sexta-feira, 18 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Livramento, António José Parreira do, nascido em S. Manços/Évora, a 28 de fevereiro de 1943, foi jogador de Hóquei em Patins, considerado por muitos o melhor jogador de todos os tempos.
António Livramento não era jogador a tempo inteiro. Para ganhar a vida, trabalhava no Banco Pinto & Sotto Mayor, e representou como jogador a equipa deste Banco, numa altura em que o desporto amador era ainda amador. Em 1977, assinou contrato com o Sporting. Para além do campeonato nacional, venceu a Taça dos Campeões Europeus. Esta equipa do Sporting era uma equipa extraordinária. Além de Livramento, contava com jogadores como Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho e Xana, as cinco pedras basilares da seleção nacional.
Livramento conquistou incontáveis títulos durante a longa carreira, tanto como jogador, como treinador. Na década de 1980, deu início a uma nova etapa na sua vida, a de treinador. Começou no Sporting, onde conquistou a Taça das Taças. Para além do Sporting Clube de Portugal, dirigiu também o Hóquei Clube de Turquel, o Hóquei do Futebol Clube do Porto, e a equipa italiana- A.S.Bassano Hockey.
 -Livramento foi treinador do HCT de 1990 a 1996, com o interregno de 1994, contratado pessoalmente pelo Dr. Joaquim Guerra que lhe pagava do seu bolso o ordenado (que nunca se soube quanto era), já que o Clube não tinha dinheiro para tal. Livramento levou o HCT às competições europeias, como a Taça dos Campeões Europeus e a Taça CERS, enquanto que a nível nacional não ganhou nenhuma prova, sendo o melhor resultado obtido o quarto lugar no Campeonato Nacional.
-Morreu, repentinamente, em Lisboa, a 5 de junho de 1999  com 55 anos.
Lopes, Alfredo Rodrigues, O Externato Cooperativo da Benedita segundo se prevê vai ficar sem quatro turmas,  na sequência dos cortes orçamentais impostos pelo Governo. Trata-se de uma medida que será aplicada de forma gradual, tal como  acontecerá com a redução orçamental, cujos valores concretos só  ficarão definidos em Setembro de 2011, após a realização de um estudo sobre a  rede escolar que o ECB atualmente serve
Este estabelecimento assinou em Janeiro, a adenda  ao contrato de associação com o Estado e por isso irá acatar o acordo  ratificado entre o Ministério da Educação e a  Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo.
Alfredo Lopes, diretor do Externato da Benedita, referiu que esta  redução de turmas não é todavia significativa (há escolas que perdem 15  turmas) e que por ser gradual vai permitir ao ECB gerir da melhor  maneira a diminuição do número de alunos.
As escolas, públicas ou privadas, têm sempre flutuações no número de  turmas ao longo dos anos, tendo em conta as taxas de natalidade e o insucesso escolar dos estabelecimentos que fornecem os alunos ao  ensino secundário.
Alfredo Lopes, voltou a frisar, quando ao financiamento por turma, que  as escolas privadas apenas pretendem receber o mesmo que as escolas  públicas e que se assim for, não haverá necessidade do ensino  particular e cooperativo recorrer ao despedimento de docentes, tal  como tem sido muitas vezes noticiado.
-O Externato Cooperativo da Benedita não está preocupado com a  alteração da Lei do Ensino Particular e Cooperativo.
Alfredo Lopes, calculou que venham a existir cortes  entre os 10 e os 15 por cento no ano de 2012, mas assegurou que, mesmo  assim, o ECB conseguirá continuar o seu trajeto sem ter de despedir  professores.
Para fazer face à redução de verbas, sem cortar no pessoal, o  estabelecimento de ensino poderá deixar de desdobrar algumas turmas e  cortar nas actividades desportivas.
-O auditório do Centro Cultural Gonçalves Sapinho, encheu-se, no dia 6 de maio de 2012, para uma homenagem póstuma ao fundador do Externato Cooperativo da Benedita, que contou com a presença do Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, dos presidentes das Câmaras de Alcobaça, Torres Vedras, Cadaval e Alenquer, dos deputados Manuel Isaac e Válter Ribeiro, do Padre Alfredo Cerca, presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, além da viúva, filhos e netos do homenageado, entre outros. A cerimónia teve lugar no último dia da Feira do Livro da Benedita. 
-O diretor do Externato Cooperativa da Benedita, Alfredo Lopes, assegurou que o Primeiro-Ministro e o Ministro da Educação tinham previsto para 12 de setembro de 2012, uma visita a este estabelecimento, para assinalar o início do ano letivo, mas o evento foi cancelado na véspera, sem que à escola fosse dada qualquer explicação.
Leia-se Passos Coelho.
-O Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Reis, elogiou o trabalho de alunos e professores do Externato Cooperativo da Benedita, na cerimónia da inauguração da Semana Cultural, que inclui a XIII edição da Feira do Livro, em abril de 2015.
Comemorar 50 anos numa escola é um marco assinalável. Que esta instituição continue nos próximos anos a trabalhar desta forma, sublinhou o governante, na cerimónia, que marcou também a segunda fase das comemorações do cinquentenário da instituição de ensino. Estiveram presentes os deputados Maria da Conceição Pereira (PSD), Manuel Isaac (CDS) e Odete João (PS).
Os cinquenta anos de trabalho reconhecido do Instituto Nossa Senhora da Encarnação, que abriu a primeira cooperativa de ensino do País, comprovam, segundo David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação, que público e privado não devem ser tomados como antagónicos na gestão do ensino em Portugal.
A iniciativa contou com diversas atividades culturais, como apresentações de livros, exposições, e espetáculos musicais. Um dos momentos altos da Semana Cultural do Externato da Benedita foi o lançamento do livro comemorativo dos 50 anos da instituição, Do pioneirismo... à Globalização, da autoria de Alfredo Lopes, com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa. No mesmo dia, durante a tarde, foi entregue o I Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho.
Leia-se aqui Nuno Crato.
Lopes, Ernâni Rodrigues, nasceu em Lisboa a 20 de fevereiro de 1942.
Tinha casa em S. Martinho do Porto, aonde vinha com frequência e acompanhava a respetiva vida social e associativa.
Militou no PPD/PSD entre 1974 e 1979, integrou a ASDI entre 1979 e 1981 e mantendo-se como não filiado, como Ministro das Finanças e do Plano integrou o IX Governo Constitucional.
A política das cidades e a sua estratégia de desenvolvimento, tem sido uma das preocupações dos responsáveis autárquicos, embora nem sempre bem pensada ou executada.
Nesse sentido, a Câmara Municipal de Alcobaça pretendeu ver definida a estratégia de desenvolvimento do concelho em todas as suas vertentes. Colocou-se assim na vanguarda dos municípios que pretendem desenvolver modernas estratégias, levando a cabo uma iniciativa pioneira em parceria com a prestigiada SaeR, liderada pelo não menos prestigiado Ernâni Lopes.
Assim, no dia 25 de fevereiro de 2003, no Auditório Geral da Biblioteca Municipal de Alcobaça, teve lugar a assinatura de contrato entre a Câmara Municipal de Alcobaça, representada pelo seu Presidente Gonçalves Sapinho, e a SaeR – Sociedade de Avaliação de Empresas e Riscos, representada por Ernâni Lopes, tendo em vista a elaboração de estudos sobre Avaliação Estratégica das Condições de Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça.
-Ernâni Lopes faleceu a 2 de dezembro de 2010.
Lopes, Maria Dulce Nunes Sabóia, nasceu em Torrão do Alentejo em 10 de abril de 1963, aonde estudou até ao 9º. ano de escolaridade, prosseguindo em Évora no ensino secundário e em Coimbra para fazer a Licenciatura em Matemática/Ramo Educacional na Faculdade de Ciências e Tecnologias  que concluiu em junho de 1991. Efetuou depois pós graduação em Administração e Gestão Escolar na Universidade Lusíada, concluída em 2004.
Em termos de carreira profissional, cumpre destacar que fez estágio integrado na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra e depois concorreu à Escola nº. 1 de Alcobaça (denominação da atual Escola Secundária D. Inês de Castro), na qual ingressou como professora provisória do 1º. grupo no ano letivo 1991/1992. No ano seguinte, ficou efetiva nesta Escola, a cujo quadro pertence desde 1992/1993. Na qualidade de docente de Matemática, lecionou aí todos os níveis de ensino desde o 7º. ao 12º. ano, cursos de Educação e Formação, 9º.+1, 10º. profissionalizante e ensino noturno.
Em julho de 1998, tomou posse como Vice-presidente do Conselho Diretivo e até hoje tem ocupado o cargo de Vice-presidente e ou Subdiretora na direção, coadjuvando o Presidente e/ou Diretor Gaspar Vaz, nas tarefas inerentes ao cargo.
Diz que contribuiu para que se passasse de uma situação de rejeição à frequência da escola, com inúmeros pedidos de saída para outras escolas, a uma situação de primeira opção para a frequência. Para tal contribuiu o grande investimento feito na reabilitação física com novas pinturas, renovação do bufete, arranjos exteriores, etc. e que culminou com a intervenção da Parque Escolar. Posteriormente foi feito o investimento “pedagógico” com a uniformização de documentos, definição de critérios de avaliação, implementação de trabalho colaborativo, etc.
Recentemente foram juntos três Ex agrupamentos e uma Escola Secundária, sendo assim à data da sua constituição, o maior Agrupamento de escolas do País, pelo que houve que recorrer a novas metodologias e articulações.
Dulce Lopes admite que lhe é difícil falar deste meu desempenho com outro sentimento que não o de dever cumprido e de contribuir para que as coisas corram bem! Foram ultrapassados muitos obstáculos mas é-me grato ver que algumas pessoas reconhecem o nosso trabalho
-A Escola Secundária D. Inês de Castro continua a ser a melhor escola da região, segundo o ranking das escolas (2015) elaborado pelo jornal Público, ocupando o 223.º lugar a nível nacional. Em relação ao ano anterior, a escola de Alcobaça subiu 66 posições.
Com 616 exames realizados, os alunos passaram de uma média de 9,16 para 10,55.
Lopes da Silva, João, natural de Nelas, veio para S. Martinho trabalhar como Chefe de Cantoneiros.
Aí casou com Maria Odete Carvalho, filha dos donos da Pensão-Restaurante Carvalho.
Por morte de José Joaquim Carvalho (pai de Maria Odete), Lopes da Silva e mulher ficaram a explorar a Pensão. Ele era uma pessoa muito popular e que fazia facilmente amigos, mas quem estava à frente da Pensão-Restaurante era D. Odete, assessorada pelos empregados Joaquim Francisco Pereira e irmão Amadeu Pereira, que vieram ainda rapazes de S. Pedro do Sul, aonde trabalhavam no balneário das Termas. A família Carvalho era conceituada em S. Martinho do Porto, pois além da Pensão Restaurante, explorava o Café Miramar, uma mercearia, bombas de gasóleo para abastecimento dos barcos, bombas de gasolina e ainda era correspondente do BNU. A Pensão Carvalho dispunha de quartos confortáveis com água canalizada quente e fria e encontrava-se aberta todo o ano praticando descontos especiais nos meses de novembro a maio, sendo recomendada pelo ACP o que era relevante. O pessoal deste grupo não tinha praticamente folgas, passando de um lado para o outro, aliás gostosamente e sem protestar.
Joaquim Pereira lembra que os cozinheiros da Pensão-Restaurante eram normalmente espanhóis, bem como algum pessoal de mesa, de certo modo para satisfazer a grande clientela de Espanha.
O prato que se tornou famoso e que atraía clientes de muitos pontos do país era a sopa de lagosta especialidade de D. Maria José, mãe de D. Odete, que nunca deu a receita a ninguém.
Lopes da Silva fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia após o 25 de abril nomeada pelo Governo Civil (sendo Presidente Rocha Almeida e os demais vogais João Daniel Sousa e Maria Luísa Bazenga) e foi o primeiro Presidente da Junta eleito depois do 25 de abril eleito em lista do PPD, mas também fora Presidente da Junta de Freguesia em 1955.
-Faleceu vítima de acidente de viação, sem ter concluído o mandato, sendo substituído por Manuel dos Santos Júnior.
Lopes da Silva, João Pedro, nasceu a 15 de maio de 1989, na Benedita, sendo considerado um dos melhores triatletas do mundo.
Tendo começado a praticar triatlo aos 16 anos, João Silva estava longe de imaginar que se tornaria numa estrela nacional e internacional da modalidade. Contudo cedo demonstrou o seu talento ao conquistar vários troféus desde a idade de júnior.
-A seleção portuguesa conseguiu um feito histórico no Campeonato Europeu Sub-23 de Triatlo que teve lugar em Pulpí (Espanha), nos dias 6 e 7 de Setembro de 2008, conseguindo, individualmente, duas medalhas de ouro por João Silva e Vanessa Fernandes e uma de prata por Miguel Arraiolos. Por equipas, Portugal conseguiu mais uma medalha de ouro no escalão Sub23 Masculinos (Miguel Arraiolos, João Pereira e João Silva) e uma de prata, no escalão Juvenis Masculinos (Fabrício Tomás, João Serrano e Hugo Ventura).
João P. Silva juntou, no dia 14 de Setembro 2008, a vitória absoluta ao título de Campeão Nacional Júnior, ao disputar a VI edição do Triatlo Cidade de Machico, prova pontuável para a Taça de Portugal (décima etapa) e, em simultâneo, Campeonato Nacional de Triatlo Júnior e Campeonato Regional da Madeira. Com este resultado João Silva inscreveu mais uma linha importante no seu currículo, sagrando-se pela terceira vez consecutiva Campeão Nacional Júnior, apenas uma semana depois de conquistar o título de Campeão da Europa Sub23.
-Este atleta conquistou em 16 de julho de 2007 em Edimburgo, o título de Campeão Europeu de Duatlo (ciclismo e atletismo), melhorando assim o segundo lugar obtido na edição de 2006 em Rimini, confirmando o seu estatuto de favorito. Antigo jogador de futebol no Beneditense normalmente concorre em provas de triatlo. O atleta foi medalha de bronze num mundial de triatlo (juniores) em Lausanne e quinto no mundial de duatlo na Hungria.
-Em 30 de junho de 2007 em Copenhaga, arrecadou a Medalha de Bronze na prova de triatlo (juniores) vencendo, no sprint final, o russo Denis Vasiliev.
-João Pedro Silva, como sénior, tem continuado a concorrer e obter  resultados que prestigiam o atletismo nacional.
O desempenho,  valeu-lhe o reconhecimento nacional, tendo sido galardoado com o troféu de melhor atleta português, masculino, do ano 2010, na gala do desporto da Confederação do Desporto de Portugal.
-João Silva conquistou, no dia 19 de abril de 2010, no México, a primeira vitória portuguesa (no sector masculino) em provas da Taça do Mundo de Triatlo. Nesta segunda etapa da Taça do Mundo de Triatlo, Portugal alinhou à partida com Duarte Marques, João Pereira, Miguel Arraiolos e João Silva. O objetivo da equipa nacional passava por obter pontos no ranking mundial com vista à qualificação olímpica para os Jogos Olímpicos Londres 2012.
-O beneditense João Silva revalidou, no dia 29 de outubro de 2011, o título de campeão europeu de triatlo de sub-23, em Eilat, Israel, subindo pela terceira vez ao lugar mais alto do pódio nos Europeus deste escalão, repetindo os êxitos de 2008 e 2010. A prova que decorreu sob grande calor e com vento intenso tinha, no final dos 1500 metros de natação, um grupo na liderança com cerca de 20 elementos onde se incluíam os cinco atletas portugueses. Com este feito, João Silva conquistou a 12ª medalha da carreira em provas internacionais individuais, num ano em que se tornou o primeiro português a vencer uma etapa do Mundial, ao vencer em Yokohama, no Japão.
Em 2011, João P. Silva foi o primeiro triatleta masculino português a conquistar uma vitória no Campeonato do Mundo de Triatlo Elite. No ano de 2012 nos Jogos Olímpicos de Londres, fez a estreia na maior competição multidesportiva do mundo, obtendo um 9º lugar, a melhor classificação masculina alcançada por português nos Jogos Olímpicos.
Em 2013, optou por um treinador neozelandês, de referência, Joel Filliol, tendo-se mudado para este país distante, de forma a garantir a melhor preparação possível para o Rio2016 e, simultaneamente, ultrapassar alguns problemas físicos que o afetaram na reta final rumo a Londres.
-João Silva foi o 35.º classificado na prova do triatlo dos Jogos Olímpicos, do Rio de Janeiro, ficando aquém do esperado, não conseguindo assim repetir a prestação de Londres. Na Benedita, a prova de João Silva foi seguida por muitos apoiantes do antigo bicampeão europeu de sub-23, que acabou por ficar aquém do esperado nas suas segundas Olimpíadas.
-João Silva e Melanie Santos (Benfica) terminaram o ano de 2016 da melhor maneira, ao exibirem-se em bom plano na El Corte Inglês S. Silvestre, de Lisboa, que decorreu no último dia do ano de 2016. O beneditense obteve o 3.º lugar na classificação geral, terminando a prova, disputada na distância de 10 quilómetros, com o tempo de 30m43s, a mais de 2 minutos do vencedor, o colega de equipa Hermano Ferreira. A Melanie Santos, que se transferiu do Alhandra SC para o Benfica, foi 5.ª classificada no escalão feminino, ao completar o percurso no tempo de 37m25s.
Lorvão, Luís João de Sousa, diplomata de carreira (Embaixador em Singapura, depois de passar por países como Etiópia, Eritreia, Ruanda, Uganda ou Chile, está de malas e bagagens em Singapura desde 2015), é natural de Alcobaça.
A carreira diplomática permitiu-lhe viajar pelos quatro cantos do mundo mas, mesmo a quase 12 mil quilómetros de distância de Alcobaça e sem viver na região há vários anos, nunca esqueceu as raízes e consegue ter uma visão exterior e crítica do que se vai passando na terra. O desafio de ser Embaixador de Portugal em Singapura torna-se ainda mais estimulante, tendo em conta que a cidade-estado está permanentemente focada no futuro e na inovação, explica, apontando como exemplo a construção de uma base portuária, por onde vão passar cerca de 65 milhões de contentores por ano.
Carlos Bonifácio, apresentou o livro Afeganistão, Campo de Batalha de Grandes Potências – A Participação Portuguesa , que surgiu no âmbito da sua tese de mestrado e contou com a presença e intervenções de Luís Lorvão, Rui Rasquilho e Guerra da Silva, Tenente-Coronel de Infantaria.
Loureiro, Armindo da Silva, nasceu a 10 de janeiro no lugar do Taveiro, Benedita, filho de Gracinda do Rosário da Silva e Francisco Justo Loureiro, que tinha uma oficina de sapateiro. Frequentou a escola primária da Benedita e os Seminários de Santarém, Olivais e Almada. Fez teatro amador desde criança e nos períodos de férias escolares colaborava com professores, catequistas e as Irmãs do Centro das Servas de Nossa Senhora de Fátima nos ensaios para as récitas. O seu vizinho Diamantino Lucas recorda-se de, em criança, ter entrado numa récita de que ele foi o autor e o ensaiador. Até há quem se lembre que uma das suas peças não foi aceite para ser representada na Benedita, já perto (antes ou depois) do 25 de abril. Debatendo-se com dúvidas sobre a Fé, optou por não ser ordenado sacerdote e tornou-se psicólogo profissional e escritor por conta própria. Publicou Pontos de Interrogação e Reticências, sobre a revelação de Deus aos homens (2005), Quixoteida, poema herói- cómico em oitava rima (versão livre e abreviada de Cervantes (2010), Odisseia, adaptação do poema de Homero (2013) e o Demiurgo Impotente , tragédia em três cantos e um epilogo (2015).
Recorde-se que o Engenhoso Fidalgo de La Mancha, foi escrito por Miguel Cervantes em 1605 e é considerado um dos maiores exemplos da literatura universal. Em Quixoteida, Armindo Loureiro adaptou a tradução de Aquilino Ribeiro em estrofes de 8 versos, divididas por 10 cantos :
As armas ferrugentas e o esforçado,//mas já meio chalupa, D. Quixote //que, em Cavaleiro Andante  “transtornado”//por caminhos de Espanha errou o trote,//No seu rocim já velho e escarranchado //Qual Cid, qual Amadis, qual Lançarote,//Pensando em Dulcineia, a sua Dama //E em se guindar aos píncaros da fama.
-A Junta de Freguesia da Benedita, associou-se à homenagem a Armindo Loureiro numa tertúlia promovida pelo Fórum Terra Mágica das Lendas, CRL, no dia 25 de setembro de 2016, na Taberna do Museu do Vinho, em Alcobaça.
Loureiro, Joaquim da Silva, nasceu a 29 de maio de 1936 em Montes, tendo efetuado os estudos liceais em Leiria e Santarém e licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
É Advogado reformado, com uma filha advogada, como aliás sua mulher.
Participou na campanha eleitoral de 1969, como responsável político e ainda na campanha propriamente dita, em comícios, elaboração de comunicados e textos programáticos.
Fez parte do Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral da Associação Académica de Coimbra nos anos de 1962 e 1963. Pertenceu ao TEUC/Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra desde 1958 a 1964, no tempo do Professor Paulo Quintela, assim como ao Cineclube de Coimbra, ao Conselho de Repúblicas, que foi um dos dinamizadores e apoiantes da viragem política que se operou na Academia de Coimbra, com a eleição da lista liderada por Carlos Candal/1960.
Deu aulas na Escola Técnica em V.N. Famalicão no ano letivo de 1967/1968, enquanto acabava o estágio da advocacia. Mas, por despacho do Conselho de Ministros de Maio de 1968, foi expulso da função pública, por não dar garantias de colaborar na realização os superiores interesses do Estado e de se integrar na ordem política vigente.
A advocacia passou a ser a sua atividade profissional (possível), inicialmente com a ajuda do patrono, Armando Bacelar.
Antes do 25 de Abril, entre 1960 e 1966 fez parte do curso universitário como trabalhador estudante, com diversas profissões pontuais, guia de turismo, professor num convento de padres dominicanos, trabalhador eventual no Arquivo de Identificação de Coimbra e no Posto de Turismo de Coimbra, administrativo numa agência de viagens e numa Caixa de Previdência.
A ligação ao movimento democrático, antes do 25 de Abril, começou a revelar-se de um modo informal e em ritmo crescente, inicialmente, no contexto das manifestações de estudantes, abaixo assinados e ações diretas de que foram exemplos as manifestações contra o Decreto nº. 40.900, a campanha eleitoral do Gen. Humberto Delgado. Durante a crise universitária de 1960/1962, participou na generalidade dos acontecimentos, tendo sido preso, pela 1ª. vez, pela PIDE, quando da ocupação do Palácio dos Grilos  /sede da A.A.C. A 2ª. prisão pela PIDE, ocorreu na sequência de uma manifestação no Estádio Municipal, quando os atletas de futebol da A.A.C. não respeitaram o luto académico , com greve às atividades académicas.
Quando em 1967 concorreu, a Delegado do Procurador da República, interino, na comarca de Oliveira do Hospital, onde dava aulas num colégio particular, foi impedido por ter colhido informação desfavorável da PIDE
A militância no movimento democrático, antes do 25 de Abril (MDP), foi no contexto de uma plataforma diversificada, que assumia uma certa representatividade dos católicos, chamados progressistas.
Fez parte de movimentos de cristãos/católicos que lutaram contra o sistema concordatário, especialmente após as encíclicas de João XXIII e o Vaticano II, a organização de dois cursos de teologia para leigos, em Coimbra no CADC/Centro Académico de Democracia Cristã em 1962 e 1963, com a intervenção de um grupo de padres dominicanos Também aproveitou momentos que tiveram relevância e de movimentos que deram conhecimento interno através de propaganda clandestina quando o Papa Paulo VI recebeu os representantes dos movimentos guerrilheiros e quando o mesmo foi a Bombaim ao Congresso Eucarístico Internacional. Também fez parte do movimento GEDOC, liderado pelo Pe. Felicidade Alves, tendo coordenado o setor do Norte.
Antes do 25 de Abril, já em VNFamalicão, após a expulsão da função pública, pertenceu a comissões políticas do MDP, a nível local, distrital e nacional, tendo representado o movimento distrital nas reuniões nacionais, como o II e III Congressos da Oposição Democrática, em Aveiro.
A Comissão de Extinção da PIDE/DGS, após o 25 de Abril, notificou-o para reocupar o lugar de professor na Escola Técnica de V.N. Famalicão o que recusou, assim como para poder agir contra um informador da PIDE/DGS infiltrado no MDP.
Deixou o MDP/CDE em setembro de 1974, pois aderira ao Partido Socialista, vindo a participar no seu 1º. Congresso, na legalidade, em Dezembro de 1974, sido eleito para a Comissão Diretiva e para a Comissão Nacional. Após as eleições para a 1ª. Assembleia da Republica, pertenceu à Comissão Administrativa da Câmara Municipal de V.N. de Famalicão onde, mais tarde, ocupou o lugar de vereador. Posteriormente foi Presidente da Assembleia Municipal, por diversas vezes deputado municipal em listas do PS. sendo que, atualmente, o é como independente.
Enquanto Advogado, participou no 1º. Congresso dos Advogados e presidiu à Delegação Concelhia da Ordem dos Advogados de Famalicão durante dois mandatos, interveio em processos na área de defesa dos direitos humanos já antes do 25 de abril.
Apresentou cinco queixas contra o Estado Português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, onde obteve três condenações.
Publicou uma obra referente à problemática do agente provocador e, em conjunto com outros colegas advogados, as peças fundamentais de um processo do Tribunal Plenário do Porto, que terminou com a absolvição dos Réus, acusados de pertencerem à célula do Partido Comunista, na Universidade de Coimbra.
Sobre direitos humanos publicou uma separata referente a um artigo que elaborara para a Scientia Jurídica.
-Participa em atividades ligadas ao ambiente, numa associação ambientalista, em ações judiciais onde estão em causa valores ambientais, tendo uma intervenção pública (artigos, atividade política, e entrevistas), de caráter cívico.

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