NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Melo, João Francisco
Lopes de,
nasceu a 19 de novembro de
1950, em Vacariça /Mealhada.
Licenciado
pela Faculdade de Medicina de Coimbra em 1976, iniciou as funções de
especialista de Medicina Geral e Familiar em Alcobaça, em 12 maio
de 1982, tendo concluída a especialidade em 1984.
Fez
o Curso Superior de Medicina Legal e o Curso de Pós Graduação em Medicina
do Desporto, cumpriu as funções de Medicina Legal durante 20 anos em
Alcobaça e e no Hospital de Leiria, tendo realizado cerca de 400
autópsias e 5000 exames de penal.
Mantém
as funções de Medicina Desportiva em atividade privada, realizou o
Curso de Formação de Orientador em Clínica Geral Medicina Familiar, no
Instituto de Medicina Geral de Coimbra, as
funções de Medicina Geral e familiar na USF/Pedro e Inês, em Alcobaça e, desde
2014, orienta um Interno de Medicina Geral e Familiar
Foi
Presidente de Associação Alcobacense de Cultura e Desporto por 2 mandatos e
Seccionista de Hóquei Feminino de Alcobaça por 18 anos, com boas prestações
desportivas, com informação semanal para o jornal local e um projeto para um
livro, sempre adiado.
Médico
das Seleções Nacionais de Jovens de Hóquei em Patins por quase 20 anos, com 6
títulos de Campeão Europeu e um Mundial sub 20, em Montevideu, participou
em 22 Jogos Médicos Nacionais, em Troia, tendo sido campeão com a equipa de
Alcobaça Os Esculápios de Cister em futebol de 5, e em 1994 o melhor com
9 golos.
Mantém,
com mais de sessenta anos de idade, atividade física com a futebolada das Quintas-feiras e bicicleta ao fim de semana,
jardinagem e horta, terapia de relaxamento físico e mental.
Tem
dois filhos e quatro netos.
Participa
normalmente em 2 a 3 Congressos Médicos por ano, para atualização.
Estes
são os motivos para um trabalho e luta para uma boa qualidade de vida
particular e social na comunidade de Alcobaça, tentando cumprir as
funções.
-Tem
35.000 fotos no computador e milhares em negativos.
A
mulher, Maria Cristina Lickfold Moreira Correia de Melo, médica
especialista em Medicina Geral e
Familiar, com cerca de 30 de serviço em Alcobaça, na reforma, recorda a sua
vivência clínica encontrando os ex-utentes quando circula na rua em Alcobaça e
mandando opiniões clínicas quando questionada pelo seu marido.
Mendes, António
Machado, foi
assassinado com dois tiros de caçadeira, calibre de 12 mm, que o atingiram,
mortalmente, no peito e no abdómen.
O
crime deu-se por volta das 2 da manhã na noite de Quinta para Sexta-feira do
dia 31 de dezembro de 1993, e nele estiveram implicados a esposa Ondina
Henriques Bispo Mendes e um filho desta, enteado da vítima.
António
Machado Mendes, de 40 anos de idade, pedreiro de profissão, encontrava-se
emigrado na Alemanha, e tinha vindo passar o Natal a Pataias-Gare com a família
constituída pela esposa, duas filhas e o enteado.
Tudo
se encaminhava para que no dia 7 de janeiro, António regressasse à Alemanha.
Houve
quem dissesse que António pretendia divorciar-se, embora naquele momento já
fizesse vida, como se o estivesse.
Na
base destas divergências do casal, estaria o comportamento de Ondina, de 42
anos, doméstica e acusada de consumir bebidas alcoólicas em excesso, o que
desagradava à vítima, tida como pessoa de boas relações e afável.
António
Mendes, terá tentado refazer a vida com a esposa, fora do ambiente da terra de
origem, e tê-la-á levado por duas vezes para a Alemanha. Mas esta não se deu
bem, tudo por cauda do álcool, segundo afirmaram alguns vizinhos.
Na
base da tragédia, estes e outros fatos terão motivado a discussão e Ondina terá
saído de casa, e com uma enxada e destruído o vidro traseiro do carro que
António alugou, para gozar estas férias em Pataias. A atitude de Ondina fez com
que o marido fosse estacionar o carro em local que lhe pareceu mais seguro, mas
quando regressava a casa foi atingido por dois tiros desferidos por uma arma
não legalizada, mas comprada pela esposa como se veio a saber.
O
autor dos disparos ficou inicialmente por apurar, pois Ondina terá confessado o
crime, assumindo-se como autora dos tiros. Contudo pouco depois acabou por
negar estes fatos, e surgir a versão que António Mendes se teria envolvido em
contato físico com a mulher, estando-lhe a apertar o pescoço, quando o enteado
Leonel, disparou contra o padrasto, matando-o.
Leonel
Ferreira, estava em liberdade condicional devido a um processo onde era
implicado e fora condenado, relacionado com o consumo e venda de
estupefacientes. Leonel, ouvido em processo sumário confessou o crime e ficou
detido até julgamento.
A
Ondina ficou a aguardar em liberdade o julgamento para se averiguar a verdade
dos fatos.
Mendes, Luís Manuel Gonçalves Marques, (Ministro dos Assuntos Parlamentares), Miguel Relvas
(Secretário de Estado da Administração Local) e Feliciano Barreiras Duarte
(Secretário de Estado Adjunto) estiveram presentes na 1ª Convenção do PSD de
Alcobaça, que se realizou a 11 de outubro de 2003 em Alfeizerão no Salão da
Casa do Povo e que terminou com um concorrido jantar no Restaurante Viamar.
-Marques
Mendes, enquanto líder do PSD e da oposição esteve em Alcobaça no dia 18 de
março de 2007, a visitar a II Edição da Feira Agrícola. Com a minha presença quero aplaudir esta iniciativa e os produtores da
região, afirmou. A Associação dos Agricultores de Alcobaça convidou outros
líderes partidários, mas apenas Marques Mendes aceitou o convite.
-Marques
Mendes voltou a Alcobaça em agosto de 2007 para apresentar o mandatário
distrital (Fernando Marques) e os membros da Comissão de Honra da sua
candidatura à liderança do PSD, para as eleições agendadas para 28 de setembro
de 2007. Marques Mendes reunia o apoio da Comissão Concelhia de Alcobaça, bem
como da Distrital de Leiria e esteve no Hotel das Termas da Piedade, depois de
uma visita à Feira de São Bernardo.
Gonçalves
Sapinho, sublinhou que Marques Mendes é o
melhor candidato e merece ser o líder do PSD, pois tem sido um resistente, aludindo
à oposição PSD em relação à atuação do governo. Paulo Inácio, mandatário
concelhio em Alcobaça, corroborou as palavras do Presidente da Autarquia.
O
jantar para assinalar o arranque da campanha teve lugar em Pombal no dia 6 de
setembro, no Manjar do Marquês, pois
tem um efeito simbólico porque foi em
Pombal que se iniciou a caminhada que queremos agora continuar, segundo o
diretor da campanha de Marques Mendes, o eurodeputado Carlos Coelho, durante a
conferência de imprensa onde foi apresentado o site da candidatura do líder
social-democrata.
Para
Marques Mendes, José Sócrates é
perfeitamente derrotável em 2009, sublinhando que o que está em causa nas eleições diretas do PSD, marcadas para 28 de
Setembro, é a escolha do candidato do partido para 2009, que defrontará José
Sócrates. Sobre as desigualdades sociais e o crescente desemprego, Portugal vai no mau caminho, Portugal todos
os anos baixa de divisão, disse, apontando como exemplo a crise de
proporções muito grandes que o país está a atravessar no plano social que leva
ao agravamento das desigualdades sociais e ao aumento do desemprego.
É essencial mudar, ter um novo projeto
para 2009, salientou,
reiterando que o objetivo da candidatura Sapinho é governar a partir de 2009.
Meneses, Joaquim
Marcelino, por
alturas de 1952/1953, conheceu Gilberto Magalhães Coutinho, a cumprir pena na Cadeia do Forte de Peniche.
Meneses,
tinha acabado de ingressar na GNR e estava destacado para servir naquela
prisão. De Peniche, Meneses veio a ser colocado em Alcobaça, até se reformar,
ao fim de trinta anos de serviço de expediente, patrulhas e manutenção da
ordem. A vida prisional em Peniche decorria, com monotonia segundo Meneses, que não apreciava o lugar. Eram poucos
os presos, na maioria pequeno-burgueses. A alimentação era má, mas podia ser
compensada pela facilidade permitida a presos de cozinharem. Quando a origem social
dos detidos começou a mudar, com a vinda de trabalhadores rurais e operários,
passou a haver reclamações, quanto à qualidade da comida, com o levantamento de
rancho, reivindicações de condições prisionais, tanto no que diz respeito ao
tempo de recreio, como a higiene e salubridade, nas celas.
Segundo
contava Meneses, os guardas prisionais
estavam proibidos de falar e de comer com os detidos, pelo que foi Gilberto
Coutinho, no isolamento da cela, que para meter conversa tomou a iniciativa de
lhe perguntar se ou de onde se conheciam. Meneses, jogando à defesa, apenas lhe
disse que não podiam falar um com o
outro, pois de outro modo arriscava-se a ir fazer-lhe companhia, numa cela.
De facto, não se conheciam de parte nenhuma.
Mais
tarde, em Alcobaça, encontraram-se e Gilberto Coutinho, comerciante
estabelecido, reconheceu-o. O curioso desta estória é que,
segundo Meneses, passaram a ser amigos, almoçavam, lanchavam e até
jantavam uma vez por outra. Para Meneses, não obstante nunca ter pactuado
com esquerdistas ou socialismos, o
trato político de Gilberto Coutinho, já em nada o interessava.
Gabava-se
de nunca ter dado nenhum sopapo, embora isso não fosse raro na GNR
de Alcobaça, no tempo do afamado Sarg.
Barbosa, que o fazia, dizia-se com algum prazer.
Meneses,
ainda conheceu de vista o esquerdista Dr. Vasco da Gama Fernandes,
mas nunca falou com ele, mesmo como advogado,
por receio de isso ser mal-entendido, por colegas ou superiores.
Meneses
não gostava muito de falar do seu tempo de serviço, especialmente dos últimos
anos antes do 25 de Abril, quando comandava o Posto o Sarg. Barbosa.
-Depois
de reformado, dividia o tempo entre serviço a alguns advogados (especialmente
Vergas Alexandre e Fleming de Oliveira), umas patuscadas com amigos e passeios.
Menezes, Armando Morais da Silva, nasceu
a 10 de fevereiro de 1918, no lugar de Fontes/Leiria, filho de José da Silva
Menezes, de Alcanadas, e de Albina da Costa Morais Menezes, do Arrabal, sua
terceira esposa.
Fez
os primeiros estudos na Escola Primária das Cortes, a 4ª. classe em Leiria com
aulas particulares por não haver professor nas Cortes, no velho Liceu Rodrigues
Lobo, em Leiria, e no Liceu José Falcão, em Coimbra. Em Leiria, foi aluno do
Prof. José Saraiva e companheiro do seu filho José Hermano Saraiva. Apesar de
ter planeado ingressar no curso de Medicina, em Coimbra, um esquecimento na
data fê-lo abraçar Engenharia Agronómica, em Lisboa, no ano de 1936. Agrónomo
de profissão, foi diretor da Escola Agrária de Alcobaça, entre 1962 e 1980,
mesmo quando esta foi alargada aos cursos comercial e industrial e depois ao
ciclo preparatório. Foi em Alcobaça que casou em 1947 com Maria Joana Neves
Ferro (Meneses) com quem teve cinco filhos. É a esta escola e às propriedades
familiares na Cela, Maiorga (ensaiou aqui produção de arroz), Porto de Mós e
Cortes, que dedicou grande parte da vida.
Foi
agraciado por Américo Tomás, com a Comenda
da Ordem de Instrução Pública, em 1969.
Demonstrou
espírito experimentador, criativo, prático e sensível ao meio físico e social
que o rodeava, gerindo rentavelmente uma escola exemplar e única no país e
produzindo fruta de qualidade.
-Desde
jovem, revelou gosto e habilidade para o desenho, talento que não desenvolveu
em Belas Artes, e que é patente nos desenhos de frutos que guardou dos tempos
da Universidade e nas ilustrações do livro de práticas europeias de
pomicultura, que serviu de manual aos alunos, intitulado A Poda em Fruticultura.
A
partir da década de 1980, em que se reformou, dedicou-se à pintura a aguarela,
pastel, óleo e acrílico, com temas naturalistas, frequentemente inspirado em
fotografias que lhe chegavam às mãos, através de familiares, ou de revistas
como a National Geographic.
Por
convite e iniciativa de apreciadores dos seus trabalhos, participou numa
exposição durante este período, SAAL/2002 (Cortes, Leiria), a primeira
representativa da sua obra, posteriormente renovada graças ao empenho de José
Aurélio, numa exposição que ocorreu entre 26 de novembro e 27 de fevereiro de
2012, no Armazém das Artes, em Alcobaça.
Miguel, Joaquim, vulgo Cafezinho-Pai.
JERO, que tem estudado com muito mérito, interesse, se não mesmo com
paixão, a Alcobaça de hoje, dedicou atenção a este cromo e registou a sua passagem, pela Terra, no jornal Região de
Cister (28 de novembro de 2013 e reeditado em Arco de Memória’s-2016), do modo que se passa a transcrever:
Foi durante muitos
anos uma referência na pacata vila de Alcobaça. O seu nome era Joaquim e a
alcunha ganhou-a quando foi preso por contrabandear café durante a guerra civil
espanhola. Uns tiveram sorte, ele teve pouca. Toda a gente o conhecia. Era uma
figura simpática, que nos habituámos a ver passar numa pasteleira enorme, onde
se gingava no selim para chegar com os pés aos pedais. Parecia que pedalava em
câmara lenta! Infelizmente o combustível da bicicleta era normalmente tinto. Um
dia alguma coisa correu mal e caiu da bicicleta. E feriu-se com alguma
gravidade na cabeça. Teve que ir ao Hospital de Alcobaça. Depois de tratado,
amparado pelo enfermeiro, o Cafezinho deu dois ou três passos titubeantes e
regressou ao exterior. Um penso na cabeça denunciava o traumatismo que a queda
lhe tinha causado. Com pequeno ar teatral, abriu os braços e num gesto de quem
está num palco cantou com voz pastosa: Tuudo ééé preciso nasss passagens
deeesta vidaaaaa! O filho que o esperava fora da sala, abanou a cabeça e disse:
Pois é, agora cantas. Quem por ali estava riu e o Cafezinho, aproveitou para
tentar logo vender lotaria aos presentes. Assumia-se como um autêntico vendedor
de jogo branco. Mas não enganava ninguém. E apregoava assim a sua lotaria: O
Cafezinho em jogo branquinho!!! E rematava: Se eu soubesse que ela aqui estava,
não a vendia a ninguém. Quem é que podia resistir a este apregoar tão original?
Poucos, está claro. O seu posto de vendas era normalmente na esquina da
Pharmácia Campeão, na Rua das Lojas. Esquina que os menos novos recordam ainda
como sendo a Esquina dos Indecisos. Bons velhos tempos. (…) A alcunha Cafezinho ganhou-a quando foi
preso por contrabandear café durante a guerra civil espanhola, o que já
tínhamos referido (…), mas ficámos a
saber que a pena que cumpriu na cadeia de Alcobaça foi de 27 meses. Era então
carcereiro o João Machaqueiro. O Cafezinho era um detido bem comportado e da
máxima confiança do carcereiro, fazendo com alguma frequência serviços no
exterior de transporte de lixo sem qualquer guarda à vista. Numas férias do
João Machaqueiro – na falta dum carcereiro substituto – foi o Cafezinho, com o
conhecimento dum Oficial de Justiça do Tribunal de Alcobaça que ficou a tomar
conta da cadeia, sem se ter registado qualquer problema de monta. Só um pequeno
barril de vinho, propriedade do carcereiro, terá descido alguma coisa no seu
nível, eventualmente com a ajuda de algumas libações do Joaquim Miguel.
Este adicional à
pequena estória do Cafezinho Pai só prova que somos um povo de brandos
costumes.
Um preso – na
ausência de carcereiro – a tomar conta da cadeia por alguns dias marca, sem
dúvida, um tempo e um povo.
Miguel, João Luís Neto, nasceu a 13 de
janeiro de 1956, na Maternidade Alfredo da Costa, filho único de João Miguel e de sua
esposa Guilhermina Rodrigues Neto, ambos de Tourões/Porto de Mós. Em 1980 casou
com Maria Cecília Henriques Franco com quem teve dois filhos, Marta Isabel Franco Neto Miguel e João Tiago Franco Miguel.
Passou
a infância e adolescência no lugar de Tourões. Após terminar a Escola Primária,
continuou o percurso académico no Colégio de Porto de Mós, de que era
proprietário e diretor o Dr. Manuel de Oliveira Perpétua, grande homem e pedagogo, que o marcou profundamente e sendo, como
salienta, pedra basilar no seu gosto pelo
conhecimento e na formação da personalidade.
Após
o ensino secundário, ingressou em outubro de 1975, na Faculdade de Direito da
Universidade Clássica de Lisboa, tendo participado em órgãos académicos e
concluído a licenciatura, em julho de1980.
Fez
estágio para o exercício da advocacia em Alcobaça, tendo como patronos, a título formal os Dr. Amílcar de
Magalhães e Dr. Manuel de Almeida e a título
efetivo/prático o Dr. Pessanha Gonçalves.
Terminado
o estágio em outubro de 1982, iniciou a atividade de advogado com escritório em
Alcobaça, onde continua a exercer.
Em
acumulação com a advocacia, lecionou durante quase oito anos, no Ensino
Secundário, Escola Secundária D. Inês de Castro, Escola Domingos Sequeira, e
Escola Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, Escola Secundária de Porto de Mós,
Escola Secundária Raúl Proença, em Caldas da Rainha e Escola Secundária de
Torres Novas.
Durante
alguns anos participou em atividades socioculturais em Alcobaça, como a
formação e integração da Direção da Rádio Frequência Musical que mais tarde se
fundiu com a Rádio Cister.
Em
2003, integrou o grupo que teve a iniciativa de (re)criar a Orquestra Típica e
Coral de Alcobaça, tendo integrado a respetiva Direção, bem como o grupo coral
com a esposa e filhos.
A
paixão pela música, que vem desde menino,
levou a dedicar-se ao fado e à canção, sendo fadista/cantador amador pelo que
tem colaborado e participado em muitos espetáculos, de solidariedade social.
Segundo
esclarece, o gosto pela leitura e pelo
conhecimento, fez com que dedique grande parte do tempo disponível ao estudo e
análise da política e de questões económico-sociais, bem como da evolução da
ciência e do saber, para além da ortodoxia oferecida em tais saberes.
-E que
é ser advogado em Alcobaça?
O advogado está inserido e é
condicionado pelo meio económico e social em que exerce a sua atividade. Apesar
de Alcobaça ter a categoria de cidade, continua a ter características de vila
onde a maior parte das pessoas se conhecem. Tal circunstância é determinante
sobre o exercício da advocacia nesse meio pois o nome profissional do advogado
depende essencialmente dos resultados positivos ou negativos dos processos e ações
judiciais que trata. Para além disso, e não querendo recusar-se ou furtar-se a
qualquer causa que lhe seja colocada, um advogado tem que ser um generalista
conhecedor de todos os ramos do direito e estar permanente atualizado quer em
relação à lei, bem como em relação à doutrina e jurisprudência que versam todos
esses ramos do direito. Tais circunstâncias exigem por isso uma grande e total
dedicação e empenho no exercício da profissão. Mas o papel do advogado tem de
ser também o de um mediador de conflitos e tentar sempre em primeiro lugar uma
solução consensual e amigável entre as partes devendo sempre tentar evitar o
recurso às vias judiciais. Isso implica saber ouvir as pessoas, entender e
perceber o que as divide e o que lhes causa o conflito e esgotar todos os meios
possíveis para soluções pré contenciosas e extra judiciais.
A diversidade de conflitos entre as
pessoas que abarcam os mais variados problemas da vida, obriga a que o advogado
tenha conhecimentos de psicologia, sociologia, economia, política entre outros.
Para além disso, o advogado tem de ser um bom ator para poder interpretar e
compreender os mais variados papéis das pessoas em contenda, procurando ele
próprio viver essas realidades pois só assim as poderá entender, ajuizar e
contribuir para a sua resolução duma forma justa, beneficiando desse modo quer
as pessoas em conflito quer a própria sociedade em que se busca a harmonia e a
paz.
A atividade de advogado está em
constante mudança, tal como o direito os tribunais e a sociedade, tendo que se
ir adaptando e acompanhando todas essas mudanças o que se tem verificado ao
longo da minha já vasta carreira de advogado.
Miguel, José, vulgo Cafezinho-Filho.
JERO registou no jornal Região de Cister 14 e 21 de novembro de 2013 e
reeditado em Arco de Memoria’s) este cromo da vida alcobacense:
Quem foi seu
companheiro na escola primária sabia que ele era capaz de toda a espécie de
tropelias. Uma fisga era uma arma infalível nas suas mãos. Escolhia as pedras
com cuidado e voltava da caça com inúmeros pardais à cintura. Era visita
frequente do posto da Polícia. E na história que se segue foi ele mesmo o
protagonista.
Aconteceu num jogo
de futebol entre o Ginásio e o Marrazes na década de 1950, no velho Campo do
Parque General Carmona. O pelado tinha uma vedação de madeira que depois de
alguns invernos rigorosos abriu brechas, que davam para ver o jogo sem pagar
entrada. O Cafezinho Filho (de seu nome Zé Miguel) instalou-se com a sua fisga
atrás da baliza que dava para o Largo da Conceição. Na 2ª parte, o guarda-redes
do Marrazes passou por uma experiência que até ali nunca lhe tinha calhado.
Cada vez que se preparava para defender uma bola rematada pelos avançados da
equipa da casa levada com uma chumbada, que o fazia ver as estrelas. Tantas
levou que se queixou ao árbitro, que informou a polícia. Quando se preparava
para mais uma fisgada, Cafezinho foi apanhado em flagrante pelo polícia Galo,
que já o conhecia de ginjeira. A brincadeira valeu-lhe uma ida à esquadra da
PSP mas não sofreu consequências de maior, além de um ralhete do seu pai, o
velho Cafezinho.
Tudo o que está
escrito sobre o Zé Miguel eu confirmo, pois eu estava com ele (mas sem fisga) a
assistir a esse jogo em cima da parede do quintal da Clemência. Quando a
polícia se aproximou, nós descemos e começámos a fugir. Eu consegui, mas o Zé
Miguel ficou preso pela roupa numas roseiras de Santo António que cresciam ao
bravio num antigo jardim com pequenos tanques de cantaria que por ali existiam.
Tínhamos talvez uns 6 anos de idade, mas já nessa altura ele era um perito com
a fisga. Mais tarde o Sr. Pires, nosso professor da 3ª. Classe, alcunhou-o de
Espanta Pardais. O polícia que veio para nos apanhar era conhecido em Alcobaça
por o Cabecinha ao Lado (nunca o conheci por outro nome se não esse), afinal
não era o Polícia Galo. Aqui o galo foi nosso. Poucos dias mais tarde
voltaríamos a cima dessa parede, mas dessa vez foi para roubar nêsperas, que
pertenciam à referida D.ª Clemência. Nós íamos comendo e cantávamos: Olha a
bela nêspera. De repente vira-se o feitiço contra o feiticeiro e um filho da
dita senhora, - penso que se chamava Hernâni e chegou a ser guarda-redes do
Ginásio – saiu da porta das traseiras do 1º. andar e de cima do patim – ao cimo
da escada – começou a chumbar-nos as pernas com uma pressão de ar. Foi um ar
que nos deu para sair dali para fora, mas desta vez evitámos as roseiras.
Tempos que já lá vão. Recordo o Cafezinho com muita saudade. Sempre o
considerei meu amigo e penso que ele também.
Monteiro, João Gouveia, nasceu em 1958, em
Coimbra, em cuja Universidade é Professor Associado com Agregação e
investigador do Centro de História da Sociedade e da Cultura. Ensina história
medieval europeia e história militar antiga e medieval, sendo autor de 90
trabalhos científicos, entre os quais 10 livros. Foi Professor Convidado da
Université Paul Valéry (Montpellier) e Conferencista Visitante da École
Pratique des Hautes Études (Paris). Entre 1995 e 2001, coordenou um projeto de
investigação pluridisciplinar no Campo Militar de São Jorge - Aljubarrota. Em
2000, organizou com Mário Barroca e Isabel Cristina Fernandes a exposição Pera Guerrejar - armamento medieval no espaço português.
É Académico Correspondente, da Academia Portuguesa da História e da De Re Militari - The Society for Medieval Military
History.
A
Biblioteca Municipal de Alcobaça, em parceria com o Pólo da Universidade de
Coimbra e a Rede de Bibliotecas do Concelho de Alcobaça, realizaram a exposição
600 anos de Ceuta, e a apresentação do livro 1415 - A conquista de Ceuta, de João Gouveia Monteiro, dia 9 de
abril de 2016.
A
comemoração em 2015 do 6º centenário da conquista (tomada?) de Ceuta pelas forças portuguesas foi aproveitada por
editoras nacionais para lançar novos títulos, direcionados ao grande público,
sobre essa expedição militar que marcou o início do processo expansionista
português.
A
obra 1415 A Conquista de Ceuta,
enquadra-se nesse modelo, procurando atingir um leque significativamente vasto
de leitores, sem, no entanto, perder rigor e profundidade.
Tomando
por base a Crónica da Tomada de Ceuta,
de Gomes Eanes de Zurara, peça fundamental para a recomposição histórica da
empresa, e socorrendo-se de diversos testemunhos documentais, que introduz no
seu relato através da presença de outras vozes, como a de João Gomes da Silva,
alferes-mor do rei, e a do próprio Infante D. Henrique, que ora complementam,
ora retificam as informações daquela fonte, Gouveia Monteiro relata, o evoluir
da expedição militar, desde os preparativos no Reino, até à conquista de praça,
em 21 de agosto de 1415.
Monteiro, Rodrigo da
Silva, vulgo Chefe Monteiro, natural
e residente em Coz, faleceu com 77 anos, em 9 de março de 1993.
Conhecido
carinhosamente como Chefe Monteiro,
estava aposentado da antiga Polícia de Viação e Trânsito e possuía um escritório
de documentação em Alcobaça.
Amigo
de toda a gente o Chefe Monteiro granjeava
simpatia com quem convivia.
Juntamente
com a esposa, fez muitas viagens e percorreu grande parte do mundo.
Monteiro de Castro,
José Luís, é natural de
Alfeizerão, onde nasceu a 9 de fevereiro de 1952, mas reside em S. Martinho do
Porto.
Frequentou
a Escola Primária de Alfeizerão e a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro,
em Caldas da Rainha.
Em
termos profissionais é Professor no Ensino Superior, Administrador da Sociedade
Comercial Guerin, SA, Presidente do Conselho de Administração da J. M. Seguro
SA, Membro da Direção do CISCAL-Departamento de Investigação do ISCAL e
Consultor Jurídico-Económico.
Em termos
políticos e sociais, foi Presidente da Assembleia de Freguesia de Alfeizerão (3
mandatos), Presidente da Assembleia Geral do Sport União Afeizerense (6
mandatos), Presidente da Assembleia Geral da Casa do Povo, Presidente do
Conselho Fiscal da CNAF-Confederação Nacional das Associações da Família,
Presidente do Conselho Fiscal do IFPM- Instituto Fontes Pereira de Melo, Membro
da Direção do Sporting Clube de Portugal (2 mandatos), Membro do Conselho
Leonino do Sporting Clube de Portugal, Conselheiro da Organização Mundial da
Família, com sede em Paris e Assento na ONU, eleito para os Órgãos Sociais da
União das Misericórdias Portuguesas para o atual mandato e Provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Alfeizerão, desde 2003,
instituição que inaugurou em 7 de abril de 2013, as suas novas instalações. Num
investimento de 1,5 milhões de euros, a nova casa da instituição, está
preparada para acolher até 40 utentes em lar de idosos, 30 no Centro de Dia e
assegurar o apoio domiciliário a 60 pessoas. O apoio da população foi muito
importante para ajudar a equipar a nova casa da Misericórdia, pois foram
realizadas campanhas de angariação de apoios, têxteis, mobiliário, louças,
entre outros bens, que de tiveram bastante adesão.
Morais, Maria Teresa da
Silva, que nasceu 21 de julho de 1959 é uma jurista, professora universitária e política, que foi brevemente
Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX (e curto) Governo Constitucional. É licenciada e mestre em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, sendo docente assistente dessa Faculdade e também da Universidade Lusíada/Lisboa.
Foi advogada entre 1984 e 1987, assessora jurídica da Presidência do Conselho de Ministros no X Governo Constitucional, bolseira da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1989-1990) e da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (1993-1994). Foi professora auxiliar da Universidade Moderna (1990-2002) e professora do Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (1993-1994).
Foi deputada à Assembleia da República nas IX (2002-2005) e XI (2009-2011) legislaturas, tendo sido vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.
Em 2011, foi nomeada Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade no XIX Governo Constitucional, até 2015, ano em que foi nomeada ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX Governo Constitucional.
-Em
agosto de 2015, efetuou uma visita ao concelho de Alcobaça, que se iniciou pela
Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão, onde foi recebida pelos responsáveis
e lhe foram apresentadas as valências e carências da instituição, pelo Provedor
da Misericórdia, José Luís M. Castro. As propostas apresentadas, em parceria
com a Pousada da Juventude de São Martinho do Porto, em Alfeizerão, visaram o
acolhimento de um polo de tratamentos continuados na instituição e uma
ampliação das instalações da Santa Casa da Misericórdia, em que a governante
afirmou que vai tentar contribuir para
resolução dos problemas do distrito.
O
Provedor também disse que pretende
apresentar uma candidatura ao Portugal 20/20 para aumentar as valências da
instituição. Esta é uma visita de
rotina, motivada pela minha vontade de conhecer melhor as instituições e,
fundamentalmente, acompanhar de perto as necessidades existentes no terreno do
setor social, adiantou Teresa Morais.
Igualmente
admitiu que as atuais instalações da Misericórdia são de muito boa qualidade, com uma amplitude e de largueza de visitas
extraordinária, o que significa que apesar
de um período difícil foi possível observar o dinamismo do setor social privado
que em caso de necessidade arregaça as mangas e faz. O Governo apostou no apoio ao setor social porque entende que não deve
estar sozinho neste setor e deve apoiar e delegar sempre que o setor social
privado aparece e corresponde ao solicitado.
Teresa
Morais, seguiu para o Centro Social Paroquial de Alfeizerão e por fim, para a
Fundação Manuel Francisco Clérigo, em São Martinho do Porto, onde teve a
oportunidade de conhecer as respetivas instituições e os serviços que são
oferecidos.
O
Centro Social Paroquial de Alfeizerão tem como presidente da direção o padre
Joaquim Vieira Gonçalves e conta com 150 crianças desde os 4 meses até ao 4º
ano de escolaridade, em regime de creche, pré-escolar e ATL.
A
Fundação Manuel Francisco Clérigo, fundada em 17 de fevereiro de 1968, presta
apoio a 132 crianças e 149 idosos, servindo em tempo escolar cerca de 410
refeições diárias, como referiram o presidente da direção Manuel
Valle-Domingues e as diretoras Sandra Rebelo e Teresa Costa.
O
presidente da Câmara Municipal de Alcobaça recordou que neste mandato, os últimos quatro anos foram os mais difíceis para
Portugal, sendo o período em que se fez mais cinco infraestruturas sociais no
concelho, consolidou-se a rede social por força da sociedade civil pujante, que
mostrou que, quando há muitas dificuldades, as soluções aparecem.
Paulo
Inácio relatou a intenção de criar um
centro de atendimento a vítimas de violência doméstica em Pataias, em que a
governante garantiu que vai apoiar essa intenção da autarquia.Tal como em
Caldas da Rainha e em Ansião, procurei durante as minhas visitas desafiar os
presidentes de Câmara a criarem respostas nesta área, e sei que Alcobaça está
interessado em ter um gabinete de atendimento a vítimas, por isso, acho muito
bem que o município tenha uma resposta nesse sentido, disse Teresa Morais.
-A
comitiva da coligação Portugal À Frente,
visitou a Feira de São Bernardo 2015.
Teresa
Morais, cabeça de lista da coligação Portugal
À Frente, pelo Distrito de Leiria, considerou que a visita, coincidindo com
o dia da entrega da candidatura formal, é um momento de convívio especial. A candidata realçou que as preocupações que Alcobaça tem relativamente
à necessidade do melhoramento de algumas zonas da estrutura rodoviária e que
apresentam riscos para a população, vão ser tidas em conta no programa de
Governo da coligação.
Assunção
Cristas, primeira representante do CDS-PP na lista, garantiu que o projeto do
regadio da Cela está programado, está
preparado e o trabalho está feito e será candidatado aos fundos do Programa de
Desenvolvimento Rural 2020.
-Fernando
Costa, presidente da Distrital de Leiria do PSD e ex-presidente da Câmara
Municipal das Caldas da Rainha, não conseguiu ser incluído na lista de
candidatos de Leiria da Coligação Portugal
À Frente. O vereador da Câmara Municipal de Loures admitiu estar magoado por ser o único presidente de
uma Distrital a não integrar as listas de candidatos a deputado.
Teresa
Morais, Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, liderou
lista de Leiria, seguida de Feliciano Barreiras Duarte (PSD/Bombarral), Pedro
Pimpão (PSD/Pombal), Assunção Cristas (CDS/ ministra da Agricultura e do Mar),
Margarida Balseiro Lopes (JSD), José António Silva (PSD/Leiria), Conceição
Pereira (Caldas da Rainha), Válter Ribeiro (PSD/Alcobaça), Manuel Isaac (CDS/Caldas
da Rainha) e Olga Silvestre (Porto de Mós).
-Passos
Coelho, líder da coligação PaF, para
as eleições legislativas de 4 de outubro de 2015 e candidato a
Primeiro-ministro, visitou no dia 28 de setembro de 2015 a empresa de calçado
Sindocal, da Benedita, para conhecer a sua realidade e a condição dos seus 96
trabalhadores. Passos Coelho fez-se acompanhar de Paulo Portas (nº2 da
coligação), Teresa Morais (cabeça de lista da coligação pelo Círculo de Leiria)
e Assunção Cristas, que aliás nesse dia festejava o seu aniversário.
No
final da visita Passos Coelho (calça sapato medida medida 44) e Paulo Portas saíram
com um novo par de sapatos, inteiramente
feito em Portugal, como aquele quis frisar, com o objetivo de apelar ao
consumo de artigos nacionais.
-A Ministra
da Cultura, Igualdade e Cidadania, Teresa Morais, inaugurou no dia 19 de
novembro de 2015, pelas 15horas, a XVII Mostra Internacional de
Doces&Licores Conventuais.
A
edição de 2015, decorreu de 19 a 22 de novembro, no Mosteiro de Alcobaça,
apresentando este ano, como novidade, a maior projeção de vídeo mapping numa
única fachada. A Luz do Amor,
espetáculo preparado para comemorar os 25 anos do Mosteiro de Alcobaça como
Património da Humanidade. Milhares de pessoas
deixaram-se deslumbrar, desde a inauguração, nas quatro sessões diárias,
entre as 20 e as 23 horas, pelo espetáculo A Luz do Amor, preparado pelo
ateliê Ocubo.
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-Teresa Morais visitou, no 31 de maio de 2016 a sede da
Associação de Regantes e Beneficiários da Cela, para uma reunião a fim de fazer
um ponto de situação e debater o futuro do regadio.
Durante
a reunião, Carlos Malhó, presidente da associação, garantiu que há interessados em comprar terras no
regadio mas não o fazem enquanto não tiverem a garantia de que vai existir a
obra no regadio. Por sua vez, Teresa Morais considerou que a demora no arranque deste projeto está a
retardar também o desenvolvimento económico da região. Neste momento (2016),
a associação conta com mais de 400 agricultores e pelo menos o mesmo número de
hectares dedicados, maioritariamente, à produção de hortofrutícolas.
Tudo isto podia melhorar se o regadio
tivesse outras condições, já que estamos a falar de um sistema muito antiquado
que durante muitos anos os agricultores esperaram que fosse melhorado, apontou Teresa Morais. Em 2010, o
sistema chegou a ter uma candidatura
aprovada pelo Programa de Desenvolvimento Rural, que depois não teve sucesso
devido à falta de meios financeiros suficientes, lembrou. O presidente da
Associação de Regantes e Beneficiários da Cela, avisou que o sistema atual está a ficar incomportável, devido ao facto de estar
cheio de ruturas e os agricultores se queixarem cada vez mais de que a água não
chega às suas parcelas. Se for uma
resposta negativa não sei se conseguirei continuar à frente desta casa por que não
consigo gerir nestas condições com os meus colegas.
-No
dia 17 de outubro de 2016, os deputados eleitos em lista do PSD pelo Círculo de
Eleitoral de Leiria estiveram em Alcobaça, numa visita integrada, num roteiro
pelo património cultural da região.
Teresa
Morais, Feliciano Duarte, Margarida Balseiro, José Silva e Pedro Pimpão
reuniram com a maioria PSD do executivo municipal. Tive a oportunidade de os informar sobre o estado do concurso do hotel
do Mosteiro de Alcobaça e, a necessidade de investimento noutras áreas do
mosteiro, nomeadamente os Claustros e o Jardim do Orbículo, afirmou Paulo
Inácio, adiantando ter transmitido aos deputados, dados sobre a candidatura do
Mosteiro de Coz a Monumento Nacional e a preocupação com o futuro do Castelo de
Alfeizerão. Após recebida nos Paços
do Concelho, a comitiva visitou o Mosteiro de Coz.
-O parque canino Pataiaspata recebeu no dia 20 de novembro de 2016 a visita da
deputada Teresa Morais. A vice-presidente do PSD foi conhecer o primeiro parque
de diversão canina do País, inaugurado em julho do ano passado pelo grupo Pataiaspatas. O parque tem uma pista com
30 metros, obstáculos, plataformas e outros equipamentos de diversão canina.
Morais, Rui David
Fernandes, nasceu em Leiria em 1974.
Licenciado
em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, frequentou um Mestrado em
Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Católica
Portuguesa.
Gestor
cultural, desempenhou funções de assessor jurídico na Câmara Municipal de
Lisboa, no Ministério da Ciência e do Ensino Superior e no Ministério do
Ambiente.
Foi
Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa de 1995 a 1997 e Presidente da
Associação Académica de Lisboa, entre 1996 e 1998.
Desde
2000, é Presidente da Direção da Banda de Alcobaça, entidade titular da
Academia de Música de Alcobaça, instituição também responsável pela direção e
gestão do Cistermúsica e do Concurso Internacional de Música de Câmara Cidade
de Alcobaça. Concluiu o Curso de Saxofone do Conservatório Nacional em 1993,
tendo frequentado, posteriormente, a Licenciatura em Saxofone na Escola
Superior de Música de Lisboa.
Foi
professor de saxofone em diversas escolas, como a Academia de Música de Santa
Cecília, Academia de Amadores de Música e Escola de Música do Orfeão de Leiria.
Como
músico, frequentou cursos,
master-classes e seminários, para além de ter colaborado, entre outras, com a
Orquestra Portuguesa da Juventude e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
É
diretor executivo da Academia de Música de Alcobaça, desde a sua autorização em
2002, pelo Ministério da Educação, como escola de ensino vocacional. A Academia
de Música de Alcobaça é uma importante escola de ensino especializado de música
e dança com cerca de 80 professores e mais de 600 alunos a frequentar cursos
vocacionais e profissionais, com responsabilidade pelo ensino da música a
crianças do 1º. ciclo no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular,
por projetos de música e dança no ensino pré-escolar público e privado, no
ensino sénior e, mais recentemente, pelo desenvolvimento de um projeto de
expressão corporal e musical para crianças, jovens e adultos portadores de
necessidades educativas especiais.
Rui
Morais é também o diretor executivo do Cistermúsica desde 2001, tendo nas
últimas edições assumido a codireção artística com o compositor Alexandre
Delgado e programador do Cineteatro de Alcobaça, desde 2004. Destaque. Este
festival tem assumido uma importância, cada vez maior, no panorama nacional,
sendo a maioria dos concertos realizada no Mosteiro de Alcobaça. No ano de
2003, o Festival inseriu-se nas comemorações dos 750 anos da Sagração do Mosteiro, dos 850 anos da Fundação da Abadia e dos 850 anos da Morte de S. Bernardo.
No
seguimento do sucesso das últimas edições, o Cistermúsica passou a ser
organizado pela Academia de Música de Alcobaça, em parceria com a CMA. Tem sido
possível ouvir, ao lado das grandes obras clássicas, outras de compositores
portugueses, algumas em estreia mundial.
-Na
sexta-feira, dia 1 de dezembro de 2000, a Banda de Alcobaça comemorou os 80
anos da sua fundação e os 15 anos do seu ressurgimento/refundação.
As
comemorações decorreram no Cineteatro de Alcobaça, com um concerto e uma sessão
solene.
A
primeira melodia que soou, foi o Hino da
Banda aniversariante. A esta, seguiu-se a interpretação da Canção de Alcobaça, de Bello Marques, sob
a direção de Pedro Marques.
Seguidamente
José Carlos Borges, apresentador de serviço, fez uma chamada de atenção para os
placares, que se encontravam no átrio do Cineteatro, referentes ao concurso de
ideias para a restruturação desse espaço.
Rui
Morais, presidente da direção da Banda, recordou a história da instituição e
fez agradecimentos aos sócios, músicos, professores e maestros, recordando o
empenhamento do falecido Álvaro Coelho de Guimarães e de Vítor Santos.
Em
representação da Câmara de Alcobaça, Rui Coelho afirmou que esta é uma instituição levada a servir os
alcobacenses, relembrou o significado destas comemorações e sublinhou que
as dificuldades ainda persistem.
Depois
destas intervenções, José Carlos Borges, mencionou 59 nomes de antigos
elementos das direções, desde 1985.
No
fim desta homenagem, seguiu-se a dos músicos que estão a tocar na banda desde o
ressurgimento e ainda José Gomes Pedrosa, tesoureiro em várias direções, o
maestro Vítor Santos e uma figura
incontornável, não só para a Banda, mas também para outras instituições, o
Dr. António Sanches Branco.
A
pedido da direção, o antigo maestro da Banda subiu ao palco, para dirigir os
músicos na Canção de Alcobaça, conforme arranjo seu. A terminar a sessão, a
aniversariante tocou mais músicas, entre as quaisThe
stars and stripes forever, de John Ph. Sousa e Slavia, de Jan Van der Roost.
Um
momento alto da noite foi quando Sónia Tavares, a vocalista do grupo The Gift,
deu voz à canção I can’t take my eyes of
you, de Paul Anka.
-Rui Morais foi nomeado assessor de Jorge Moreira da Silva,
Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, em
outubro de 2003 e candidato
a Deputado em Lista do PSD de Leiria.
Rui
Morais, foi todavia deputado por um dia, pois tomou posse a 10 de março de 2005
mas não voltou a ter assento na Assembleia da República. Apenas tomei posse como deputado, em virtude da transição entre membros
do Governo. Rui Morais foi o 7º elemento da lista do PSD por Leiria e
beneficiou do facto de Luís Pais Mamede e Feliciano Duarte, os dois primeiros
da lista, terem sido nomeados Secretários do Governo de Santana Lopes. Por este facto, não tomaram
posse no primeiro dia da legislatura.
-A Academia de Música de Alcobaça realizou no dia 26 de
fevereiro de 2012, domingo, pelas 11h, no antigo Clube Alcobacense (local de
aulas da Academia de Dança de Alcobaça), duas novas atividades expressamente
dirigidas a bebés (dos 0 aos 36 meses) e a crianças (dos 6 aos 10 anos) que
visam sensibilizar e conduzir o público infantil ao maravilhoso universo da música.
-A Banda Sinfónica de Alcobaça, deslocou-se
Santa Maria da Feira, para participar no concurso Filarmonia D’Ouro - Concurso
Internacional de Bandas, que decorreu no dia 26 de novembro de 2076 no
Europarque. No primeiro ano do concurso organizado pela Academia Portuguesa de
Banda, a formação de Alcobaça arrecadou o 1.º lugar da segunda categoria. Este
ano, o troféu de 6.º lugar na primeira categoria soube, também, a vitória. Os
alcobacenses iniciaram-se com a Suite of Old American Dances - 1.º and., Cake
Walk, de Robert Bennett e terminaram com Red Dragon, de Ferrer Ferran, mas foi
na peça obrigatória Éli Éli, de Luís
Cardoso, que a Banda Sinfónica de Alcobaça, arrecadou um dos maiores aplausos
entre as restantes bandas. Há 15 anos na Banda Sinfónica de Alcobaça, o maestro
Rui Carreira, conta com muita experiência no mundo musical, seja em competições
ou fora delas. Um concurso é uma
oportunidade excelente para trabalharmos de forma mais afincada e exigente,
acabando por servir como um trampolim, notou o maestro.
Moreira, António Joaquim, vulgo Moreira
de Évora, nasceu
em Évora de Alcobaça em 25 de setembro de 1895 e casou em 3 de setembro de 1924
com Maria Regina Costa Peixoto.Segundo Leonel Fadigas, que ainda o chegou a conhecer, António Joaquim Moreira foi uma destacada figura da oposição democrática à ditadura militar saída da revolução militar de 28 de maio 1926 que pôs termo à I República e ao regime salazarista que se lhe seguiu. Proprietário rural em Évora de Alcobaça e gerente da Cerâmica do Vale do Amieiro, na Maiorga, esteve ainda ligado, com o farmacêutico Belo Marques, à ginja de Alcobaça produzida por David Pinto através da sua sociedade David Pinto & Companhia, Lda.
Ainda adolescente, soube da implantação da República, como o recordou, em 1985, ao jornal A Voz de Alcobaça, num apontamento de Rui Serafim, dias depois porque “as comunicações eram mais lentas que as de hoje”: “Ó Toninho olha que vem lá um homem a gritar. Se calhar há qualquer coisa”. De maneira que eu corri aqui ao meu portão. ”Então, o que é?”. “Implantou-se a República: Viva a República”.
Mais tarde, homem feito, manteve-se republicano e opositor da ditadura tendo sido perseguido pelo Estado Novo e pela polícia política, tendo-se refugiado em Espanha onde se relacionou com outros exilados políticos como o aviador major Sarmento de Beires, o capitão José Marceneiro, o tenente Pinto, e o dr. Bernardino Machado, presidente da República por duas vezes e que havia sido derrubado pela revolução militar de 28 de maio de 1926.Regressado a Portugal, desenvolveu a sua vida profissional, mas não deixou de manter acesas as suas convicções e a intervenção cívica e uma permanente alegria de viver e de querer contribuir para o Portugal de liberdade e de progresso que desde jovem quis ajudar a construir. António Joaquim Moreira, esteve nas mesas de voto nas eleições presidenciais de 1958, cujos candidatos eram Américo Tomás e Humberto Delgado. Como contou na referida entrevista ao jornal A Voz de Alcobaça “as autoridades nomearam o Serafim Amaral para ir fiscalizar as eleições, mas, a partir de certa altura, começaram a pensar que o Serafim Amaral era um homem exaltado que ainda armava algum sarilho, “pelo que tem que ir o Moreira”. E assim lá fui para a fiscalização, mas aquilo tudo era uma grande barretada”.
Quando se deu o 25 de abril foi o acordar e o acreditar naquilo que quase já não acreditava.
A seguir ao 25 de abril manteve-se independente, mas alinhado com as forças que representavam a continuidade do ideário republicano que marcou toda a sua vida. Em 1985, com noventa anos, integrou, a Comissão de Honra concelhia de Alcobaça da candidatura do dr. Mário Soares às eleições presidenciais de 1986.
Os seus correligionários, como o meu avó António Fadigas, tinham-no como uma referência de integridade e de coragem e como um homem que sempre enfrentar as dificuldades políticas com um sorriso e com a confiança que no fim seria ele o vencedor. E assim foi.
-Faleceu a 25 de março de 1990.
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