NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Ribeiro, Humberto, natural do Vimeiro/Alcobaça, sagrou-se
campeão nacional de Freestyle em
motos, em 5 de outubro de 2001.
O campeonato realizou-se com 6 provas e Ribeiro obteve o 2º
lugar na Benedita, o 4º lugar no Montijo, o 3º lugar em Paços de Ferreira, o 2º
lugar em Bragança e o 1º lugar em Felgueiras e Covilhã.
Nascido
em 1979, Humberto Ribeiro começou cedo nas aventuras das motos.
Grande
adepto dos desportos de 2 rodas, praticou BTT, antes de se dedicar à modalidade
de Freestyle. Apaixonado por motas desde criança, Humberto Ribeiro soube, desde cedo,
aquilo que queria fazer na vida, andar de mota. Aos 16 anos teve a sua primeira
mota, mas a visão daquilo que seria realmente a sua vocação, aconteceu quando
assistiu a um espetáculo de Freestyle em
Espanha. A destreza de quem conduzia e manobrava a mota, apaixonou-o pelo com
esforço e o apoio dos amigos e família conseguiu comprar uma mota adequada para
praticar a modalidade.
Campeão do mundo de Freestyle, percorre o país e o estrangeiro
a fazer espetáculos. Manobras são perigosas para alguns, mas para Humberto
Ribeiro muito mais que uma profissão é a
minha vida.
Quando tenho tempo
livre gosto de ir à praia, de pescar, de estar com os amigos, ver televisão. A
minha mãe tem um estabelecimento comercial e também gosto de lhe dar uma ajuda
quando estou livre.
Ribeiro, José Manuel Soares, nasceu em Alcobaça a 26 de julho de
1946.
Cumpriu
3 anos de serviço militar, com a especialidade de Artilharia de Costa, o que
evitou mobilização para África, mas a sua grande vontade era ingressar na Força
Aérea. Todavia, o pai não deu a autorização, dado ser menor, de 18 anos.
Estudou
na Escola Técnica de Alcobaça e tirou o curso de Optometria em 1978.
Sempre
trabalhou no mesmo local, Óptica Ribeiro como agora se chama, inicialmente
denominada Ourivesaria Ribeiro, fundada por seu pai, Manuel Domingos
Ribeiro Júnior, quando veio de Lisboa, onde trabalhava numa
ourivesaria. José Manuel Soares Ribeiro dirige a Óptica Ribeiro desde 1998
sucedendo a seu pai Manuel que a havia fundado em dezembro de 1945. O ramo de
atividade foi mudando ao longo do tempo pois tanto o ouro como a prata foram
perdendo espaço em relação à ótica.
A
Óptica Ribeiro dedicava-se à ourivesaria e relojoaria, e mais tarde a
comercialização de óculos. Antes de se radicar definitivamente em Alcobaça,
Manuel Domingos Ribeiro Júnior, como era um viciado pela caça (perdizes,
codornizes, narcejas, etc), tratou de saber se aqui ela abundava ou não,
tendo-lhe isso sido assegurado.
O seu
estabelecimento é, provavelmente, um dos mais antigos no comércio de Alcobaça,
com os mesmos donos, o mesmo local (embora sofrendo com o tempo obras de
remodelação e beneficiação) e área de negócio.
José
Ribeiro, reformou-se em 2011, mas continua a trabalhar, embora começando a
transferir tarefas e responsabilidades para a filha, pois tem pouca paciência para certos trâmites burocráticos,
nomeadamente os das Finanças e as suas exigências informáticas.
-Nos
tempos livres, dedica-se ao tiro com arco e flecha no Montijo, de onde é
natural a esposa, bem como o tiro aos pratos, tendo participado em torneios,
onde segundo a família ganha sempre
qualquer coisa, mais não seja o prémio de jogador mais velho, e à
prática de tiro ao alvo (de pistola), na Ota. Até há anos, apreciava a pesca
desportiva, pelo que chegou a ter 3 barcos. Tem carta de patrão de costa, o que
lhe permitia pescar para além das Berlengas, tendo de uma vez (e num só dia)
apanhado, conjuntamente, com o acompanhante, cerca de 100 quilos de gorazes e 7
de cantaril. Esta pescaria (excecional dada a feição do vento) foi facilitada
por conhecer bem os pesqueiros, utilizar GPS, sonda e radar. Assim, andou cerca
de um mês a comer gorazes (cerca de 1,5Kg cada). O cantaril deu azo a que a
esposa fizesse uma bela sopa. Verdade de seja dita, este sucesso nunca mais se
repetiu, pois não é pescador mentiroso. Ribeiro na sua faina pesqueira, nunca
esqueceu os preceitos ecológicos, devolvendo ao mar espécies que não lhe
interessavam. Hoje em dia, tem saudades da pesca de antigamente, mas reconhece
que o mar no tempo que corre é um autêntico caixote de lixo, o que lhe retira o
interesse.
Considera-se
um bom garfo (prefiro o peixe à carne)
e um bom copo de tinto, dando especial preferência ao do Douro. Aprecio tão pouco a carne, que nem gosto de
entrar num talho.
Entretém-se
com os seus 4 cães e 3 gatos, embora isso
lhe acarrete alguma despesa, não de
todo irrelevante.
Ribeiro, Leonel Jorge da Silva, nasceu no Casal Velho a 9 de abril de 1967, filho de
agricultores com pomares. Fez a Escola Primária no Casal Velho, em seguida a Telescola para o correspondente ao atual 5º. e 6º anos e depois ingressou no Seminário da Consolata, Fátima, até completar o 9º. ano, altura em que saiu por reconhecer não ter vocação para o sacerdócio, indo estudar em Coimbra e terminar o secundário.
Cumpriu serviço militar em São Miguel/Açores.
Hoje dedica-se com os dois irmãos à agricultura, exportando principalmente fruta para o Brasil.
Nos tempos livres, gosta de praticar Bonsai possuindo para isso várias árvores e arbustos os quais nem sempre cuida como gostaria e mereciam.
Ao mesmo tempo continua a dar apoio ao Agrupamento de Escuteiros de Alfeizerão, sendo monitor, fazendo acampamentos e apoiando em termos logísticos.
Aprecia um bom tinto do Oeste e petiscar, muitas vezes acompanhado por um fado de Coimbra, que canta a solo, quando está mais animado e bem-disposto.
Concorreu à Junta de Freguesia em 2013, em lista do PSD, e gosta de ser Presidente, tendo sido decisivo, segundo esclarece, para aceitar a função, o desejo de concluir o Centro Escolar de Alfeizerão, arranjar o Cemitério de Valado de Santa Quitéria e conferir melhores condições ao mercado semanal. Leonel Ribeiro não é presidente da Junta de Freguesia a tempo inteiro pois também quer acompanhar muito de perto a sua atividade de empresário agrícola.
Do
executivo da Junta fazem ainda parte como Secretário, António Vieira Pinto,
Tesoureiro, Alexandrina Maria Paulino Mota Leitão. É Presidente da Assembleia
de Freguesia, Sérgio Filipe Coutinho Rosário.
-Leonel
Ribeiro, foi o primeiro e indiscutido vencedor das eleições autárquicas no
concelho de Alcobaça, uma vez que se tratava do único candidato à Junta de
Alfeizerão, que se apresentou a votos.
O
candidato do PSD, conhecido na freguesia por Nelito, sucedeu no cargo a
Natividade Marques, que deixou a presidência da Junta após três mandatos
consecutivos.
Apesar
de não ter opositores no ato eleitoral, Leonel Ribeiro pretendeu esclarecer a
população durante a campanha eleitoral, apresentando as ideias e os projetos que
pretende desenvolver na freguesia. Gostaríamos de fazer muita coisa, mas
sabemos que as dificuldades são muitas, reconheceu apontando a construção
de um centro escolar na freguesia como uma
das prioridades do mandato.
-As eleições do dia 29 de setembro de 2013 consagraram seis
novos presidentes de Junta de Freguesia, entre as 13 autarquias do concelho de
Alcobaça. Foram os casos da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria e das
freguesias de Alfeizerão, Bárrio, Benedita, Maiorga e Turquel.
Leonel Ribeiro, de Alfeizerão, manifestou descontentamento
por não ter conseguido vencer a abstenção mas
de uma forma geral, correu bem.
-As Juntas de Freguesia de
Alfeizerão, Cela e Vimeiro uniram-se em janeiro de 2015, para criar uma
associação que vai gerir alguns equipamentos das três autarquias e partilhar
serviços. A parceria, a que se juntou a Câmara de Alcobaça, foi estabelecida no
dia 12, na sede da Junta de Freguesia de Alfeizerão. Veja-se sobre este assunto
Paulo Mateus.
-As
paredes das salas de aula da Escola Básica 1 de Alfeizerão, foram pintadas
durante o período de férias letivas de verão de 2015.
A
pintura interior do edifício, foi financiada pela Junta de Freguesia e contou
com a colaboração da Câmara de Alcobaça, que ofereceu a tinta necessária para
as quatro salas.
A escola já não era pintada há mais de
10 anos, recordou
Leonel Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alfeizerão.
A
Junta foi alertada pela Assembleia e pelas professoras da escola para a
necessidade de requalificar o interior das salas de aula e aproveitou o período
de interrupção letiva para dar uma nova cor às paredes do estabelecimento de
ensino.
-Câmara de Alcobaça pediu a
desanexação de sete hectares pertencentes à Reserva Agrícola Nacional com o
objetivo de viabilizar um investimento imobiliário de 32 milhões de euros em
Alfeizerão.
O projeto previa a construção de 57 moradias (a rondar 500
mil euros cada), um hotel, piscinas, campo de ténis e uma escola de mandarim
(esta última financiada pelo Ministério da Educação chinês).
Tratar-se-ia de um investimento que, a concretizar-se,
rondaria 32 milhões de euros e, segundo o Presidente da Câmara de Alcobaça,
Paulo Inácio, deveria ser executado por empresas da região Oeste pois foi essa
uma das condições impostas aos empresários chineses.
Tudo parecia estar
dependente do Ministério da Agricultura, a quem compete autorizar a desanexação
dos terrenos que estão classificados como Reserva Agrícola Nacional (RAN).
Estes, com uma área de sete hectares, situam-se entre Alfeizerão e Vale de
Maceira, com bons acessos pela A8 e perto de S. Martinho do Porto.As casas, do tipo T4 e T5, teriam um jardim privado e seriam construídas em redor de um lago artificial. A sua disposição respeitaria a filosofia oriental do Feng Shui, que dispõe a porta de entrada e as divisões do interior das casas numa determinada harmonia.
Leonel Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alfeizerão, disse ao Gazeta das Caldas, que este projeto é útil devido ao elevado investimento que irá movimentar visto que a construção atravessa momentos de grande dificuldade.
O objetivo dos promotores seria captar cidadãos chineses interessados nos vistos gold. Em 7de março de 2015, na Gazeta das Caldas, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, disse que a Região do Oeste é uma alternativa a Lisboa e ao Algarve para os investidores no âmbito do programa dos vistos gold porque nestes locais a oferta começa a escassear.
No caso de Alfeizerão, terá sido um acaso que levou um empresário chinês a interessar-se pela zona.
Carlos Pereira, um alfeizerense emigrado na Alemanha, casou-se com a chinesa Chiyu Lyu, cujo irmão, empresário, veio à boda a Portugal. Encantado com o potencial da zona decidiu, com mais três sócios e o próprio cunhado apostar num empreendimento de luxo.
Os promotores reuniram por duas vezes com a Câmara de Alcobaça e esperavam que os terrenos deixassem de ser RAN para poder avançar com o projeto.
Quem levantou dúvidas sobre a facilidade em afetar terrenos agrícolas à construção foi João Gomes, um cidadão de Leiria, que na Assembleia Municipal de Alcobaça questionou a autarquia, tendo em conta que há outros empreendimentos imobiliários na região, devidamente infraestrurados, e também construídos em zona RAN, que estão abandonados.
Numa carta dirigida ao jornal PÚBLICO, este empresário disse que se limitou a pedir para ser elucidado pela autarquia. No entanto, garante que foi ofendido, enxovalhado e apelidado de fundamentalista e ignorante pelo senhor presidente da Câmara de Alcobaça.
Outra voz que se insurgiu contra este projecto, foi a de Carlos Sena, residente em Vale de Maceira e que, em conjunto com a mulher e a cunhada, foi co-proprietário dos terrenos visados para o projeto imobiliário. Para nós construirmos houve sempre impedimento e agora para os chineses que vêm para cá já estão a facilitar tudo, disse
Carlos Sena, que se queixou que tentou urbanizar os 67 mil m2 daquele terreno, mas que o PDM de Alcobaça não o permitia. Por isso vendeu-o em 1997 por 50 mil contos, tendo em conta que era um terreno rústico. Agora que o mesmo deverá passar a urbano, exige ser ressarcido. Foi-nos coartada a hipótese de vender por urbano e por isso temos o direito a uma parte da mais-valia que esta nova venda aos chineses venha a gerar, disse.
Seja como for, o projeto acabou por não ter desenvolvimento.
-Uma centena de pessoas concentrou-se, em inícios de agosto de 2016, junto à extensão de saúde de Alfeizerão, em protesto contra a falta de médicos.
Num dia temos médico, não temos administrativa. No outro temos administrativa, mas não há médico, afirmou o Presidente da Junta de Freguesia de Alfeizerão, Leonel Ribeiro, contestando o facto de a maior parte dos dias a extensão de saúde se encontrar fechada.
Segundo o autarca, o problema arrasta-se há cerca de um ano, período em que primeiro a administrativa esteve de baixa e, nos últimos meses, uma das médicas está de férias e a outra de baixa, deixando a população sem consultas. Utentes com exames para mostrar há seis meses, sem conseguir receitas de medicamentos ou ainda obrigados a pagar 20 euros de táxi para conseguir consulta nas Caldas da Rainha (a 12 quilómetros de distância) subiram o tom da contestação durante a concentração. A extensão já perdeu cerca de metade dos utentes, lamentou o presidente da Junta, estimando que existam atualmente cerca de mil doentes inscritos de entre uma população de 3.800 eleitores. Muitos optam por mudar para o Centro de Saúde de Tornada (a oito quilómetros) ou de S. Martinho (cinco quilómetros), mas depois são obrigados a pagar transporte para irem às consultas, criticou, lembrando que foram mandados para Caldas da Rainha pedidos de receitas em atraso.
A diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, Ana Pisco, admitiu a falta de recursos na unidade de saúde, que conta com cinco médicos e cinco administrativos para quatro extensões, nomeadamente Alfeizerão, S. Martinho, Cela e Pinhal Fanheiro.
Dos cinco médicos, dois estão com atestado médico devido a intervenções cirúrgicas, um com atestado de dois ou três dias e um de férias, mantendo-se ao serviço, para os quatro polos, apenas um clínico.
A baixa médica de duas assistentes técnicas e o facto de estes assistentes terem horários de 35 horas e as consultas serem de 40 ou 42 horas dificultam a situação, sobretudo em período de férias.
Já acionámos uma empresa de prestação de serviços para tentar resolver este problema, afirmou Ana Pisco, estimando que dentro de uma semana se possa ter mais médicos ao serviço e a situação atenuada. Mas nãso está!!!
Ana Pisco acredita que em setembro, terminado o período de férias, a situação possa estar completamente resolvido e assegurou à população que a extensão de saúde de Alfeizerão não irá encerrar.
Uma semana depois de os utentes se terem concentrado em frente à Extensão de Saúde de Alfeizerão, protestando a falta de médicos de família e pessoal administrativo, o normal funcionamento daquele pólo de saúde continuou a não estar assegurado.
Por isso, e mesmo com as garantias dadas pelo ACES Oeste Norte de que seria colocado um novo médico de família na região, as críticas subiram de tom, tanto de utentes como de autarcas.
O assunto foi levantado na Assembleia Municipal de agosto de 2016, por Leonel Ribeiro, que reivindicou o direito à saúde da população, e por duas utentes, doentes oncológicas, que se mostraram descontentes com a situação, tendo já avançado com um abaixo-assinado, que conta com mais de uma centena de assinaturas.
Na referida reunião da Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara, adiantou que tinha tido garantias que as duas médicas, que estavam de baixa, iriam voltar imediatamente ao serviço em São Martinho do Porto e Alfeizerão.
No entanto, de acordo com Leonel Ribeiro, tal não aconteceu. Entretanto, vários médicos de família do ACES Oeste Norte têm administrado consultas em Alfeizerão, para tentar atenuar as longas listas de espera. Mas, de acordo com Leonel Ribeiro, esta solução não é suficiente, dado que os médicos apenas dão sete consultas por dia.
O Estado pode falhar em muita coisa, menos na saúde, defendeu o presidente da Câmara, prometendo falar mais alto para combater a falta de médicos na região.
-Leonel Ribeiro, em entrevista ao Jornal O Alcoa, avalia o seu trabalho adiantando, que nunca se consegue fazer tudo aquilo que se pensa e que se projeta, mas diante das nossas limitações e possibilidades temos feito o melhor que podemos. Penso que cumprimos talvez 40 por cento do que projetamos, depois há coisas que não dependem de nós como é o caso de um percurso pedonal, no Casal Pardo e Casal Velho que penamos fazer e sinalizar, uns caminhos pedonais muito bonitos, com uma vista sobre São Martinho do Porto e que, de certa forma, não conseguimos.
Salienta que a sua relação com a Câmara Municipal de Alcobaça tem sido muito boa e que a situação financeira da Junta que encontrou, tinha saldo positivo algumas situações pendentes que não estavam regularizadas mas não por culpa do executivo, um bocadinho por alguns acertos que havia a fazer e que acabaram por ser feitos. Atualmente está um bocadinho melhor porque temos ainda obra para realizar e recebemos algum apoio da Câmara para essa obra.
Não exclui a possibilidade de se recandidatar em 2017. Não é autarca a tempo inteiro.
Se for para continuar, penso que é para seguir a mesma linha tentar fazer mais e melhor.
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