NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Meneses, Joaquim
Marcelino, por
alturas de 1952/1953, conheceu Gilberto Magalhães Coutinho, a cumprir pena na Cadeia do Forte de Peniche.
Meneses,
tinha acabado de ingressar na GNR e estava destacado para servir naquela
prisão. De Peniche, Meneses veio a ser colocado em Alcobaça, até se reformar,
ao fim de trinta anos de serviço de expediente, patrulhas e manutenção da
ordem. A vida prisional em Peniche decorria, com monotonia segundo Meneses, que não apreciava o lugar. Eram poucos
os presos, na maioria pequeno-burgueses. A alimentação era má, mas podia ser
compensada pela facilidade permitida a presos de cozinharem. Quando a origem social
dos detidos começou a mudar, com a vinda de trabalhadores rurais e operários,
passou a haver reclamações, quanto à qualidade da comida, com o levantamento de
rancho, reivindicações de condições prisionais, tanto no que diz respeito ao
tempo de recreio, como a higiene e salubridade, nas celas.
Segundo
contava Meneses, os guardas prisionais
estavam proibidos de falar e de comer com os detidos, pelo que foi Gilberto
Coutinho, no isolamento da cela, que para meter conversa tomou a iniciativa de
lhe perguntar se ou de onde se conheciam. Meneses, jogando à defesa, apenas lhe
disse que não podiam falar um com o
outro, pois de outro modo arriscava-se a ir fazer-lhe companhia, numa cela.
De facto, não se conheciam de parte nenhuma.
Mais
tarde, em Alcobaça, encontraram-se e Gilberto Coutinho, comerciante
estabelecido, reconheceu-o. O curioso desta estória é que,
segundo Meneses, passaram a ser amigos, almoçavam, lanchavam e até
jantavam uma vez por outra. Para Meneses, não obstante nunca ter pactuado
com esquerdistas ou socialismos, o
trato político de Gilberto Coutinho, já em nada o interessava.
Gabava-se
de nunca ter dado nenhum sopapo, embora isso não fosse raro na GNR
de Alcobaça, no tempo do afamado Sarg.
Barbosa, que o fazia, dizia-se com algum prazer.
Meneses,
ainda conheceu de vista o esquerdista Dr. Vasco da Gama Fernandes,
mas nunca falou com ele, mesmo como advogado,
por receio de isso ser mal-entendido, por colegas ou superiores.
Meneses
não gostava muito de falar do seu tempo de serviço, especialmente dos últimos
anos antes do 25 de Abril, quando comandava o Posto o Sarg. Barbosa.
-Depois
de reformado, dividia o tempo entre serviço a alguns advogados (especialmente
Vergas Alexandre e Fleming de Oliveira), umas patuscadas com amigos e passeios.
Menezes, Armando Morais da Silva, nasceu
a 10 de fevereiro de 1918, no lugar de Fontes/Leiria, filho de José da Silva
Menezes, de Alcanadas, e de Albina da Costa Morais Menezes, do Arrabal, sua
terceira esposa.
Fez
os primeiros estudos na Escola Primária das Cortes, a 4ª. classe em Leiria com
aulas particulares por não haver professor nas Cortes, no velho Liceu Rodrigues
Lobo, em Leiria, e no Liceu José Falcão, em Coimbra. Em Leiria, foi aluno do
Prof. José Saraiva e companheiro do seu filho José Hermano Saraiva. Apesar de
ter planeado ingressar no curso de Medicina, em Coimbra, um esquecimento na
data fê-lo abraçar Engenharia Agronómica, em Lisboa, no ano de 1936. Agrónomo
de profissão, foi diretor da Escola Agrária de Alcobaça, entre 1962 e 1980,
mesmo quando esta foi alargada aos cursos comercial e industrial e depois ao
ciclo preparatório. Foi em Alcobaça que casou em 1947 com Maria Joana Neves
Ferro (Meneses) com quem teve cinco filhos. É a esta escola e às propriedades
familiares na Cela, Maiorga (ensaiou aqui produção de arroz), Porto de Mós e
Cortes, que dedicou grande parte da vida.
Foi
agraciado por Américo Tomás, com a Comenda
da Ordem de Instrução Pública, em 1969.
Demonstrou
espírito experimentador, criativo, prático e sensível ao meio físico e social
que o rodeava, gerindo rentavelmente uma escola exemplar e única no país e
produzindo fruta de qualidade.
-Desde
jovem, revelou gosto e habilidade para o desenho, talento que não desenvolveu
em Belas Artes, e que é patente nos desenhos de frutos que guardou dos tempos
da Universidade e nas ilustrações do livro de práticas europeias de
pomicultura, que serviu de manual aos alunos, intitulado A Poda em Fruticultura.
A
partir da década de 1980, em que se reformou, dedicou-se à pintura a aguarela,
pastel, óleo e acrílico, com temas naturalistas, frequentemente inspirado em
fotografias que lhe chegavam às mãos, através de familiares, ou de revistas
como a National Geographic.
Por
convite e iniciativa de apreciadores dos seus trabalhos, participou numa
exposição durante este período, SAAL/2002 (Cortes, Leiria), a primeira
representativa da sua obra, posteriormente renovada graças ao empenho de José
Aurélio, numa exposição que ocorreu entre 26 de novembro e 27 de fevereiro de
2012, no Armazém das Artes, em Alcobaça.
Miguel, Joaquim, vulgo Cafezinho-Pai.
JERO, que tem estudado com muito mérito, interesse, se não mesmo com
paixão, a Alcobaça de hoje, dedicou atenção a este cromo e registou a sua passagem, pela Terra, no jornal Região de
Cister (28 de novembro de 2013 e reeditado em Arco de Memória’s-2016), do modo que se passa a transcrever:
Foi durante muitos
anos uma referência na pacata vila de Alcobaça. O seu nome era Joaquim e a
alcunha ganhou-a quando foi preso por contrabandear café durante a guerra civil
espanhola. Uns tiveram sorte, ele teve pouca. Toda a gente o conhecia. Era uma
figura simpática, que nos habituámos a ver passar numa pasteleira enorme, onde
se gingava no selim para chegar com os pés aos pedais. Parecia que pedalava em
câmara lenta! Infelizmente o combustível da bicicleta era normalmente tinto. Um
dia alguma coisa correu mal e caiu da bicicleta. E feriu-se com alguma
gravidade na cabeça. Teve que ir ao Hospital de Alcobaça. Depois de tratado,
amparado pelo enfermeiro, o Cafezinho deu dois ou três passos titubeantes e
regressou ao exterior. Um penso na cabeça denunciava o traumatismo que a queda
lhe tinha causado. Com pequeno ar teatral, abriu os braços e num gesto de quem
está num palco cantou com voz pastosa: Tuudo ééé preciso nasss passagens
deeesta vidaaaaa! O filho que o esperava fora da sala, abanou a cabeça e disse:
Pois é, agora cantas. Quem por ali estava riu e o Cafezinho, aproveitou para
tentar logo vender lotaria aos presentes. Assumia-se como um autêntico vendedor
de jogo branco. Mas não enganava ninguém. E apregoava assim a sua lotaria: O
Cafezinho em jogo branquinho!!! E rematava: Se eu soubesse que ela aqui estava,
não a vendia a ninguém. Quem é que podia resistir a este apregoar tão original?
Poucos, está claro. O seu posto de vendas era normalmente na esquina da
Pharmácia Campeão, na Rua das Lojas. Esquina que os menos novos recordam ainda
como sendo a Esquina dos Indecisos. Bons velhos tempos. (…) A alcunha Cafezinho ganhou-a quando foi
preso por contrabandear café durante a guerra civil espanhola, o que já
tínhamos referido (…), mas ficámos a
saber que a pena que cumpriu na cadeia de Alcobaça foi de 27 meses. Era então
carcereiro o João Machaqueiro. O Cafezinho era um detido bem comportado e da
máxima confiança do carcereiro, fazendo com alguma frequência serviços no
exterior de transporte de lixo sem qualquer guarda à vista. Numas férias do
João Machaqueiro – na falta dum carcereiro substituto – foi o Cafezinho, com o
conhecimento dum Oficial de Justiça do Tribunal de Alcobaça que ficou a tomar
conta da cadeia, sem se ter registado qualquer problema de monta. Só um pequeno
barril de vinho, propriedade do carcereiro, terá descido alguma coisa no seu
nível, eventualmente com a ajuda de algumas libações do Joaquim Miguel.
Este adicional à
pequena estória do Cafezinho Pai só prova que somos um povo de brandos
costumes.
Um preso – na
ausência de carcereiro – a tomar conta da cadeia por alguns dias marca, sem
dúvida, um tempo e um povo.
Miguel, João Luís Neto, nasceu a 13 de
janeiro de 1956, na Maternidade Alfredo da Costa, filho único de João Miguel e de sua
esposa Guilhermina Rodrigues Neto, ambos de Tourões/Porto de Mós. Em 1980 casou
com Maria Cecília Henriques Franco com quem teve dois filhos, Marta Isabel Franco Neto Miguel e João Tiago Franco Miguel.
Passou
a infância e adolescência no lugar de Tourões. Após terminar a Escola Primária,
continuou o percurso académico no Colégio de Porto de Mós, de que era
proprietário e diretor o Dr. Manuel de Oliveira Perpétua, grande homem e pedagogo, que o marcou profundamente e sendo, como
salienta, pedra basilar no seu gosto pelo
conhecimento e na formação da personalidade.
Após
o ensino secundário, ingressou em outubro de 1975, na Faculdade de Direito da
Universidade Clássica de Lisboa, tendo participado em órgãos académicos e
concluído a licenciatura, em julho de1980.
Fez
estágio para o exercício da advocacia em Alcobaça, tendo como patronos, a título formal os Dr. Amílcar de
Magalhães e Dr. Manuel de Almeida e a título
efetivo/prático o Dr. Pessanha Gonçalves.
Terminado
o estágio em outubro de 1982, iniciou a atividade de advogado com escritório em
Alcobaça, onde continua a exercer.
Em
acumulação com a advocacia, lecionou durante quase oito anos, no Ensino
Secundário, Escola Secundária D. Inês de Castro, Escola Domingos Sequeira, e
Escola Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, Escola Secundária de Porto de Mós,
Escola Secundária Raúl Proença, em Caldas da Rainha e Escola Secundária de
Torres Novas.
Durante
alguns anos participou em atividades socioculturais em Alcobaça, como a
formação e integração da Direção da Rádio Frequência Musical que mais tarde se
fundiu com a Rádio Cister.
Em
2003, integrou o grupo que teve a iniciativa de (re)criar a Orquestra Típica e
Coral de Alcobaça, tendo integrado a respetiva Direção, bem como o grupo coral
com a esposa e filhos.
A
paixão pela música, que vem desde menino,
levou a dedicar-se ao fado e à canção, sendo fadista/cantador amador pelo que
tem colaborado e participado em muitos espetáculos, de solidariedade social.
Segundo
esclarece, o gosto pela leitura e pelo
conhecimento, fez com que dedique grande parte do tempo disponível ao estudo e
análise da política e de questões económico-sociais, bem como da evolução da
ciência e do saber, para além da ortodoxia oferecida em tais saberes.
-E que
é ser advogado em Alcobaça?
O advogado está inserido e é
condicionado pelo meio económico e social em que exerce a sua atividade. Apesar
de Alcobaça ter a categoria de cidade, continua a ter características de vila
onde a maior parte das pessoas se conhecem. Tal circunstância é determinante
sobre o exercício da advocacia nesse meio pois o nome profissional do advogado
depende essencialmente dos resultados positivos ou negativos dos processos e ações
judiciais que trata. Para além disso, e não querendo recusar-se ou furtar-se a
qualquer causa que lhe seja colocada, um advogado tem que ser um generalista
conhecedor de todos os ramos do direito e estar permanente atualizado quer em
relação à lei, bem como em relação à doutrina e jurisprudência que versam todos
esses ramos do direito. Tais circunstâncias exigem por isso uma grande e total
dedicação e empenho no exercício da profissão. Mas o papel do advogado tem de
ser também o de um mediador de conflitos e tentar sempre em primeiro lugar uma
solução consensual e amigável entre as partes devendo sempre tentar evitar o
recurso às vias judiciais. Isso implica saber ouvir as pessoas, entender e
perceber o que as divide e o que lhes causa o conflito e esgotar todos os meios
possíveis para soluções pré contenciosas e extra judiciais.
A diversidade de conflitos entre as
pessoas que abarcam os mais variados problemas da vida, obriga a que o advogado
tenha conhecimentos de psicologia, sociologia, economia, política entre outros.
Para além disso, o advogado tem de ser um bom ator para poder interpretar e
compreender os mais variados papéis das pessoas em contenda, procurando ele
próprio viver essas realidades pois só assim as poderá entender, ajuizar e
contribuir para a sua resolução duma forma justa, beneficiando desse modo quer
as pessoas em conflito quer a própria sociedade em que se busca a harmonia e a
paz.
A atividade de advogado está em
constante mudança, tal como o direito os tribunais e a sociedade, tendo que se
ir adaptando e acompanhando todas essas mudanças o que se tem verificado ao
longo da minha já vasta carreira de advogado.
Miguel, José, vulgo Cafezinho-Filho.
JERO registou no jornal Região de Cister 14 e 21 de novembro de 2013 e
reeditado em Arco de Memoria’s) este cromo da vida alcobacense:
Quem foi seu
companheiro na escola primária sabia que ele era capaz de toda a espécie de
tropelias. Uma fisga era uma arma infalível nas suas mãos. Escolhia as pedras
com cuidado e voltava da caça com inúmeros pardais à cintura. Era visita
frequente do posto da Polícia. E na história que se segue foi ele mesmo o
protagonista.
Aconteceu num jogo
de futebol entre o Ginásio e o Marrazes na década de 1950, no velho Campo do
Parque General Carmona. O pelado tinha uma vedação de madeira que depois de
alguns invernos rigorosos abriu brechas, que davam para ver o jogo sem pagar
entrada. O Cafezinho Filho (de seu nome Zé Miguel) instalou-se com a sua fisga
atrás da baliza que dava para o Largo da Conceição. Na 2ª parte, o guarda-redes
do Marrazes passou por uma experiência que até ali nunca lhe tinha calhado.
Cada vez que se preparava para defender uma bola rematada pelos avançados da
equipa da casa levada com uma chumbada, que o fazia ver as estrelas. Tantas
levou que se queixou ao árbitro, que informou a polícia. Quando se preparava
para mais uma fisgada, Cafezinho foi apanhado em flagrante pelo polícia Galo,
que já o conhecia de ginjeira. A brincadeira valeu-lhe uma ida à esquadra da
PSP mas não sofreu consequências de maior, além de um ralhete do seu pai, o
velho Cafezinho.
Tudo o que está
escrito sobre o Zé Miguel eu confirmo, pois eu estava com ele (mas sem fisga) a
assistir a esse jogo em cima da parede do quintal da Clemência. Quando a
polícia se aproximou, nós descemos e começámos a fugir. Eu consegui, mas o Zé
Miguel ficou preso pela roupa numas roseiras de Santo António que cresciam ao
bravio num antigo jardim com pequenos tanques de cantaria que por ali existiam.
Tínhamos talvez uns 6 anos de idade, mas já nessa altura ele era um perito com
a fisga. Mais tarde o Sr. Pires, nosso professor da 3ª. Classe, alcunhou-o de
Espanta Pardais. O polícia que veio para nos apanhar era conhecido em Alcobaça
por o Cabecinha ao Lado (nunca o conheci por outro nome se não esse), afinal
não era o Polícia Galo. Aqui o galo foi nosso. Poucos dias mais tarde
voltaríamos a cima dessa parede, mas dessa vez foi para roubar nêsperas, que
pertenciam à referida D.ª Clemência. Nós íamos comendo e cantávamos: Olha a
bela nêspera. De repente vira-se o feitiço contra o feiticeiro e um filho da
dita senhora, - penso que se chamava Hernâni e chegou a ser guarda-redes do
Ginásio – saiu da porta das traseiras do 1º. andar e de cima do patim – ao cimo
da escada – começou a chumbar-nos as pernas com uma pressão de ar. Foi um ar
que nos deu para sair dali para fora, mas desta vez evitámos as roseiras.
Tempos que já lá vão. Recordo o Cafezinho com muita saudade. Sempre o
considerei meu amigo e penso que ele também.
Monteiro, João Gouveia, nasceu em 1958, em
Coimbra, em cuja Universidade é Professor Associado com Agregação e
investigador do Centro de História da Sociedade e da Cultura. Ensina história
medieval europeia e história militar antiga e medieval, sendo autor de 90
trabalhos científicos, entre os quais 10 livros. Foi Professor Convidado da
Université Paul Valéry (Montpellier) e Conferencista Visitante da École
Pratique des Hautes Études (Paris). Entre 1995 e 2001, coordenou um projeto de
investigação pluridisciplinar no Campo Militar de São Jorge - Aljubarrota. Em
2000, organizou com Mário Barroca e Isabel Cristina Fernandes a exposição Pera Guerrejar - armamento medieval no espaço português.
É Académico Correspondente, da Academia Portuguesa da História e da De Re Militari - The Society for Medieval Military
History.
A
Biblioteca Municipal de Alcobaça, em parceria com o Pólo da Universidade de
Coimbra e a Rede de Bibliotecas do Concelho de Alcobaça, realizaram a exposição
600 anos de Ceuta, e a apresentação do livro 1415 - A conquista de Ceuta, de João Gouveia Monteiro, dia 9 de
abril de 2016.
A
comemoração em 2015 do 6º centenário da conquista (tomada?) de Ceuta pelas forças portuguesas foi aproveitada por
editoras nacionais para lançar novos títulos, direcionados ao grande público,
sobre essa expedição militar que marcou o início do processo expansionista
português.
A
obra 1415 A Conquista de Ceuta,
enquadra-se nesse modelo, procurando atingir um leque significativamente vasto
de leitores, sem, no entanto, perder rigor e profundidade.
Tomando
por base a Crónica da Tomada de Ceuta,
de Gomes Eanes de Zurara, peça fundamental para a recomposição histórica da
empresa, e socorrendo-se de diversos testemunhos documentais, que introduz no
seu relato através da presença de outras vozes, como a de João Gomes da Silva,
alferes-mor do rei, e a do próprio Infante D. Henrique, que ora complementam,
ora retificam as informações daquela fonte, Gouveia Monteiro relata, o evoluir
da expedição militar, desde os preparativos no Reino, até à conquista de praça,
em 21 de agosto de 1415.
Monteiro, Rodrigo da
Silva, vulgo Chefe Monteiro, natural
e residente em Coz, faleceu com 77 anos, em 9 de março de 1993.
Conhecido
carinhosamente como Chefe Monteiro,
estava aposentado da antiga Polícia de Viação e Trânsito e possuía um escritório
de documentação em Alcobaça.
Amigo
de toda a gente o Chefe Monteiro granjeava
simpatia com quem convivia.
Juntamente
com a esposa, fez muitas viagens e percorreu grande parte do mundo.
Monteiro de Castro,
José Luís, é natural de
Alfeizerão, onde nasceu a 9 de fevereiro de 1952, mas reside em S. Martinho do
Porto.
Frequentou
a Escola Primária de Alfeizerão e a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro,
em Caldas da Rainha.
Em
termos profissionais é Professor no Ensino Superior, Administrador da Sociedade
Comercial Guerin, SA, Presidente do Conselho de Administração da J. M. Seguro
SA, Membro da Direção do CISCAL-Departamento de Investigação do ISCAL e
Consultor Jurídico-Económico.
Em termos
políticos e sociais, foi Presidente da Assembleia de Freguesia de Alfeizerão (3
mandatos), Presidente da Assembleia Geral do Sport União Afeizerense (6
mandatos), Presidente da Assembleia Geral da Casa do Povo, Presidente do
Conselho Fiscal da CNAF-Confederação Nacional das Associações da Família,
Presidente do Conselho Fiscal do IFPM- Instituto Fontes Pereira de Melo, Membro
da Direção do Sporting Clube de Portugal (2 mandatos), Membro do Conselho
Leonino do Sporting Clube de Portugal, Conselheiro da Organização Mundial da
Família, com sede em Paris e Assento na ONU, eleito para os Órgãos Sociais da
União das Misericórdias Portuguesas para o atual mandato e Provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Alfeizerão, desde 2003,
instituição que inaugurou em 7 de abril de 2013, as suas novas instalações. Num
investimento de 1,5 milhões de euros, a nova casa da instituição, está
preparada para acolher até 40 utentes em lar de idosos, 30 no Centro de Dia e
assegurar o apoio domiciliário a 60 pessoas. O apoio da população foi muito
importante para ajudar a equipar a nova casa da Misericórdia, pois foram
realizadas campanhas de angariação de apoios, têxteis, mobiliário, louças,
entre outros bens, que de tiveram bastante adesão.
Morais, Maria Teresa da
Silva, que nasceu 21 de julho de 1959 é uma jurista, professora universitária e política, que foi brevemente
Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX (e curto) Governo Constitucional. É licenciada e mestre em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, sendo docente assistente dessa Faculdade e também da Universidade Lusíada/Lisboa.
Foi advogada entre 1984 e 1987, assessora jurídica da Presidência do Conselho de Ministros no X Governo Constitucional, bolseira da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1989-1990) e da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (1993-1994). Foi professora auxiliar da Universidade Moderna (1990-2002) e professora do Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (1993-1994).
Foi deputada à Assembleia da República nas IX (2002-2005) e XI (2009-2011) legislaturas, tendo sido vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.
Em 2011, foi nomeada Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade no XIX Governo Constitucional, até 2015, ano em que foi nomeada ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX Governo Constitucional.
-Em
agosto de 2015, efetuou uma visita ao concelho de Alcobaça, que se iniciou pela
Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão, onde foi recebida pelos responsáveis
e lhe foram apresentadas as valências e carências da instituição, pelo Provedor
da Misericórdia, José Luís M. Castro. As propostas apresentadas, em parceria
com a Pousada da Juventude de São Martinho do Porto, em Alfeizerão, visaram o
acolhimento de um polo de tratamentos continuados na instituição e uma
ampliação das instalações da Santa Casa da Misericórdia, em que a governante
afirmou que vai tentar contribuir para
resolução dos problemas do distrito.
O
Provedor também disse que pretende
apresentar uma candidatura ao Portugal 20/20 para aumentar as valências da
instituição. Esta é uma visita de
rotina, motivada pela minha vontade de conhecer melhor as instituições e,
fundamentalmente, acompanhar de perto as necessidades existentes no terreno do
setor social, adiantou Teresa Morais.
Igualmente
admitiu que as atuais instalações da Misericórdia são de muito boa qualidade, com uma amplitude e de largueza de visitas
extraordinária, o que significa que apesar
de um período difícil foi possível observar o dinamismo do setor social privado
que em caso de necessidade arregaça as mangas e faz. O Governo apostou no apoio ao setor social porque entende que não deve
estar sozinho neste setor e deve apoiar e delegar sempre que o setor social
privado aparece e corresponde ao solicitado.
Teresa
Morais, seguiu para o Centro Social Paroquial de Alfeizerão e por fim, para a
Fundação Manuel Francisco Clérigo, em São Martinho do Porto, onde teve a
oportunidade de conhecer as respetivas instituições e os serviços que são
oferecidos.
O
Centro Social Paroquial de Alfeizerão tem como presidente da direção o padre
Joaquim Vieira Gonçalves e conta com 150 crianças desde os 4 meses até ao 4º
ano de escolaridade, em regime de creche, pré-escolar e ATL.
A
Fundação Manuel Francisco Clérigo, fundada em 17 de fevereiro de 1968, presta
apoio a 132 crianças e 149 idosos, servindo em tempo escolar cerca de 410
refeições diárias, como referiram o presidente da direção Manuel
Valle-Domingues e as diretoras Sandra Rebelo e Teresa Costa.
O
presidente da Câmara Municipal de Alcobaça recordou que neste mandato, os últimos quatro anos foram os mais difíceis para
Portugal, sendo o período em que se fez mais cinco infraestruturas sociais no
concelho, consolidou-se a rede social por força da sociedade civil pujante, que
mostrou que, quando há muitas dificuldades, as soluções aparecem.
Paulo
Inácio relatou a intenção de criar um
centro de atendimento a vítimas de violência doméstica em Pataias, em que a
governante garantiu que vai apoiar essa intenção da autarquia.Tal como em
Caldas da Rainha e em Ansião, procurei durante as minhas visitas desafiar os
presidentes de Câmara a criarem respostas nesta área, e sei que Alcobaça está
interessado em ter um gabinete de atendimento a vítimas, por isso, acho muito
bem que o município tenha uma resposta nesse sentido, disse Teresa Morais.
-A
comitiva da coligação Portugal À Frente,
visitou a Feira de São Bernardo 2015.
Teresa
Morais, cabeça de lista da coligação Portugal
À Frente, pelo Distrito de Leiria, considerou que a visita, coincidindo com
o dia da entrega da candidatura formal, é um momento de convívio especial. A candidata realçou que as preocupações que Alcobaça tem relativamente
à necessidade do melhoramento de algumas zonas da estrutura rodoviária e que
apresentam riscos para a população, vão ser tidas em conta no programa de
Governo da coligação.
Assunção
Cristas, primeira representante do CDS-PP na lista, garantiu que o projeto do
regadio da Cela está programado, está
preparado e o trabalho está feito e será candidatado aos fundos do Programa de
Desenvolvimento Rural 2020.
-Fernando
Costa, presidente da Distrital de Leiria do PSD e ex-presidente da Câmara
Municipal das Caldas da Rainha, não conseguiu ser incluído na lista de
candidatos de Leiria da Coligação Portugal
À Frente. O vereador da Câmara Municipal de Loures admitiu estar magoado por ser o único presidente de
uma Distrital a não integrar as listas de candidatos a deputado.
Teresa
Morais, Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, liderou
lista de Leiria, seguida de Feliciano Barreiras Duarte (PSD/Bombarral), Pedro
Pimpão (PSD/Pombal), Assunção Cristas (CDS/ ministra da Agricultura e do Mar),
Margarida Balseiro Lopes (JSD), José António Silva (PSD/Leiria), Conceição
Pereira (Caldas da Rainha), Válter Ribeiro (PSD/Alcobaça), Manuel Isaac (CDS/Caldas
da Rainha) e Olga Silvestre (Porto de Mós).
-Passos
Coelho, líder da coligação PaF, para
as eleições legislativas de 4 de outubro de 2015 e candidato a
Primeiro-ministro, visitou no dia 28 de setembro de 2015 a empresa de calçado
Sindocal, da Benedita, para conhecer a sua realidade e a condição dos seus 96
trabalhadores. Passos Coelho fez-se acompanhar de Paulo Portas (nº2 da
coligação), Teresa Morais (cabeça de lista da coligação pelo Círculo de Leiria)
e Assunção Cristas, que aliás nesse dia festejava o seu aniversário.
No
final da visita Passos Coelho (calça sapato medida medida 44) e Paulo Portas saíram
com um novo par de sapatos, inteiramente
feito em Portugal, como aquele quis frisar, com o objetivo de apelar ao
consumo de artigos nacionais.
-A Ministra
da Cultura, Igualdade e Cidadania, Teresa Morais, inaugurou no dia 19 de
novembro de 2015, pelas 15horas, a XVII Mostra Internacional de
Doces&Licores Conventuais.
A
edição de 2015, decorreu de 19 a 22 de novembro, no Mosteiro de Alcobaça,
apresentando este ano, como novidade, a maior projeção de vídeo mapping numa
única fachada. A Luz do Amor,
espetáculo preparado para comemorar os 25 anos do Mosteiro de Alcobaça como
Património da Humanidade. Milhares de pessoas
deixaram-se deslumbrar, desde a inauguração, nas quatro sessões diárias,
entre as 20 e as 23 horas, pelo espetáculo A Luz do Amor, preparado pelo
ateliê Ocubo.
|
||
-Teresa Morais visitou, no 31 de maio de 2016 a sede da
Associação de Regantes e Beneficiários da Cela, para uma reunião a fim de fazer
um ponto de situação e debater o futuro do regadio.
Durante
a reunião, Carlos Malhó, presidente da associação, garantiu que há interessados em comprar terras no
regadio mas não o fazem enquanto não tiverem a garantia de que vai existir a
obra no regadio. Por sua vez, Teresa Morais considerou que a demora no arranque deste projeto está a
retardar também o desenvolvimento económico da região. Neste momento (2016),
a associação conta com mais de 400 agricultores e pelo menos o mesmo número de
hectares dedicados, maioritariamente, à produção de hortofrutícolas.
Tudo isto podia melhorar se o regadio
tivesse outras condições, já que estamos a falar de um sistema muito antiquado
que durante muitos anos os agricultores esperaram que fosse melhorado, apontou Teresa Morais. Em 2010, o
sistema chegou a ter uma candidatura
aprovada pelo Programa de Desenvolvimento Rural, que depois não teve sucesso
devido à falta de meios financeiros suficientes, lembrou. O presidente da
Associação de Regantes e Beneficiários da Cela, avisou que o sistema atual está a ficar incomportável, devido ao facto de estar
cheio de ruturas e os agricultores se queixarem cada vez mais de que a água não
chega às suas parcelas. Se for uma
resposta negativa não sei se conseguirei continuar à frente desta casa por que não
consigo gerir nestas condições com os meus colegas.
-No
dia 17 de outubro de 2016, os deputados eleitos em lista do PSD pelo Círculo de
Eleitoral de Leiria estiveram em Alcobaça, numa visita integrada, num roteiro
pelo património cultural da região.
Teresa
Morais, Feliciano Duarte, Margarida Balseiro, José Silva e Pedro Pimpão
reuniram com a maioria PSD do executivo municipal. Tive a oportunidade de os informar sobre o estado do concurso do hotel
do Mosteiro de Alcobaça e, a necessidade de investimento noutras áreas do
mosteiro, nomeadamente os Claustros e o Jardim do Orbículo, afirmou Paulo
Inácio, adiantando ter transmitido aos deputados, dados sobre a candidatura do
Mosteiro de Coz a Monumento Nacional e a preocupação com o futuro do Castelo de
Alfeizerão. Após recebida nos Paços
do Concelho, a comitiva visitou o Mosteiro de Coz.
-O parque canino Pataiaspata recebeu no dia 20 de novembro de 2016 a visita da
deputada Teresa Morais. A vice-presidente do PSD foi conhecer o primeiro parque
de diversão canina do País, inaugurado em julho do ano passado pelo grupo Pataiaspatas. O parque tem uma pista com
30 metros, obstáculos, plataformas e outros equipamentos de diversão canina.
Morais, Rui David
Fernandes, nasceu em Leiria em 1974.
Licenciado
em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, frequentou um Mestrado em
Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Católica
Portuguesa.
Gestor
cultural, desempenhou funções de assessor jurídico na Câmara Municipal de
Lisboa, no Ministério da Ciência e do Ensino Superior e no Ministério do
Ambiente.
Foi
Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa de 1995 a 1997 e Presidente da
Associação Académica de Lisboa, entre 1996 e 1998.
Desde
2000, é Presidente da Direção da Banda de Alcobaça, entidade titular da
Academia de Música de Alcobaça, instituição também responsável pela direção e
gestão do Cistermúsica e do Concurso Internacional de Música de Câmara Cidade
de Alcobaça. Concluiu o Curso de Saxofone do Conservatório Nacional em 1993,
tendo frequentado, posteriormente, a Licenciatura em Saxofone na Escola
Superior de Música de Lisboa.
Foi
professor de saxofone em diversas escolas, como a Academia de Música de Santa
Cecília, Academia de Amadores de Música e Escola de Música do Orfeão de Leiria.
Como
músico, frequentou cursos,
master-classes e seminários, para além de ter colaborado, entre outras, com a
Orquestra Portuguesa da Juventude e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
É
diretor executivo da Academia de Música de Alcobaça, desde a sua autorização em
2002, pelo Ministério da Educação, como escola de ensino vocacional. A Academia
de Música de Alcobaça é uma importante escola de ensino especializado de música
e dança com cerca de 80 professores e mais de 600 alunos a frequentar cursos
vocacionais e profissionais, com responsabilidade pelo ensino da música a
crianças do 1º. ciclo no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular,
por projetos de música e dança no ensino pré-escolar público e privado, no
ensino sénior e, mais recentemente, pelo desenvolvimento de um projeto de
expressão corporal e musical para crianças, jovens e adultos portadores de
necessidades educativas especiais.
Rui
Morais é também o diretor executivo do Cistermúsica desde 2001, tendo nas
últimas edições assumido a codireção artística com o compositor Alexandre
Delgado e programador do Cineteatro de Alcobaça, desde 2004. Destaque. Este
festival tem assumido uma importância, cada vez maior, no panorama nacional,
sendo a maioria dos concertos realizada no Mosteiro de Alcobaça. No ano de
2003, o Festival inseriu-se nas comemorações dos 750 anos da Sagração do Mosteiro, dos 850 anos da Fundação da Abadia e dos 850 anos da Morte de S. Bernardo.
No
seguimento do sucesso das últimas edições, o Cistermúsica passou a ser
organizado pela Academia de Música de Alcobaça, em parceria com a CMA. Tem sido
possível ouvir, ao lado das grandes obras clássicas, outras de compositores
portugueses, algumas em estreia mundial.
-Na
sexta-feira, dia 1 de dezembro de 2000, a Banda de Alcobaça comemorou os 80
anos da sua fundação e os 15 anos do seu ressurgimento/refundação.
As
comemorações decorreram no Cineteatro de Alcobaça, com um concerto e uma sessão
solene.
A
primeira melodia que soou, foi o Hino da
Banda aniversariante. A esta, seguiu-se a interpretação da Canção de Alcobaça, de Bello Marques, sob
a direção de Pedro Marques.
Seguidamente
José Carlos Borges, apresentador de serviço, fez uma chamada de atenção para os
placares, que se encontravam no átrio do Cineteatro, referentes ao concurso de
ideias para a restruturação desse espaço.
Rui
Morais, presidente da direção da Banda, recordou a história da instituição e
fez agradecimentos aos sócios, músicos, professores e maestros, recordando o
empenhamento do falecido Álvaro Coelho de Guimarães e de Vítor Santos.
Em
representação da Câmara de Alcobaça, Rui Coelho afirmou que esta é uma instituição levada a servir os
alcobacenses, relembrou o significado destas comemorações e sublinhou que
as dificuldades ainda persistem.
Depois
destas intervenções, José Carlos Borges, mencionou 59 nomes de antigos
elementos das direções, desde 1985.
No
fim desta homenagem, seguiu-se a dos músicos que estão a tocar na banda desde o
ressurgimento e ainda José Gomes Pedrosa, tesoureiro em várias direções, o
maestro Vítor Santos e uma figura
incontornável, não só para a Banda, mas também para outras instituições, o
Dr. António Sanches Branco.
A
pedido da direção, o antigo maestro da Banda subiu ao palco, para dirigir os
músicos na Canção de Alcobaça, conforme arranjo seu. A terminar a sessão, a
aniversariante tocou mais músicas, entre as quaisThe
stars and stripes forever, de John Ph. Sousa e Slavia, de Jan Van der Roost.
Um
momento alto da noite foi quando Sónia Tavares, a vocalista do grupo The Gift,
deu voz à canção I can’t take my eyes of
you, de Paul Anka.
-Rui Morais foi nomeado assessor de Jorge Moreira da Silva,
Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, em
outubro de 2003 e candidato
a Deputado em Lista do PSD de Leiria.
Rui
Morais, foi todavia deputado por um dia, pois tomou posse a 10 de março de 2005
mas não voltou a ter assento na Assembleia da República. Apenas tomei posse como deputado, em virtude da transição entre membros
do Governo. Rui Morais foi o 7º elemento da lista do PSD por Leiria e
beneficiou do facto de Luís Pais Mamede e Feliciano Duarte, os dois primeiros
da lista, terem sido nomeados Secretários do Governo de Santana Lopes. Por este facto, não tomaram
posse no primeiro dia da legislatura.
-A Academia de Música de Alcobaça realizou no dia 26 de
fevereiro de 2012, domingo, pelas 11h, no antigo Clube Alcobacense (local de
aulas da Academia de Dança de Alcobaça), duas novas atividades expressamente
dirigidas a bebés (dos 0 aos 36 meses) e a crianças (dos 6 aos 10 anos) que
visam sensibilizar e conduzir o público infantil ao maravilhoso universo da música.
-A Banda Sinfónica de Alcobaça, deslocou-se
Santa Maria da Feira, para participar no concurso Filarmonia D’Ouro - Concurso
Internacional de Bandas, que decorreu no dia 26 de novembro de 2076 no
Europarque. No primeiro ano do concurso organizado pela Academia Portuguesa de
Banda, a formação de Alcobaça arrecadou o 1.º lugar da segunda categoria. Este
ano, o troféu de 6.º lugar na primeira categoria soube, também, a vitória. Os
alcobacenses iniciaram-se com a Suite of Old American Dances - 1.º and., Cake
Walk, de Robert Bennett e terminaram com Red Dragon, de Ferrer Ferran, mas foi
na peça obrigatória Éli Éli, de Luís
Cardoso, que a Banda Sinfónica de Alcobaça, arrecadou um dos maiores aplausos
entre as restantes bandas. Há 15 anos na Banda Sinfónica de Alcobaça, o maestro
Rui Carreira, conta com muita experiência no mundo musical, seja em competições
ou fora delas. Um concurso é uma
oportunidade excelente para trabalharmos de forma mais afincada e exigente,
acabando por servir como um trampolim, notou o maestro.
Moreira, António Joaquim, vulgo Moreira
de Évora, nasceu
em Évora de Alcobaça em 25 de setembro de 1895 e casou em 3 de setembro de 1924
com Maria Regina Costa Peixoto.Segundo Leonel Fadigas, que ainda o chegou a conhecer, António Joaquim Moreira foi uma destacada figura da oposição democrática à ditadura militar saída da revolução militar de 28 de maio 1926 que pôs termo à I República e ao regime salazarista que se lhe seguiu. Proprietário rural em Évora de Alcobaça e gerente da Cerâmica do Vale do Amieiro, na Maiorga, esteve ainda ligado, com o farmacêutico Belo Marques, à ginja de Alcobaça produzida por David Pinto através da sua sociedade David Pinto & Companhia, Lda.
Ainda adolescente, soube da implantação da República, como o recordou, em 1985, ao jornal A Voz de Alcobaça, num apontamento de Rui Serafim, dias depois porque “as comunicações eram mais lentas que as de hoje”: “Ó Toninho olha que vem lá um homem a gritar. Se calhar há qualquer coisa”. De maneira que eu corri aqui ao meu portão. ”Então, o que é?”. “Implantou-se a República: Viva a República”.
Mais tarde, homem feito, manteve-se republicano e opositor da ditadura tendo sido perseguido pelo Estado Novo e pela polícia política, tendo-se refugiado em Espanha onde se relacionou com outros exilados políticos como o aviador major Sarmento de Beires, o capitão José Marceneiro, o tenente Pinto, e o dr. Bernardino Machado, presidente da República por duas vezes e que havia sido derrubado pela revolução militar de 28 de maio de 1926.Regressado a Portugal, desenvolveu a sua vida profissional, mas não deixou de manter acesas as suas convicções e a intervenção cívica e uma permanente alegria de viver e de querer contribuir para o Portugal de liberdade e de progresso que desde jovem quis ajudar a construir. António Joaquim Moreira, esteve nas mesas de voto nas eleições presidenciais de 1958, cujos candidatos eram Américo Tomás e Humberto Delgado. Como contou na referida entrevista ao jornal A Voz de Alcobaça “as autoridades nomearam o Serafim Amaral para ir fiscalizar as eleições, mas, a partir de certa altura, começaram a pensar que o Serafim Amaral era um homem exaltado que ainda armava algum sarilho, “pelo que tem que ir o Moreira”. E assim lá fui para a fiscalização, mas aquilo tudo era uma grande barretada”.
Quando se deu o 25 de abril foi o acordar e o acreditar naquilo que quase já não acreditava.
A seguir ao 25 de abril manteve-se independente, mas alinhado com as forças que representavam a continuidade do ideário republicano que marcou toda a sua vida. Em 1985, com noventa anos, integrou, a Comissão de Honra concelhia de Alcobaça da candidatura do dr. Mário Soares às eleições presidenciais de 1986.
Os seus correligionários, como o meu avó António Fadigas, tinham-no como uma referência de integridade e de coragem e como um homem que sempre enfrentar as dificuldades políticas com um sorriso e com a confiança que no fim seria ele o vencedor. E assim foi.
-Faleceu a 25 de março de 1990.
Moreira, Lauro Barbosa da
Silva,
nasceu em Anápolis,
Estado do Goiás, Brasil, em 1940.
Licenciado
em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, ingressou
no serviço diplomático em 1965, tendo servido em inúmeros postos no
estrangeiro.
A
partir de 2006, foi nomeado Representante Permanente do Brasil junto da CPLP.
Para
além das atividades profissionais como diplomata de carreira, Lauro Moreira tem
sido um militante de causas culturais e artísticas, dedicando-se às artes
cénicas (ator, diretor e autor), ao cinema (documentarista) e à fotografia
(premiado em concursos e exposições nacionais). Nos postos diplomáticos,
dedicou-se à promoção da arte e da cultura brasileiras, sobretudo da música e
da poesia em língua portuguesa, proferindo palestras, escrevendo textos e organizando
recitais. Em 2005, gravou o álbum Manuel Bandeira: o Poeta em Botafogo. Criou
também o grupo Solo Brasil para apresentar o que há de mais representativo na
música brasileira do século XX.
-O
padre jesuíta José Carlos Brandi Aleixo, professor catedrático de Universidade
de Brasília, foi a personalidade convidada para a conferência em 29 de março de
2006 sobre a vida e obra do Padre António Vieira, na Igreja da Misericórdia de
Alcobaça. Presentes estiveram o embaixador Lauro Moreira, que leu sermões em
Português (do Brasil), e Rui Rasquilho, que leu os sermões em Português (de
Portugal). A conferência teve apresentação do Padre Fernando Cima e contou com
um apontamento musical de Luís Peças.
-O Mosteiro de Alcobaça
inaugurou, no dia 8 de Dezembro de 2006, uma exposição sobre presépios na
Galeria de Exposições Temporárias da Ala Sul, que se prolongou até 6 de
Janeiro.
A mostra incluiu presépios de artistas
portugueses, como José Aurélio e Ferreira da Silva, mas também presépios de
outros artistas nacionais e estrangeiros, e uma homenagem ao ceramista João Santos,
recentemente falecido. Numa das alas, a organização reservou um espaço para
presépios construídos por alunos das escolas primárias do Concelho. A
sessão inaugural contou com a presença de cerca de uma centena de pessoas e do
Embaixador Lauro Moreira. O diplomata apresentou depois, na Sala do Capítulo,
algumas canções brasileiras interpretadas pela pianista Moema Craveiro Campos,
em particular de Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e Frutuoso Viana.
-Lauro Moreira, esteve na Sala do
Capítulo do Mosteiro de Alcobaça, no dia 23 de maio de 2007 para um recital de Poesia de Manuel Bandeira, o Poeta em
Botafogo, com músicas do maestro Camargo Guanieri e executadas pela
pianista Sónia Vieira.
Há
um longo caminho pela frente em defesa da promoção da Língua Portuguesa, considerou Lauro Moreira.
-A 29
de março de 2008, o público acorreu à Galeria da Ala Sul do Mosteiro, para
assistir a um momento de música popular brasileira.
Lauro
Moreira apresentou Euclydes Mattos (guitarrista) e Alfredo Bessa
(percursionista do famoso Baden Powel), que tocaram e cantaram um programa, que
incluiu nomes lendários da música brasileira, como Tom Jobim, Vinicius de
Morais, Chico Buarque, Edu Lobo e outros. Os 50 anos da Bossa Nova, mereceram
destaque nesta apresentação, aplaudida por muito público, sobretudo brasileiros
que se deslocaram de propósito a Alcobaça.
-Lauro
Moreira, esteve em Alcobaça a propósito das comemorações dos 10 anos da CPLP (criada em 1996). O
momento foi assinalado por um sarau de piano por Moema Craveiro e leitura de
poemas por Lauro Moreira.
No
mês anterior, Jorge Barros, havia manifestado, num texto de opinião no Região
de Cister, o desejo de ver instalado no Mosteiro de Alcobaça, o Museu da Língua Portuguesa, previsto
para Lisboa (existe um em S.Paulo), opinião partilhada por Lauro Moreira. O
embaixador referiu que embora, não seja aqui o museu oficial será sempre a sede
natural da Língua Portuguesa porque é um centro cultural extraordinário.
Foi a
profunda admiração pelo trabalho desenvolvido por Rui Rasquilho, diretor
do Mosteiro, que levou o embaixador a escolher o monumento como primeiro palco
das comemorações da CPLP, em Portugal.
Segundo
Lauro Moreira, o facto do governo
brasileiro criar uma delegação permanente junto a CPLP, deverá incentivar
outros países a seguir-lhe o exemplo, com vista a fortalecer a comunidade no
âmbito internacional.
O
embaixador prometeu trabalhar no sentido
de tornar a CPLP mais conhecida tanto dentro dos países que a integram (Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste), como internacionalmente.
Ao
longo dos últimos dez anos (isto é desde a sua criação), Lauro Moreira garantiu
que a CPLP tem tido vários sucessos, nomeadamente na concertação
político-diplomática e na cooperação
técnica. No entanto, também têm tido alguns percalços, nomeadamente em relação
à língua portuguesa, mas acredito que são
dificuldades a superar nos próximos tempos.
-A
vertente poética de Rui Rasquilho
teve uma existência bem mais curta que Rui Rasquilho, historiador e diplomata.
O
poeta Rasquilho nasceu em 1995 e morreu
de repente em frente ao mar, numa janela da vila de Parede/Brasil em 2003.
O fenómeno poético foi inesperado, quando Rui Rasquilho vivia no Brasil. Mas
tão depressa veio, como depressa foi. Esgotei-me,
confessou.
Esta
posição em relação à poesia pode parecer estranha, mas fica clara quando
contraposta com a convicção de Rui Rasquilho, que toda a minha arte vem de dentro de mim. Assim, os poemas que
escreveu são muito próprios, é tudo muito natural, acrescentando que não tinha qualquer mecanismo para escrever os
poemas. Por isso, é natural que afirme que morreu para a poesia e não sabe
se algum dia voltará.
O
processo criativo culminou no livro Poemas
Escolhidos, apresentado no dia 24 de outubro de 2015 no Armazém das Artes,
perante um público composto por mais de centena e meia de pessoas.
A
apresentação do livro contou com a presença de Lauro Moreira, que recitou
poemas da obra de Rasquilho. Para além disso, J. Amílcar Coelho apresentou uma filosófica
e extensa dissertação sobre o silêncio, alegadamente importante na poesia do
alcobacense. O livro reúne um conjunto de poemas românticos e de amor.
Amor pelas pessoas, pelas coisas e
pelos factos, explicou
Rui Rasquilho.
-A Associação de Amigos do Mosteiro de
Alcobaça e os Amigos das Letras
uniram-se para trazer Lauro Moreira, para Poesia
em Concerto, espetáculo que pretendeu misturar a poesia, a música e o
teatro. Na iniciativa, que teve lugar no dia 19 de novembro de 2016, na
Biblioteca Municipal de Alcobaça, Lauro Moreira apresentou três epopeias
brasileiras de Gonçalves Dias, Castro Alves e Olavo Bilac.
Lauro Moreira é um homem que apesar da
idade não para e está sempre a fazer espetáculos de teatro, contou Rui Rasquilho. O embaixador
gosta de teatro e por isso a apresentação das epopeias brasileiras tem, também,
uma parte de encenação, concluiu o antigo diretor do Mosteiro de Alcobaça,
que efetuou a apresentação e o enquadramento histórico das obras apresentadas
por Lauro Moreira. A leitura dos poemas foi precedida por breves textos
introdutórios, a cargo de Rui Rasquilho.
De acordo com Lauro Moreira o meu
recital poético intitulado “Três Epopeias Brasileiras”, a estrear-se em
Alcobaça no dia 19 de novembro, reúne as três obras acima citadas, todas de
imenso valor poético e dramático, cada qual evocando um dos três mencionados
aspetos fundamentais da formação histórica, étnica e cultural do Brasil, que
situará para o espetador o quadro histórico e social dos eventos narrados.
Leia-se aqui Rui Rasquilho.
Morgado, Abílio Manuel Pinto Rodrigues de Almeida, Secretário de Estado da Administração
Educativa, esteve no dia 13 de fevereiro de 2003 presente na inauguração de
dois jardim-de-infância, respetivamente em Casal dos Ramos e Burinhosa.
As
inaugurações contaram também com a presença do Secretário de Estado Feliciano
Barreiras Duarte.
Morgado
foi Secretário de Estado da Administração Educativa no XV Governo
Constitucional, Secretário de Estado da Defesa Nacional do XII Governo
Constitucional.
No
seu discurso de inauguração, Abílio Morgado elogiou a política da Câmara de
Alcobaça, ao verificar que esta coloca a Educação e a Cultura na agenda das
suas prioridades, e exortou o Presidente da Câmara a continuar essa linha de
atuação.
Ao
nível da ação governativa, o Secretário de Estado da Administração Educativa
definiu como prioridade o aumento radical da escolarização ao nível do ensino pré-escolar.
O estabelecimento de parcerias, nomeadamente com autarquias e privados foi
outra das linhas orientadoras do XV Governo enunciadas por Abílio Morgado.
Reconhecendo
o importante e grandioso investimento levado a cabo por anteriores Governos,
definiu como vetores críticos para a melhoria do ensino, a competência, a
organização e o método.
Sem estes, por muito que se invista na
educação, os problemas estruturais permanecerão.
Morgado, Pedro, de 32 anos, motorista numa firma de
construção civil em Alcobaça e residente em Casal da Lagoa, foi interveniente
num crime hediondo e chocante, fruto de um ato tresloucado, que acabou com a
vida de 3 pessoas da mesma família.
Tudo
aconteceu na noite do dia 27 de Fevereiro, provocando um ambiente de dor,
sofrimento e consternação entre familiares e amigos.
Uma
queda de 100 metros, da falésia do Sítio da Nazaré, causou a morte a um menino
de 3 anos e a seu pai, que conduziu o carro para o precipício, numa queda
mortal.
No
dia seguinte, soube-se que também a mãe da criança, Simone Pereira, de 25 anos,
estava
morta em casa, quando a GNR alertada para o seu desaparecimento, encontrou
o cadáver prostrado na casa de banho no
interior da moradia do Casal da Lagoa, residência onde o casal vivia antes de
se iniciar o processo de divórcio. Tinha sido assassinada, à pancada, atingida
pelo marido com uma barra de ferro, na cabeça.
O
filho do casal, o pequeno Tiago, tinha estado a passar a tarde em casa dos avós
paternos em Poço das Vinhas, mas ao cair da noite, Pedro Morgado, foi buscá-lo
dizendo que o tinha de entregar à mãe, mas na verdade atirou-se de carro, com o
filho para o mar, ficando no entanto desfeito e entalado nas rochas, depois de
várias cambalhotas.
O
casal estava separado há 2 meses e aguardava a decisão de divórcio.
O suicida,
era considerado um trabalhador exemplar,
estimado, pontual e responsável.
Mota Amaral, João
Bosco, Presidente da
Assembleia da República, esteve em Alcobaça no dia 12 de novembro de 2004 para
proceder à inauguração do renovado Cineteatro fazendo-se acompanhar por Amaral
Lopes, Secretário de Estado dos Bens Culturais.
Da
cerimónia da inauguração constou uma interpretação de O Lago dos Cisnes, pelo Ballet Estatal de Kiev. As obras de
renovação do cineteatro custaram cerca de 5 milhões de euros, cofinanciadas
pelo FEDER, através do CCDR da LVT.
Em 18
de Dezembro de 1944, a vila de Alcobaça recebia um revolucionário espaço cultural. Seis décadas volvidas, o Cineteatro
estava de novo a funcionar, para receber espetáculos de música, teatro e dança,
para além da vertente cinema, que Gonçalves Sapinho faz questão de sublinhar.
Mota Amaral descerrou a lápide e aplaudiu esta iniciativa do Poder Local.
Mota
Amaral lembrou os muitos anos durante os
quais as autarquias tiveram de se
ocupar daquilo que não se vê, como o
saneamento básico ou a habitação social. Hoje há o capítulo da requalificação urbana, das atividades culturais e
o Cineteatro é sinal de outras eras, disse a segunda figura do Estado,
reconhecendo que Alcobaça já nos anos 40
tinha empenho em acompanhar atividades culturais. Mota Amaral,
assumido cinéfilo lembrou que o seu avô
paterno fora fundador de um cineteatro na ilha de São Miguel.
Amaral
Lopes, Secretário de Estado dos Bens Culturais, elogiou o Presidente da Câmara
de Alcobaça e conseguiu arrancar gargalhadas do
público ao dizer de Gonçalves Sapinho: teimosia, exigência, empenho e falta de descanso que dá à administração
central para que as coisas se concretizem.
O
governante reconheceu as assimetrias do País, ao afirmar que as pessoas por não residirem em grandes
cidades como Lisboa, Paris ou Londres, têm ainda muitas dificuldades no acesso
a determinados bens, mas em Alcobaça
fica difícil evocar essa premissa.
-O
Centro Cultural da Benedita, já em funcionamento, foi oficialmente inaugurado também no dia 12 de novembro de 2004,
assumindo o nome de Gonçalves Sapinho,
em cerimónia presidida por Mota Amaral, tendo estado presente, tal como em
Alcobaça, o Secretário de Estado Amaral Lopes.
Também
compareceu José António Leitão, Governador Civil de Leiria. Da cerimónia
constou um concerto com o Quarteto
Lacerda e no domingo seguinte o Ballet
de Kiev com o Lago dos Cisnes.
Mota Pinto, Carlos
Alberto, Professor
Catedrático da Faculdade de Direito de Coimbra, após o 25 de
Abril ajudou a
fundar, juntamente com Sá
Carneiro, Pinto
Balsemão e Magalhães
Mota, o PPD.
Pelo
mesmo partido, foi eleito deputado à Assembleia
Constituinte e
à Assembleia
da República, cuja
designação se deve, aliás, a uma proposta legislativa por si apresentada,
durante os trabalhos da A. Constituinte. Foi igualmente Presidente do
Grupo Parlamentar do PSD.
Ao
partido, deu também o slogan Hoje
somos muitos, amanhã seremos milhões, incluído no seu discurso no primeiro
comício do PPD, realizado no Pavilhão dos Desportos,
em Lisboa, em 1974.
Entrou em rutura com Sá Carneiro, no Congresso de Aveiro, em dezembro de 1975,
tendo-se posteriormente reconciliado com ele e com o partido, aonde se
reintegrou. À data da morte de Sá Carneiro era mandatário nacional da candidatura presidencial do candidato da AD., Gen. Soares Carneiro.
Foi
Ministro do Comércio e Turismo no I
Governo Constitucional/1976-1977,
primeiro-ministro do IV
Governo Constitucional/1978-1979,
nomeado por iniciativa presidencial de Ramalho Eanes, e ainda Vice-primeiro-ministro
e Ministro
da Defesa do IX
Governo Constitucional/1983-1985.
Liderou
a Comissão Política Nacional do PSD, entre 1984 e 1985, depois de 1983 a 1984
ter liderado o partido conjuntamente com Nascimento
Rodrigues e Eurico de Melo, na chamada Troika.
Faleceu
subitamente nesse mesmo ano, em Coimbra, dias antes da realização do congresso,
na Figueira
da Foz, que daria a
chefia do partido a Cavaco Silva.
-Em 1979,
Ramalho Eanes acompanhado pelo Primeiro-ministro Carlos Alberto Mota Pinto (primeiro-ministro do IV Governo Constitucional-1978-1979, nomeado por iniciativa presidencial de Ramalho Eanes), visitou Alcobaça
no âmbito das cerimónias da Comemoração dos 800 anos do Mosteiro. Nessa visita,
assistiu a uma Missa Solene celebrada por D. António Ribeiro (Cardeal
Patriarca) e a uma conferência proferida pelo Professor Veríssimo Serrão.
-Mota
Pinto veio em 12 de abril de 1983, como dirigente partidário e a convite de
Fleming de Oliveira, seu antigo aluno na FDUCoimbra, almoçar e conviver com
dirigentes e militantes do PSD. Fez também parte em 1970 do juri da prova do
concurso de acesso a Delegado do Procurador da República/MP, que aprovou
Fleming de Oliveira, com quem mantinha relações pessoais, desde o tempo da
Universidade.
da
China, no âmbito das comemorações do Dia
de Portugal e das Comunidades.
Mourão-Ferreira, David de Jesus, nasceu
a 24 de fevereiro de 1927 e faleceu em Lisboa, a 16 de junho de 1996.Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, destacou-se como um dos grandes poetas do Século XX.
No governo (Primeiro-ministro Mário Soares), desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura e em 1979 veio a Alcobaça inaugurar no Mosteiro uma exposição de Códices.
A
exposição, que esteve patente até ao dia 27, assinalou o encerramento das
Comemorações do Oitavo Centenário do Mosteiro de Alcobaça.
Com
esta exposição, embora episodicamente, voltou a Alcobaça a sua livraria,
iniciada no século XII e uma das mais famosas da Europa nos séculos XVI e XVII.
Após
a inauguração, o Professor José Mattoso, da Universidade Nova de Lisboa,
proferiu uma conferência subordinada ao tema Monges Brancos – Sete Séculos de História.
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