NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Silva, Rogério Moura da, mais conhecido como Salgueiral, nasceu em Alcobaça a 28 de novembro
de 1937 e faleceu a 8 de agosto de 2010.
Desde
novo seguiu as pegadas do Pai, Manuel
Rodrigues da Silva, Salgueiral.
Salgueiral, alcunha pelo qual era conhecido na vila
teve origem numa propriedade do bisavô, em Aveiro, que assim foi alcunhado,
devido a um salgueiro que era marco da
propriedade. Do marco ao proprietário, ficou a alcunha de Salgueiral, que ainda perdura, marcando definitivamente a
identificação da família.
-Natural
de Alcobaça, mas com as origens em Aveiro, Rogério Moura da Silva, foi um
empresário dedicado à indústria da panificação, durante mais de 50 anos, tendo
sido o responsável pela abertura de pontos de venda na vila e no Concelho de
Alcobaça.
-Desde sempre, abraçou vários projetos
nomeadamente após o casamento com a mulher que, ao logo da vida o apoiou, com
amor, carinho e de forma incondicional (Maria Pereira Crisóstomo). Ambos
acreditaram na expansão do setor agrícola, assumindo, desde o casamento, a
função de empresário e gestor de negócio da fruticultura, na exploração de
propriedades da família.
Fazendo parte de
vários grupos sociais e caçador por paixão, esteve sempre próximo e muito
envolvido com várias iniciativas em Alcobaça. Fiel adepto do Ginásio Clube de
Alcobaça e seu seguidor, chegou a integrar a Direção do Clube.
Destaque-se como referência, a sua
dedicação e elevado empenho à banca, onde e desde Janeiro de 1987 passou a
fazer parte dos órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola de Alcobaça. Em
Novembro de 1995, passou a membro efetivo da Direção da Caixa e em 2005, ao
abraçar mais um desafio, assumiu a função de Presidente da Direção, cargo que
ocupou até final dos seus dias, em Agosto de 2010.
Durante a sua presidência acompanhou o
dinâmico desenvolvimento da CCAMA com a abertura de delegações no concelho de
Alcobaça e a expansão para outros. Um dos momentos altos foi a inauguração do
emblemático edifico da atual sede da CCAMA, que contou com a presença do
Presidente da República, Jorge Sampaio.
No dizer da família foi um marido
exemplar, um pilar de família, dedicado e incentivador, um pai modelo, que
incrementou nos filhos valores de confiança, perseverança, respeito pelo
próximo e a ambição do reconhecimento profissional. Sempre presente, apoiante,
foi com orgulho que apoiou o trajeto profissional dos seus dois filhos.
Salgueiral, é um nome
que ficará associado às memórias de um homem que ao longo de uma vida ajudou a
construir sonhos e consolidar projetos que contribuíram para a edificação
permanente desta cidade. Um homem da nossa terra.
Um homem que Alcobaça
não esquece.
Silveira, Hermínio Laborinho Belo Marques da, nasceu a 28 de abril de 1922 e faleceu em Alcobaça, no dia 29
de setembro de 2008.
Licenciado em Farmácia pela
Universidade do Porto, era o proprietário da Farmácia Belo Marques, sita a Rua
Alexandre Herculano/Alcobaça, que já vinha de antepassados e que explorava
pessoalmente. Pessoa de fino trato, e esmerada educação, o Dr. Hermínio deixou
saudade. Era o decano dos farmacêuticos no concelho de Alcobaça.
Pertenceu à Assembleia Geral
da Santa Casa da Misericórdia que serviu com dedicação durante cerca de 40
anos, tendo sido louvado recentemente pouco antes de falecer em Assembleia
Geral desta instituição.
Luci Pais, no Região de Cister, escreveu na secção Memória, um interessante apontamento que
se transcreve
A Farmácia Belo Marques, foi um exemplo
de longevidade e de serviço público pois, em tempos, teve um laboratório que
produzia medicamentos para todo o país e para os emigrantes nos Estados Unidos.
Em outubro de 1894, o Semana Alcobacense noticiava a mudança de instalações
“podendo considerar-se actualmente talvez a primeira pharmacia do districto,
não só pela elegancia da sua construção, na qual foi empregada a mais bella
madeira de mogno, como ficar reunindo todas as condições força estética da
obra. As minhas inclinações iniciais d´um estabelecimento de
primeira ordem”.
A farmácia manteve se na família
durante umas cinco gerações e tinha o seu próprio laboratório de manipulados e
preparados que partilhava com a Farmácia Campeão, ambas na rua Alexandre
Herculano.
Alguns dos produtos, feitos em Alcobaça
revelaram-se grandes sucessos como Zomodigestina (custava 35 escudos),
Ceriedigestina (28 escudos) e Ulceranil. Este último medicamento, destinado a problemas
de estômago, vendia-se em todo o país e mesmo no estrangeiro. Os medicamentos
durante muitos anos eram vendidos conforme a vontade do freguês, avulsamente,
em saquetas e/ou frascos de vidro. Depois de embalados, eram-lhe colocados os
rótulos que identificavam o produto e o laboratório. Na farmácia Belo Marques
também se produzia a partir de plantas medicinais e de compostos químicos,
xaropes, pomadas e pastilhas. Também no laboratório da farmácia foram feitas
durante anos hóstias para as igrejas da região, pelo técnico Manuel da Silva
Feitor. Enquanto medicamento, na parte oca da hóstia eram colocados compostos
adequados. A partir da década de 1970, o dia-a-dia das farmácias portuguesas,
particularmente as que tinham laboratório, mudou completamente, pois deixou de
haver espaço para a produção de medicamentos nos seus estabelecimentos. A
Farmácia Belo Marques também teve, embora noutras instalações, um laboratório
de análises clínicas que encerrou portas após a morte de um familiar Belo
Marques.
-H. Belo Marques , era viúvo de D. Maria do
Céu, natural do Porto, e pai de Susana da Bernarda e de Joaquim José, residente
em Lisboa. Os herdeiros vieram a vender
a farmácia, que depois passou para outro local e mudou a denominação.
-A Farmácia Belo Marques, que
passou a designar-se Farmácia Holon
Alcobaça, abriu portas no dia 13 de agosto 2015, em frente ao Mosteiro.
O
espaço antigo, localizado na Rua Alexandre Herculano, já era pequeno e desadequado às necessidades tanto dos funcionários,
como dos clientes, explicou Sandra Vitorino Ribeiro. A nova localização é mais central, permite melhores acessibilidades aos
utentes e é também uma forma de dinamizar o centro histórico da cidade,
acrescentou a responsável.
Silvestre, Jorge
Manuel de Jesus Nogueira, nasceu
em 1945 em Alcobaça, onde efetuou os primeiros estudos.
-Rui
Rasquilho, sobre Jorge Silvestre escreveu que, a morte é um estado natural. A vida termina e, pronto. Dito assim, dá
um arrepio nos vivos, um apagamento da alegria. Recorta-se então uma memória,
focada nos fragmentos do quotidiano que existiu em comum.
O Jorge Silvestre morreu! Morreu a 25
de Abril, um dia que lhe dizia muito, como aos seus amigos de sempre.
Foi o Gil Moreira quem me deu a
notícia. O Barros já me tinha dito que ele não estava bem. O Poças também
estava preocupado, mas não esperava a notícia quando hoje de manhã, a 26 de
abril, lhe telefonei para o Brasil, às 7 da manhã de lá. Dizia-me a minha
mulher: - a nossa geração começa a morrer.
O Santos Costa, o Zeca, o Aurélio
arrepiaram-se com o anúncio e olharam para o mensageiro, eu, de olhos mais
húmidos do que o costume.
Estudamos todos uns com os outros, em
tempos e lugres quase simultâneos. A mulher dele, a Fernanda da Bernarda, é
gente nossa também e fica ali só, sem a constante ternura do Jorge,
provavelmente o mais estoico de todos nós.
A rua do Castelo e o Colégio do Dr.
Cabrita, os jogos de King, em Porto de Mós e o Colégio do Dr. Perpétua fazem
parte da nossa adolescência, têm um sinal na nossa memória.
Agronomia, a Câmara de Alcobaça, uma
qualquer Direção Geral do Ministério da Agricultura são sinais mais restritos
noutras memórias, agora avivadas em comum. Nesta morte adiantada pela porcaria
do cancro no fígado.
A Rádio Baga, o Interact, os liceus
unidos, a luta académica, o fogo intenso e jovem de que queremos todos ser
fundadores do mundo.
Depois, como nas árvores, do tronco
vieram os ramos, as hastes, as folhas, os frutos; deixo as flores de lado
porque sim. As árvores são agora a nossa vida de Primavera e Outono.
O Jorge vai ser cremado, julgo eu, na
véspera do seu aniversário, a 27. São apenas símbolos que só nos interessam a
nós que estamos vivos. Nos nomes que referi fica a homenagem dos outros que nem
sei quem são, mas são muitos.
Olho agora para uma fotografia de 1963
com 10 magníficos finalistas de Porto de Mós e lá está o Jorge entre o José
Carlos Carvalho e os reis. Também lá estão o Veiga e o Armando. Dos 10, somos
agora 8. O Albano também deixou a árvore. Na Guerra Colonial havia também um
buzio e o mar guardado nele.
-Jorge
Silvestre morreu no dia 25 de abril de 2’012.
O dia
25 de Abril de 1974 era uma data memorável para Jorge Silvestre, que presidiu a
Comissão Administrativa de Alcobaça, imediatamente após a revolução. Foi nesse
mesmo dia, mas passados 38 anos, que a sua vida chegou ao fim.
Era
casado com Fernanda da Bernarda. Deixou dois filhos do primeiro casamento.
-A
Assembleia Municipal de Alcobaça, realizada dias depois, lembrou-o e exarou
votos de pesar.
Jorge Silvestre foi um combatente pela
liberdade, afirmou
João Paulo Raimundo (CDU).
Também
José Cunha (PS) relembrou o ex-presidente da primeira Comissão Administrativa
da Câmara Municipal, depois de 25 de abril.
-Jorge
Silvestre, para os que não eram propriamente os seus amigos ou
correligionários, era pessoa de sentido de oportunidade e senso políticos especiais e muito discutíveis.
As
comemorações do 5 de Outubro de 1974, foram organizadas pelo PCP e MDP/CDE com
o apoio da CA da Câmara Municipal. Da parte de manhã, no cemitério da Vila usou
da palavra Firmo de Almeida, que homenageou os democratas republicanos
falecidos, sem ver a liberdade. No Largo do Mosteiro, houve um comício
presidido por António Luís Ventura, tendo como oradores Vítor Ferreira, Mário
Amaral, Olímpia Lameiras e José H. Vareda. Após inflamados discursos, de modelar antifascismo e slogans de igual
teor, como o público reclamava, foi
votado que a Travessa da Cadeia, hoje Travessa Dom Maur Cocheri, passasse a
chamar-se Travessa 16 de Março.
Mas tal nunca foi levado à prática.
Um
dos pontos altos da manifestação, foi o descerrar de uma placa atribuindo o
nome de Praça 25 de Abril, à anteriormente denominada Praça Dr. Oliveira
Salazar. José Vareda, do MDP/CDE, propôs que fosse retirado o nome do
respeitado alcobacense, o Bispo D. António de Campos, a uma das ruas da Vila,
sendo certo que a ideia também não colheu apoio.
Porém,
a mando de Jorge Silvestre, o retrato daquele prelado católico, foi retirado do
Salão Nobre da CMA, onde se encontrava, e levado para uma arrecadação, de onde mais tarde voltou a ser retirado e
exposto em local nobre, como ainda acontece e merece.
-Em
Setembro de 1974, a
CA da Câmara deliberou remeter um ofício ao Ginásio Clube de Alcobaça,
secundando um despacho conjunto dos Ministério da Administração Interna e do Ministério
da Comunicação Social, relativo à disciplina dos recintos desportivos.
Silvestre escreveu que, na qualidade de
entidade proprietária do Estádio Municipal, desde já avisamos que em caso de
infração ao disposto no nº 5 do despacho, não procederemos à construção de
quaisquer vedações. Isto porque ao contrário do regime fascista - que
aproveitava o espetáculo desportivo como fator de adormecimento da consciência
coletiva do País e vazadouro de recalcamentos - entendemos que os campos de
futebol devem deixar de ser palco de cenas menos dignas para se transformarem
em recintos de confraternização entre pessoas que gostam de er jogar futebol.
-Sivestre
relatou que, por alturas do mês de Agosto de 1974, foi procurado por Duarte
Chita, Diretor do Lar Residencial, que ofereceu colaboração entre esta
instituição de assistência e a Câmara. Nesse sentido, o Lar Residencial
passaria a utilizar o Matadouro Municipal para o abate dos animais que
necessitava para alimentação dos internados, com dispensa do pagamento das
respetivas taxas. Por outro lado, Duarte Chita, oferecia, em troca, a
disponibilidade da mão-de-obra dos internados que só acarretam despesa ao erário público e nada produzem.
Para quê? quis saber o Presidente da CA da
Câmara. Para colaborarem com o mal pago
coveiro de 1ª classe do cemitério da Vila, que auferia 3.700$00 por mês, no
serviço de inumação dos seus companheiros e de outros. Na Câmara,
prevaleceu o bom senso e foi declinada a oferta, embora agradecendo-se a
boa-vontade demonstrada por tão progressista
personalidade, aliás nunca revelada antes do 25 de Abril, de cujo regime
foi um servil e fiel seguidor. Todavia, as propostas do Diretor do Lar
Residencial não se limitaram a esta. Dado que os cadáveres dos internados no
Lar Residencial, para serem enterrados necessitavam de utilizar o acesso
que circundava o cemitério pelo lado
poente, e porque os proprietários confinantes aceitavam proceder ao seu
alargamento e arranjo, Duarte Chita propôs à Câmara o fornecimento de um
veículo do Lar Residencial para o transporte dos materiais, bem como mão de obra.
Assim,
foram encarregados os Serviços Técnicos de estudar a sua viabilidade e a forma
de rentabilizar o pessoal do Lar Residencial.
-A
zona de Paredes da Vitória, por alturas de 1974, já sofria forte pressão
urbanística e era muito cobiçada, como local de lazer, não só pela população de
Pataias, como a de outros pontos da região ou mesmo do País. A Câmara Municipal
de Alcobaça mandou elaborar projetos para o seu aproveitamento, aliás, nunca
concretizados. Pessoas haviam ocupado terrenos mal demarcados, e sobre eles
faziam negócios de importância e construíam clandestinamente, à revelia de
qualquer plano de urbanização ou de projeto aprovado. Possuída de alegadas
motivações de cariz social, a CA da CMA, pretendeu no verão de 1974 mandar
efetuar um novo Plano de Urbanização para a Praia de Paredes da Vitória,
aproveitando aquele bem com que a
natureza dotou o concelho de Alcobaça, no dizer florido de Jorge Silvestre. Segundo este, no que foi acompanhado
pela totalidade da vereação, deveriam ser fornecidas ao Gabinete Urbanístico,
as seguintes diretivas fundamentais:
-A Praia de Paredes da Vitória deverá
servir primeiro, e fundamentalmente, as populações trabalhadoras, quer da nossa
região, quer de outros concelhos;
-A conceção das estruturas a implantar,
terá de obedecer a outro critério, que não o seguido em S. Martinho do Porto ou
S. Pedro de Muel, em que sobressai o fator opulência que aqui não se deseja,
prevendo-se, consequentemente, entre outras características, a existência de
terrenos baratos para instalação da massa trabalhadora e de modestos recursos,
piscinas e parques de campismo destinadas sobretudo a pessoas do mesmo nível
económico daqueles referidos trabalhadores, que assim teriam fácil acesso aos
benefícios da praia.
-Silvestre
referiu em sessão de Câmara de 16 de
Janeiro de 1975 a
tomada de posse da CA da Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto. Tendo para
o efeito de assistir e presidir ao ato, mas chegado ao local muito mais tarde
que a hora marcada, não encontrou a Junta cessante, cansada de esperar, tanto
mais que se dizia que viriam pessoas
perturbar o ato a realizar.
-Jorge
Silvestre, pediu a demissão do cargo que ocupava desde 17 de Julho de 1974. O
motivo invocado foi ter sido requisitado para trabalhar de novo na Secretaria
de Estado da Agricultura, a cujo quadro de pessoal pertencia. Despediu-se da
Câmara, na sessão de 31 de Janeiro de 1975, foi-se embora e não mais voltou ao
edifício.
Leia-se Fleming de Oliveira in
No Tempo de Soares, Cunhal e Outros e aqui Jorge Barros.
Simão, Cipriano
Fernandes, nasceu em Alfeizerão, no seio de família numerosa e
humilde.
Seguindo
de perto o Região de Cister, começou
cedo a trabalhar, logo que saiu da escola primária. À escola haveria de voltar
à noite, já com a maioridade. Fez curso profissional de Administração e
Contabilidade. Pela mesma altura, após o 25 de abril, integrou um grupo de
jovens que faziam teatro, escreviam, tentavam intervir socialmente. A constituição da sua família, obrigou-o
a dedicar-se ao trabalho. Contudo, durante todo esse tempo estudou por conta
própria história, especialmente a regional. Com os filhos já crescidos, voltou
ao teatro (ator) e à vida associativa, na Casa da Cultura José Bento da Silva,
em S. Martinho do Porto (Presidente da Direção)
Escreveu e interpretou peças de teatro, dinamizou clubes de leitura,
integrou associações humanitárias, de direitos humanos e culturais, promoveu
eventos artísticos e literários, caminhadas, passeios culturais e visitas
guiadas.
-Chama-se
Cipriano Fernandes Simão, mas na escrita, no artesanato e na pintura, usa o
nome pelo qual era conhecido o seu avô na aldeia, Simão do Aguiar.
A
convite de Natércia Inácio e Vanda Marques participou no início do projeto de
índole literária vocacionado para a poesia. Iniciaram-se encontros de amantes
da escrita do concelho de Alcobaça, grande parte deles sem obra editada, e que
assim começaram a ser divulgados, promovendo mesmo a sua publicação. Aos
amantes da escrita juntaram-se os amantes da música e os encontros tornaram-se
cada vez mais ricos e frequentes, dando origem ao encontro anual de criativos
de Alcobaça, que já se realizou pelo segundo ano consecutivo. Em cada freguesia
em que se realizam os encontros, surgem valores até aí desconhecidos. A partir de uma ideia, aparentemente
simples, criou-se um movimento de reconhecimento da força criativa da nossa
gente, a maior parte das vezes até então mesmo desconhecida.
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