como gráfico, em 1971 na Tipografia Correia, em Lisboa, antes de ir
cumprir serviço militar, como Sargento Miliciano na Guiné, de 1972 a 1974, onde
foi requisitado para trabalhar no Jornal Voz da Guiné.
Regressado
a Portugal, casou-se com Georgeta Marquês, com quem tem 2 filhas gémeas.
Nesse
mesmo ano, concorreu ao Ensino Público e, entre 1975 a 1981, lecionou Educação
Visual e Trabalhos Manuais, na Escola Preparatória Latino Coelho, em Rio Maior.
Em
1981, estabeleceu-se em nome individual, e depois formou com a mulher Georgeta
a Relgráfica-Artes Gráficas, Ld.ª, da qual é Sócio-gerente.
Na
área social, foi dirigente associativo, destacando-se a passagem pelo
CRP/Centro Recreativo e Popular, da Ribafria, impulsionador da construção da
sua sede, fez parte dos orgãos diretivos dos Bombeiros Voluntários da Benedita,
durante vários anos e dos órgãos sociais da Região Centro da APIGRAF/
Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Comunicação e Transformadoras
de Papel, durante vários anos.
Com
uma incursão na política, foi membro da Assembleia Municipal de Alcobaça nos
mandatos de 1989 a 1993 e de 1993 a 1997, Secretário da Junta de Freguesia da
Benedita, no mandato de 1993 a 1997 e membro do Conselho Geral da ANAFRE, no
mandato 1993 a1997.
-Continua
a trabalhar e não prevê reformar-se por
agora, sem esquecer que quando isso acontecer, será sem sobressaltos.
Aprecia fazer caminhadas e ler.
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