NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Livramento, António José
Parreira do, nascido em S. Manços/Évora, a 28 de fevereiro de 1943, foi jogador de
Hóquei em Patins, considerado por muitos o melhor jogador de todos os tempos.António Livramento não era jogador a tempo inteiro. Para ganhar a vida, trabalhava no Banco Pinto & Sotto Mayor, e representou como jogador a equipa deste Banco, numa altura em que o desporto amador era ainda amador. Em 1977, assinou contrato com o Sporting. Para além do campeonato nacional, venceu a Taça dos Campeões Europeus. Esta equipa do Sporting era uma equipa extraordinária. Além de Livramento, contava com jogadores como Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho e Xana, as cinco pedras basilares da seleção nacional.
Livramento conquistou incontáveis títulos durante a longa carreira, tanto como jogador, como treinador. Na década de 1980, deu início a uma nova etapa na sua vida, a de treinador. Começou no Sporting, onde conquistou a Taça das Taças. Para além do Sporting Clube de Portugal, dirigiu também o Hóquei Clube de Turquel, o Hóquei do Futebol Clube do Porto, e a equipa italiana- A.S.Bassano Hockey.
-Livramento foi treinador do HCT de 1990 a 1996, com o interregno de 1994, contratado pessoalmente pelo Dr. Joaquim Guerra que lhe pagava do seu bolso o ordenado (que nunca se soube quanto era), já que o Clube não tinha dinheiro para tal. Livramento levou o HCT às competições europeias, como a Taça dos Campeões Europeus e a Taça CERS, enquanto que a nível nacional não ganhou nenhuma prova, sendo o melhor resultado obtido o quarto lugar no Campeonato Nacional.
-Morreu, repentinamente, em Lisboa, a 5 de junho de 1999 com 55 anos.
Lopes, Alfredo
Rodrigues,
O Externato Cooperativo da
Benedita segundo se prevê vai ficar sem quatro turmas, na sequência dos
cortes orçamentais impostos pelo Governo. Trata-se de uma medida que será
aplicada de forma gradual, tal como acontecerá com a redução orçamental,
cujos valores concretos só ficarão definidos em Setembro de 2011, após a
realização de um estudo sobre a rede escolar que o ECB atualmente serve
Este
estabelecimento assinou em Janeiro, a adenda ao contrato de associação
com o Estado e por isso irá acatar o acordo ratificado entre o Ministério
da Educação e a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e
Cooperativo.
Alfredo
Lopes, diretor do Externato da Benedita, referiu que esta redução de
turmas não é todavia significativa (há escolas que perdem 15 turmas) e
que por ser gradual vai permitir ao ECB gerir da melhor maneira a
diminuição do número de alunos.
As
escolas, públicas ou privadas, têm sempre flutuações no número de turmas
ao longo dos anos, tendo em conta as taxas de natalidade e o insucesso escolar
dos estabelecimentos que fornecem os alunos ao ensino secundário.
Alfredo
Lopes, voltou a frisar, quando ao financiamento por turma, que as escolas
privadas apenas pretendem receber o mesmo que as escolas públicas e que se
assim for, não haverá necessidade do
ensino particular e cooperativo recorrer ao despedimento de docentes,
tal como tem sido muitas vezes noticiado.
-O Externato Cooperativo da Benedita não está
preocupado com a alteração da
Lei do Ensino Particular e Cooperativo.
Alfredo
Lopes, calculou que venham a existir cortes entre os 10 e os 15 por cento
no ano de 2012, mas assegurou que, mesmo
assim, o ECB conseguirá continuar o
seu trajeto sem ter de despedir professores.
Para
fazer face à redução de verbas, sem cortar no pessoal, o estabelecimento
de ensino poderá deixar de desdobrar algumas turmas e cortar nas
actividades desportivas.
-O
auditório do Centro Cultural Gonçalves Sapinho, encheu-se, no dia 6 de maio de
2012, para uma homenagem póstuma ao fundador do Externato Cooperativo da
Benedita, que contou com a presença do Secretário de Estado do Ensino e
Administração Escolar, João Casanova de Almeida, dos presidentes das Câmaras de
Alcobaça, Torres Vedras, Cadaval e Alenquer, dos deputados Manuel Isaac e
Válter Ribeiro, do Padre Alfredo Cerca, presidente da Associação de
Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, além da viúva, filhos e
netos do homenageado, entre outros. A cerimónia teve lugar no último dia da
Feira do Livro da Benedita.
-O diretor do Externato Cooperativa da Benedita, Alfredo
Lopes, assegurou que o Primeiro-Ministro e o Ministro da Educação tinham
previsto para 12 de setembro de 2012, uma visita a este estabelecimento, para
assinalar o início do ano letivo, mas o evento foi cancelado na véspera, sem
que à escola fosse dada qualquer explicação.
Leia-se Passos Coelho.-O Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Reis, elogiou o trabalho de alunos e professores do Externato Cooperativo da Benedita, na cerimónia da inauguração da Semana Cultural, que inclui a XIII edição da Feira do Livro, em abril de 2015.
Comemorar 50 anos numa escola é um marco assinalável. Que esta instituição continue nos próximos anos a trabalhar desta forma, sublinhou o governante, na cerimónia, que marcou também a segunda fase das comemorações do cinquentenário da instituição de ensino. Estiveram presentes os deputados Maria da Conceição Pereira (PSD), Manuel Isaac (CDS) e Odete João (PS).
Os cinquenta anos de trabalho reconhecido do Instituto Nossa Senhora da Encarnação, que abriu a primeira cooperativa de ensino do País, comprovam, segundo David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação, que público e privado não devem ser tomados como antagónicos na gestão do ensino em Portugal.
A iniciativa contou com diversas atividades culturais, como apresentações de livros, exposições, e espetáculos musicais. Um dos momentos altos da Semana Cultural do Externato da Benedita foi o lançamento do livro comemorativo dos 50 anos da instituição, Do pioneirismo... à Globalização, da autoria de Alfredo Lopes, com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa. No mesmo dia, durante a tarde, foi entregue o I Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho.
Leia-se aqui Nuno Crato.
Lopes, Ernâni Rodrigues,
nasceu em Lisboa a 20 de fevereiro de 1942.
Tinha
casa em S. Martinho do Porto, aonde vinha com frequência e acompanhava a
respetiva vida social e associativa.
Militou
no PPD/PSD entre 1974 e 1979, integrou a ASDI entre 1979 e 1981 e mantendo-se
como não filiado, como Ministro das Finanças e do Plano integrou o IX Governo
Constitucional.
A
política das cidades e a sua estratégia de desenvolvimento, tem sido uma das
preocupações dos responsáveis autárquicos, embora nem sempre bem pensada ou
executada.
Nesse
sentido, a Câmara Municipal de Alcobaça pretendeu ver definida a estratégia de
desenvolvimento do concelho em todas as suas vertentes. Colocou-se assim na
vanguarda dos municípios que pretendem desenvolver modernas estratégias,
levando a cabo uma iniciativa pioneira em parceria com a prestigiada SaeR,
liderada pelo não menos prestigiado Ernâni Lopes.
Assim,
no dia 25 de fevereiro de 2003, no Auditório Geral da Biblioteca Municipal de
Alcobaça, teve lugar a assinatura de contrato entre a Câmara Municipal de
Alcobaça, representada pelo seu Presidente Gonçalves Sapinho, e a SaeR –
Sociedade de Avaliação de Empresas e Riscos, representada por Ernâni Lopes,
tendo em vista a elaboração de estudos sobre Avaliação Estratégica das
Condições de Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça.
-Ernâni
Lopes faleceu a 2 de dezembro de 2010.
Lopes, Maria Dulce
Nunes Sabóia, nasceu
em Torrão do Alentejo em 10 de abril de 1963, aonde estudou até ao 9º. ano de
escolaridade, prosseguindo em Évora no ensino secundário e em Coimbra para
fazer a Licenciatura em Matemática/Ramo Educacional na Faculdade de Ciências e
Tecnologias que concluiu em junho de
1991. Efetuou depois pós graduação em Administração e Gestão Escolar na
Universidade Lusíada, concluída em 2004.
Em
termos de carreira profissional, cumpre destacar que fez estágio integrado na
Escola Secundária José Falcão, em Coimbra e depois concorreu à Escola nº. 1 de
Alcobaça (denominação da atual Escola Secundária D. Inês de Castro), na qual
ingressou como professora provisória do 1º. grupo no ano letivo 1991/1992. No
ano seguinte, ficou efetiva nesta Escola, a cujo quadro pertence desde
1992/1993. Na qualidade de docente de Matemática, lecionou aí todos os níveis
de ensino desde o 7º. ao 12º. ano, cursos de Educação e Formação, 9º.+1, 10º. profissionalizante
e ensino noturno.
Em
julho de 1998, tomou posse como Vice-presidente do Conselho Diretivo e até hoje
tem ocupado o cargo de Vice-presidente e ou Subdiretora na direção, coadjuvando
o Presidente e/ou Diretor Gaspar Vaz, nas tarefas inerentes ao cargo.
Diz
que contribuiu para que se passasse de
uma situação de rejeição à frequência da escola, com inúmeros pedidos de saída
para outras escolas, a uma situação de primeira opção para a frequência. Para
tal contribuiu o grande investimento feito na reabilitação física com novas
pinturas, renovação do bufete, arranjos exteriores, etc. e que culminou com a
intervenção da Parque Escolar. Posteriormente foi feito o investimento
“pedagógico” com a uniformização de documentos, definição de critérios de avaliação,
implementação de trabalho colaborativo, etc.
Recentemente foram juntos três Ex
agrupamentos e uma Escola Secundária, sendo assim à data da sua constituição, o
maior Agrupamento de escolas do País, pelo que houve que recorrer a novas
metodologias e articulações.
Dulce
Lopes admite que lhe é difícil falar
deste meu desempenho com outro sentimento que não o de dever cumprido e de
contribuir para que as coisas corram bem! Foram ultrapassados muitos obstáculos
mas é-me grato ver que algumas pessoas reconhecem o nosso trabalho
-A
Escola Secundária D. Inês de Castro continua a ser a melhor escola da região,
segundo o ranking das escolas (2015) elaborado pelo jornal Público, ocupando o
223.º lugar a nível nacional. Em relação ao ano anterior, a escola de Alcobaça
subiu 66 posições.
Com
616 exames realizados, os alunos passaram de uma média de 9,16 para 10,55.
Lopes da Silva, João, natural de Nelas, veio para S. Martinho
trabalhar como Chefe de Cantoneiros.
Aí
casou com Maria Odete Carvalho, filha dos donos da Pensão-Restaurante Carvalho.
Por
morte de José Joaquim Carvalho (pai de Maria Odete), Lopes da Silva e mulher
ficaram a explorar a Pensão. Ele era uma pessoa muito popular e que fazia
facilmente amigos, mas quem estava à frente da Pensão-Restaurante era D. Odete,
assessorada pelos empregados Joaquim Francisco Pereira e irmão Amadeu Pereira,
que vieram ainda rapazes de S. Pedro do Sul, aonde trabalhavam no balneário das
Termas. A família Carvalho era conceituada em S. Martinho do Porto, pois além
da Pensão Restaurante, explorava o Café Miramar, uma mercearia, bombas de
gasóleo para abastecimento dos barcos, bombas de gasolina e ainda era
correspondente do BNU. A Pensão Carvalho dispunha de quartos confortáveis com
água canalizada quente e fria e encontrava-se aberta todo o ano praticando
descontos especiais nos meses de novembro a maio, sendo recomendada pelo ACP o
que era relevante. O pessoal deste grupo não tinha praticamente folgas,
passando de um lado para o outro, aliás gostosamente e sem protestar.
Joaquim
Pereira lembra que os cozinheiros da
Pensão-Restaurante eram normalmente espanhóis, bem como algum pessoal de mesa,
de certo modo para satisfazer a grande clientela de Espanha.
O
prato que se tornou famoso e que atraía clientes de muitos pontos do país era a
sopa de lagosta especialidade de D. Maria José, mãe de D. Odete, que nunca deu
a receita a ninguém.
Lopes
da Silva fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia após o 25
de abril nomeada pelo Governo Civil (sendo Presidente Rocha Almeida e os demais
vogais João Daniel Sousa e Maria Luísa Bazenga) e foi o primeiro Presidente da
Junta eleito depois do 25 de abril eleito em lista do PPD, mas também fora
Presidente da Junta de Freguesia em 1955.
-Faleceu
vítima de acidente de viação, sem ter concluído o mandato, sendo substituído
por Manuel dos Santos Júnior.
Lopes da Silva, João Pedro, nasceu a 15 de maio de 1989, na
Benedita, sendo considerado um dos melhores triatletas do mundo.
Tendo
começado a praticar triatlo aos 16 anos, João Silva estava longe de imaginar
que se tornaria numa estrela nacional e internacional da modalidade. Contudo
cedo demonstrou o seu talento ao conquistar vários troféus desde a idade de
júnior.
-A
seleção portuguesa conseguiu um feito histórico no Campeonato Europeu Sub-23 de
Triatlo que teve lugar em Pulpí (Espanha), nos dias 6 e 7 de Setembro de 2008,
conseguindo, individualmente, duas medalhas de ouro por João Silva e Vanessa
Fernandes e uma de prata por Miguel Arraiolos. Por equipas, Portugal conseguiu
mais uma medalha de ouro no escalão Sub23 Masculinos (Miguel Arraiolos, João
Pereira e João Silva) e uma de prata, no escalão Juvenis Masculinos (Fabrício
Tomás, João Serrano e Hugo Ventura).
João P. Silva juntou, no dia 14 de Setembro 2008, a vitória
absoluta ao título de Campeão Nacional Júnior, ao disputar a VI edição do
Triatlo Cidade de Machico, prova pontuável para a Taça de Portugal (décima
etapa) e, em simultâneo, Campeonato Nacional de Triatlo Júnior e Campeonato
Regional da Madeira. Com este resultado João Silva inscreveu mais uma linha
importante no seu currículo, sagrando-se pela terceira vez consecutiva Campeão
Nacional Júnior, apenas uma semana depois de conquistar o título de Campeão da
Europa Sub23.
-Este
atleta conquistou em 16 de julho de 2007 em Edimburgo, o título de Campeão
Europeu de Duatlo (ciclismo e atletismo), melhorando assim o segundo lugar
obtido na edição de 2006 em Rimini, confirmando o seu estatuto de favorito.
Antigo jogador de futebol no Beneditense normalmente concorre em provas de
triatlo. O atleta foi medalha de bronze num mundial de triatlo (juniores) em Lausanne
e quinto no mundial de duatlo na Hungria.
-Em
30 de junho de 2007 em Copenhaga, arrecadou a Medalha de Bronze na prova de
triatlo (juniores) vencendo, no sprint final, o russo Denis Vasiliev.
-João
Pedro Silva, como sénior, tem continuado a concorrer e obter resultados que prestigiam o atletismo
nacional.
O
desempenho, valeu-lhe o reconhecimento nacional, tendo sido galardoado
com o troféu de melhor atleta português, masculino, do ano 2010, na gala do
desporto da Confederação do Desporto de Portugal.
-João
Silva conquistou, no dia 19 de abril de 2010, no México, a primeira vitória
portuguesa (no sector masculino) em provas da Taça do Mundo de Triatlo. Nesta
segunda etapa da Taça do Mundo de Triatlo, Portugal alinhou à partida com
Duarte Marques, João Pereira, Miguel Arraiolos e João Silva. O objetivo da
equipa nacional passava por obter pontos no ranking mundial com vista à
qualificação olímpica para os Jogos Olímpicos Londres 2012.
-O beneditense João Silva revalidou, no dia 29 de outubro de
2011, o título de campeão europeu de triatlo de sub-23, em Eilat, Israel,
subindo pela terceira vez ao lugar mais alto do pódio nos Europeus deste
escalão, repetindo os êxitos de 2008 e 2010. A prova que decorreu sob grande
calor e com vento intenso tinha, no final dos 1500 metros de natação, um grupo
na liderança com cerca de 20 elementos onde se incluíam os cinco atletas
portugueses. Com este feito, João Silva conquistou a 12ª medalha da carreira em
provas internacionais individuais, num ano em que se tornou o primeiro
português a vencer uma etapa do Mundial, ao vencer em Yokohama, no Japão.
Em 2011, João P. Silva foi o primeiro
triatleta masculino português a conquistar uma vitória no Campeonato do Mundo
de Triatlo Elite. No ano de 2012 nos Jogos Olímpicos de Londres, fez a estreia
na maior competição multidesportiva do mundo, obtendo um 9º lugar, a melhor
classificação masculina alcançada por português nos Jogos Olímpicos.
Em 2013, optou por um treinador
neozelandês, de referência, Joel Filliol, tendo-se mudado para este país
distante, de forma a garantir a melhor preparação possível para o Rio2016 e, simultaneamente, ultrapassar
alguns problemas físicos que o afetaram na reta final rumo a Londres.
-João Silva foi o 35.º classificado na
prova do triatlo dos Jogos Olímpicos, do Rio de Janeiro, ficando aquém do
esperado, não conseguindo assim repetir a prestação de Londres. Na Benedita, a
prova de João Silva foi seguida por muitos apoiantes do antigo bicampeão
europeu de sub-23, que acabou por ficar aquém do esperado nas suas segundas
Olimpíadas.
-João
Silva e Melanie Santos (Benfica) terminaram o ano de 2016 da melhor maneira, ao
exibirem-se em bom plano na El Corte Inglês S. Silvestre, de Lisboa, que
decorreu no último dia do ano de 2016. O beneditense obteve o 3.º lugar na
classificação geral, terminando a prova, disputada na distância de 10
quilómetros, com o tempo de 30m43s, a mais de 2 minutos do vencedor, o colega
de equipa Hermano Ferreira. A Melanie Santos, que se transferiu do Alhandra SC
para o Benfica, foi 5.ª classificada no escalão feminino, ao completar o
percurso no tempo de 37m25s.
Lorvão, Luís João de
Sousa,
diplomata de carreira (Embaixador em Singapura, depois de
passar por países como Etiópia, Eritreia, Ruanda, Uganda ou Chile, está de
malas e bagagens em Singapura desde 2015), é natural de Alcobaça.
A
carreira diplomática permitiu-lhe viajar pelos quatro cantos do mundo mas,
mesmo a quase 12 mil quilómetros de distância de Alcobaça e sem viver na região
há vários anos, nunca esqueceu as raízes e consegue ter uma visão exterior e
crítica do que se vai passando na terra. O desafio de ser Embaixador de
Portugal em Singapura torna-se ainda mais estimulante, tendo em conta que a
cidade-estado está permanentemente focada
no futuro e na inovação, explica, apontando como exemplo a construção de
uma base portuária, por onde vão passar cerca de 65 milhões de contentores por
ano.
Carlos Bonifácio, apresentou o livro Afeganistão, Campo de Batalha de Grandes Potências – A Participação
Portuguesa , que surgiu no âmbito da sua tese de mestrado e contou com a
presença e intervenções de Luís Lorvão, Rui Rasquilho e Guerra da Silva,
Tenente-Coronel de Infantaria.
Loureiro, Armindo da Silva, nasceu a 10 de janeiro no lugar do Taveiro, Benedita,
filho de Gracinda do Rosário da Silva e Francisco Justo Loureiro, que tinha uma
oficina de sapateiro. Frequentou a escola primária da Benedita e os Seminários
de Santarém, Olivais e Almada. Fez teatro amador desde criança e nos períodos
de férias escolares colaborava com professores, catequistas e as Irmãs do
Centro das Servas de Nossa Senhora de Fátima nos ensaios para as récitas. O seu
vizinho Diamantino Lucas recorda-se de, em criança, ter entrado numa récita de
que ele foi o autor e o ensaiador. Até há quem se lembre que uma das suas peças
não foi aceite para ser representada na Benedita, já perto (antes ou depois) do
25 de abril. Debatendo-se com dúvidas sobre a Fé, optou por não ser ordenado
sacerdote e tornou-se psicólogo profissional e escritor por conta própria.
Publicou Pontos de Interrogação e
Reticências, sobre a revelação de Deus aos homens (2005), Quixoteida,
poema herói- cómico em oitava rima (versão livre e abreviada de Cervantes
(2010), Odisseia, adaptação do poema
de Homero (2013) e o Demiurgo Impotente
, tragédia em três cantos e um epilogo (2015).
Recorde-se
que o Engenhoso Fidalgo de La Mancha, foi
escrito por Miguel Cervantes em 1605 e é considerado um dos maiores exemplos da
literatura universal. Em Quixoteida,
Armindo Loureiro adaptou a tradução de Aquilino Ribeiro em estrofes de 8
versos, divididas por 10 cantos :
As armas ferrugentas e o
esforçado,//mas já meio chalupa, D. Quixote //que, em Cavaleiro Andante “transtornado”//por caminhos de Espanha errou
o trote,//No seu rocim já velho e escarranchado //Qual Cid, qual Amadis, qual
Lançarote,//Pensando em Dulcineia, a sua Dama //E em se guindar aos píncaros da
fama.
-A
Junta de Freguesia da Benedita, associou-se à homenagem a Armindo Loureiro numa
tertúlia promovida pelo Fórum Terra
Mágica das Lendas, CRL, no dia 25
de setembro de 2016, na Taberna do Museu do Vinho, em Alcobaça.
Loureiro, Joaquim da
Silva, nasceu
a 29 de maio de 1936 em Montes, tendo efetuado os estudos liceais em Leiria e
Santarém e licenciatura em Direito
pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
É
Advogado reformado, com uma filha advogada, como aliás sua mulher.
Participou
na campanha eleitoral de 1969, como responsável político e ainda na campanha
propriamente dita, em comícios, elaboração de comunicados e textos
programáticos.
Fez
parte do Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral da Associação Académica de
Coimbra nos anos de 1962 e 1963. Pertenceu ao TEUC/Teatro dos Estudantes da
Universidade de Coimbra desde 1958 a 1964, no tempo do Professor Paulo
Quintela, assim como ao Cineclube de Coimbra, ao Conselho de Repúblicas, que
foi um dos dinamizadores e apoiantes da viragem política que se operou na
Academia de Coimbra, com a eleição da lista liderada por Carlos Candal/1960.
Deu
aulas na Escola Técnica em V.N. Famalicão no ano letivo de 1967/1968, enquanto
acabava o estágio da advocacia. Mas, por despacho do Conselho de Ministros de
Maio de 1968, foi expulso da função pública, por não dar garantias de colaborar na realização os superiores
interesses do Estado e de se integrar na ordem política vigente.
A advocacia
passou a ser a sua atividade profissional (possível), inicialmente com a ajuda
do patrono, Armando Bacelar.
Antes
do 25 de Abril, entre 1960 e 1966 fez parte do curso universitário como
trabalhador estudante, com diversas profissões pontuais, guia de turismo,
professor num convento de padres dominicanos, trabalhador eventual no Arquivo
de Identificação de Coimbra e no Posto de Turismo de Coimbra, administrativo
numa agência de viagens e numa Caixa de Previdência.
A
ligação ao movimento democrático,
antes do 25 de Abril, começou a revelar-se de um modo informal e em ritmo
crescente, inicialmente, no contexto das manifestações de estudantes, abaixo
assinados e ações diretas de que foram exemplos as manifestações contra o
Decreto nº. 40.900, a campanha eleitoral do Gen. Humberto Delgado. Durante a
crise universitária de 1960/1962, participou na generalidade dos acontecimentos,
tendo sido preso, pela 1ª. vez, pela PIDE, quando da ocupação do Palácio dos
Grilos /sede da A.A.C. A 2ª. prisão pela
PIDE, ocorreu na sequência de uma manifestação no Estádio Municipal, quando os
atletas de futebol da A.A.C. não respeitaram o luto académico , com greve às
atividades académicas.
Quando
em 1967 concorreu, a Delegado do Procurador da República, interino, na comarca
de Oliveira do Hospital, onde dava aulas num colégio particular, foi impedido
por ter colhido informação desfavorável da PIDE
A
militância no movimento democrático,
antes do 25 de Abril (MDP), foi no contexto de uma plataforma diversificada,
que assumia uma certa representatividade dos católicos, chamados progressistas.
Fez
parte de movimentos de cristãos/católicos
que lutaram contra o sistema concordatário, especialmente após as
encíclicas de João XXIII e o Vaticano II, a organização de dois cursos de
teologia para leigos, em Coimbra no CADC/Centro Académico de Democracia Cristã
em 1962 e 1963, com a intervenção de um grupo de padres dominicanos Também
aproveitou momentos que tiveram relevância e de movimentos que deram
conhecimento interno através de propaganda clandestina quando o Papa Paulo VI
recebeu os representantes dos movimentos guerrilheiros e quando o mesmo foi a
Bombaim ao Congresso Eucarístico Internacional. Também fez parte do movimento GEDOC, liderado pelo Pe. Felicidade
Alves, tendo coordenado o setor do Norte.
Antes
do 25 de Abril, já em VNFamalicão, após a expulsão da função pública, pertenceu
a comissões políticas do MDP, a nível local, distrital e nacional, tendo
representado o movimento distrital nas reuniões nacionais, como o II e III
Congressos da Oposição Democrática, em Aveiro.
A
Comissão de Extinção da PIDE/DGS, após o 25 de Abril, notificou-o para reocupar
o lugar de professor na Escola Técnica de V.N. Famalicão o que recusou, assim
como para poder agir contra um informador da PIDE/DGS infiltrado no MDP.
Deixou
o MDP/CDE em setembro de 1974, pois aderira ao Partido Socialista, vindo a
participar no seu 1º. Congresso, na legalidade, em Dezembro de 1974, sido
eleito para a Comissão Diretiva e para a Comissão Nacional. Após as eleições
para a 1ª. Assembleia da Republica, pertenceu à Comissão Administrativa da
Câmara Municipal de V.N. de Famalicão onde, mais tarde, ocupou o lugar de
vereador. Posteriormente foi Presidente da Assembleia Municipal, por diversas
vezes deputado municipal em listas do PS. sendo que, atualmente, o é como
independente.
Enquanto
Advogado, participou no 1º. Congresso dos Advogados e presidiu à Delegação
Concelhia da Ordem dos Advogados de Famalicão durante dois mandatos, interveio
em processos na área de defesa dos direitos humanos já antes do 25 de abril.
Apresentou
cinco queixas contra o Estado Português no Tribunal Europeu dos Direitos do
Homem, onde obteve três condenações.
Publicou
uma obra referente à problemática do agente provocador e, em conjunto com outros colegas advogados, as peças fundamentais
de um processo do Tribunal Plenário do Porto, que terminou com a absolvição dos
Réus, acusados de pertencerem à célula do Partido Comunista, na Universidade de
Coimbra.
Sobre
direitos humanos publicou uma separata referente a um artigo que elaborara para
a Scientia Jurídica.
-Participa
em atividades ligadas ao ambiente, numa associação ambientalista, em ações
judiciais onde estão em causa valores ambientais, tendo uma intervenção pública
(artigos, atividade política, e entrevistas), de caráter cívico.
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