terça-feira, 22 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas

Soares, João Barroso, foi Ministro da Cultura no XXI Governo,   presidido por António Costa (PS).
No dia 9 de fevereiro de 2016, segunda-feira de carnaval, Alcobaça recebeu o Ministro da Cultura, João Soares, para uma visita ao Museu do Vinho e aos Mosteiros de Alcobaça e Coz, acompanhado pela diretora-geral do Património Paula Silva.
Durante a visita, João Soares ficou a saber, e mostrou-se solidário, com os problemas estruturais que o Museu do Vinho atravessa (encerrado durante anos e que reabriu ainda que precariamente).
Relativamente a Coz, o ministro prometeu fazer os possíveis para que o Mosteiro seja elevado à condição de monumento nacional. Soares referiu, na receção na CMA, que tenho o privilégio de ter raízes familiares aqui próximo e estou habituado desde a minha mais remota infância, já lá vão muitos anos, a passar por Alcobaça por razões que têm que ver com a tradição familiar do lado paterno.
João Soares garantiu apoio ao Armazém das Artes, mostrando-se disponível para ajudar a fundação,criada porJosé Aurélio.
O ministro foi aos Paços do Concelho, onde recebeu, das mãos de Paulo Inácio (PSD), uma medalha desenhada por José Aurélio.
Soares salientou a importância que é a preservação e a valorização do nosso património cultural enquanto elemento fundamental na espinha dorsal da nossa identidade enquanto país e enquanto mais-valia única da afirmação de Portugal no mundo.
O Ministro da Cultura tomou contacto com o projeto do arquiteto Souto Moura para a instalação da unidade hoteleira de luxo no Mosteiro. Como se sabe o Grupo Visabeira, ganhou o concurso público para a construção do hotel, tendo por isso, um ano para apresentar o projeto final e três anos para concluir as obras. A concessão do Claustro do Rachadouro, definida em concurso público internacional, terá a duração de 50 anos, depois dos quais todo o património reverterá para o Estado. O projeto do hotel no Mosteiro ganhou novo destaque quando, a Visabeira contratou o arquiteto Eduardo Souto Moura para desenhar o hotel no Claustro do Rachadouro, pois pretende tratar-se de um dos melhores da sua área a nível nacional e internacional.
-Em finais de 2015, Soares foi nomeado Ministro da Cultura, para o governo de António Costa.(PS)
Em abril de 2016, ameaçou dar um par de bofetadas a críticos da sua atuação, visando os colunistas Augusto Seabra e Vasco Pulido Valente.  Após muita polémica, e desautorizado pelo Primeiro-ministro (já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo e, portanto, devem ser contidos na forma como express2am as suas emoções) viu-se obrigado a pedir a demissão.
Um par de lambadas não tem nenhum efeito pedagógico nem político, a não ser atingir o próprio ameaçador, comentou Francisco Louçã.
Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura e socialista (ex PCP), referiu por sua vez que, há uma certa dose de ingenuidade na atitude dele. Faz parte daquilo que é a hipocrisia do jogo político (…). João Soares tinha potencialidades para ser um bom Ministro da Cultura.
Em 1999, João Soares havia avisado Augusto M. Seabra que lhe iria dar um par de lamparinas. Não o fez. Agora, voltou a prometer-lhe porrada, bem como a Vasco Pulido Valente.
Soares não é nenhuma figura camiliana ou queirosiana e esqueceu-se que um político nunca deve esquecer as promessas, pois de outro modo sai sem honra, nem proveito. E não há pai que lhe valha.
-O truculento João Soares, frequentemente tem pensado, que lhe basta ser o filho de papai…
Soares, Joaquim Eugénio Cesário Ferreira, nasceu em Alcobaça a 20 de setembro de 1958.
Frequentou o Jardim-Escola João de Deus, a Escola Primária com a professora D. Beatriz e o Ensino Secundário na (antiga) ETA.
Diz que, as brincadeiras na Rua Nova, como era conhecida por nós moradores, mas cujo nome verdadeiro era a Rua Cândido dos Reis, fazem parte das minhas primeiras recordações de infância, particularmente os jogos de futebol, a volta à Rua de Baixo em bicicleta e as lutas no castelo. Atualmente estas brincadeiras são impossíveis para crianças da mesma idade, já que é uma das ruas mais movimentadas de Alcobaça.
A minha vida estudantil (simultânea com estas brincadeiras) iniciou-se, no Jardim Escola João de Deus, local que sempre gostei e onde fui tratado com muito carinho e foi muito importante para a estruturação da minha personalidade. Lembro-me bem que quando tinha 7-8 anos a minha mãe perguntou-me o que é que queria ser no futuro, e a minha resposta foi rápida e sem rodeios-quero ser médico. Não foi talvez a resposta que ela mais queria, por que sonhava que iria ser advogado. No entanto, não me lembro de me ter passado pela cabeça em qualquer outra altura da minha adolescência, outra escolha profissional. Acabei o liceu muito novo, e não fosse nessa altura haver a obrigatoriedade de fazer serviço cívico que cumpri como monitor de natação na piscina de Alcobaça recém construída, teria entrado para a Faculdade de Medicina com 16 anos.
Nesta altura, os desportos que praticava eram ténis (onde cheguei a jogar como federado no Clube de Ténis das Caldas da Rainha) e basket[PF1] . O meu jeito com os pés era pouco e muito embora o meu pai fosse grande jogador de futebol, quando me via jogar à bola pensava sempre o rapaz não tem grande jeito.
Em termos de divertimento o carnaval era data imprescindível e as máscaras preparadas com rigor todos os anos. O grupo que me acompanhava era bem conhecido e sempre aguardado todos os anos. Neste contexto (divertimento), há destaque especial para um grupo do qual pertenci desde a sua formação e que muito divertiu pequenotes e graúdos ao longo de alguns anos Os Pardais do Baça. Os meus tempos em Coimbra foram passados como qualquer estudante, muitas noitadas e estudo, porque a ambição era ser um grande médico.
-É Licenciado em Medicina, pela respetiva Faculdade de Coimbra com curso concluído em 1982, sendo assistente graduado de Medicina Geral e Familiar.
Prestou Serviço Militar Obrigatório entre 1985 e 1987 na Força Aérea/Base Aérea  nº. 5, como médico.
Foi Monitor de Natação em 1978 e 1977, Professor de Saúde no ano letivo de 1985/1986 na Escola Secundária Raúl Proença, em Caldas da Rainha, fez Internato Geral no Centro Hospitalar de Caldas da Rainha (atual CHO), nas valências de  Pediatria, Medicina, Cirurgia  Obstetrícia / Ginecologia e Serviço de Urgências, requisitado pelos Serviços Médicos Sociais para os Centros de Saúde de Aljubarrota, Monte Redondo, Alfeizerão, Famalicão da Nazaré e Nazaré no período de tempo entre 1984/1987, colocado como Clínico Geral no Centro de Saúde de Cela Nova entre janeiro de 1987 e novembro de 2004, tendo atingido o Grau de Assistente Graduado/Consultor de Clínica Geral em 1998 e colocado como Consultor de Clínica Geral Medicina Familiar no Centro de Saúde de Alcobaça em novembro de 2004, coordenador dos médicos de Clínica Geral do Serviço de Urgências do Hospital de Alcobaça de 2001 a 2005, do STDR de Alcobaça / atual Centro Diagnóstico Pneumológico de 1989 a 2009 e coordenador no Concelho de Alcobaça do projeto GOLD /Doença Pulmonares Obstrutivas Crónicas em 2005, Auditor externo do IGIF em 2005/2006, Membro da Comissão Nacional de Revisão do Manual de codificação CID9 em Portugal em 2005/2008 e Monitor  do sistema informático ALERT desde que foi instituído no Hospital de Alcobaça (2007).
Tem prestado Serviço de Urgências no Hospital de Alcobaça, desde 1987, serviço como Médico de Clínica Geral no Lar Residencial de Alcobaça desde 1994, Médico em Lar de Terceira idade na Fundação Maria Oliveira desde 2005.
Em 1 de janeiro de 1989 entrou como Médico Contratado pelo Hospital de Alcobaça para o Serviço de Medicina, tendo permanecido aí até 30 de setembro de 1989 e regressado para as mesmas funções em 2002 até 2007.
A convite da Direção do Hospital de Alcobaça frequentou o Curso de Codificação Hospitalar ICD9 em 23 de janeiro de 1989, sendo médico codificador do referido hospital até 2007. Durante esse período tirou o curso de Auditor Interno e Auditor Externo exercendo também essas funções.
Tem especialização em sistemas de informação para a saúde e Coordena a área de informática e da saúde dos Idosos na USF Pedro e Inês de Alcobaça desde 2011, onde atualmente exerce.
-As suas áreas de interesse em termos médicos são Pneumologia e Cardiologia e no Desporto, o ténis e a corrida de manutenção, sendo que efetuou duas meias maratonas da Nazaré. Nos tempos de lazer, gosta especialmente da fotografia, leitura, música e informática.
Soares, Jorge Manuel Pereira, nasceu em casa paterna, no Acipreste, em 13 de abril de 1965 e não mais deixou a ligação à terra.
Engenheiro agrónomo, é casado e tem uma filha. É presidente da Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça, produzindo Maçã de Alcobaça e Pera Rocha num pomar perto da casa onde vive, mas tem também produções no Alentejo e no Brasil. É administrador da Campotec, empresa sediada em Torres Vedras, uma das maiores empresas agrícolas do Oeste.
Nos tempos livres, gosta de ler e de, pelo menos uma vez por semana, jogar futsal, modalidade que sempre praticou, embora não federado.
-Jorge Soares, foi eleito pela revista Vida Rural para integrar uma seleção dos 19 agricultores que mais marcaram a agricultura nacional na viragem e início deste século e cuja história foi publicada no livro Agricultores que Marcam. O projeto é da responsabilidade e autoria da jornalista e diretora daquela publicação, Isabel Martins. Trata-se de um livro com histórias de gente que marcou e marca a agricultura em Portugal e que, segundo a autora, vale a pena contar.
Soares, Maria Celeste do Rosário Silva, nasceu em Alcobaça a 17 de setembro de 1906.
Seus pais vieram viver para Alcobaça para se casarem, tendo-se ambos empregado na Companhia Fiação e Tecidos. A mãe contraiu tuberculose e faleceu cedo, deixando  filhas muito novas. O pai, para melhorar a vida, abriu uma Pensão tendo sido o Dr. Neves e esposa Dª. Lavínia, quem lhes deu algumas condições para o efeito. Tendo casado segunda vez, o pai de Dona Maria Celeste com a ajuda da mulher, excelente cozinheira, conseguiu tornar a Pensão Corações Unidos, conhecida e procurada por muitas pessoas da terra e mesmo de longe.
Dona Maria Celeste casou com Eugénio Ferreira Soares, nascido em Amiais de Cima, que para Alcobaça veio trabalhar no estabelecimento de João Henriques Trindade e depois foi um dos sócios da União de Madeiras Calvariense, Ld.ª/ São Jorge, que dirigiu até falecer em 1981. Entretanto, a Pensão Corações Unidos, ia progredindo e angariando boa clientela, que se deslocava cada vez mais de longe, formando fila para poder ser atendida no restaurante, que chegava até à porta, nomeadamente aos domingos.
Trabalhadora, inteligente, honesta e dinâmica, conseguiu gerir a Pensão Corações Unidos com uma equipa de profissionais, que formou. Foi consigo que começou a popularizar-se o Frango na Púcara, que sucedâneo da muitíssimo apreciada Perdiz na Púcara.  A receita do frango da púcara, segunda o que consta, é devida ao cozinheiro Afonso dos Santos. Inicialmente o prato era confecionado com perdizes, mas com a escassez da caça e o seu preço, foi começado a ser feito com frango, o que foi seguido por outros restaurantes de Alcobaça.
Após o falecimento de Dona Celeste Soares, o restaurante passou para Rodolfo Morgado e posteriormente para Noémia e Bernardo Laureano que o exploram desde então.
-A fama da Pensão-Restaurante Corações Unidos acarretou que passasse também a fazer serviços para fora, inclusivamente no Mosteiro (receções oficiais), casamentos e batizados. Dona Celeste, como era carinhosamente conhecida, impressionava pelo trato e simpatia, bem como pela generosidade, muitas vezes exercida sem que ninguém soubesse ou mesmo lhe pedisse, nunca falando do que fazia.
-Os Bombeiros de Alcobaça, no dia 1 de maio de 2004, homenagearam a sua memória dando seu nome a um dos carros. Durante cerca de 30 anos, Dona Celeste providenciou para que quando os Bombeiros regressassem ao quartel, depois de acudirem a um fogo ou desastre, tivessem uma refeição à sua espera. Esta refeição tanto podia ser servida no restaurante, como no (antigo) quartel, que se situava a poucos metros daquele.
-Faleceu a 10 de junho de 1994. Com o seu trabalho, Dona Celeste Soares tornou Alcobaça muito conhecida na sua época e em quem com ela conviveu, deixou saudade.
Soares, Maria de Jesus Barroso, na qualidade de Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa inaugurou em Vestiaria/Alcobaça, no dia 14 de setembro de 2002, um centro de tratamento vocacionado para a luta contra drogas e álcool, Villa Ramadas.
Na cerimónia de inauguração iniciou a intervenção da seguinte forma: começo por manifestar a minha alegria por vir encontrar em Alcobaça o Dr. Sapinho, um velho amigo, dos tempos da Constituinte e da I Legislatura da Assembleia da República. Pertencemos ambos à Comissão de Educação Ciência e Cultura, então presidida pelo Engº. Nuno Abecassis, onde trabalhámos em harmonia e desenvolvemos trabalho de que nos orgulhamos. Foi muito gratificante este reencontro.
-O centro tem capacidade para 25 utentes/pacientes, foi aprovado pelo Serviço de Prevenção e Tratamento de Toxicodependência.
Segundo o Diretor Geral e Terapêutico, o centro tem regras bem definidas, pois não permite o uso de drogas, álcool ou substâncias alteradoras de comportamentos, nem atos de violência ou de envolvimento sexual. Quando o doente precisa de fazer desintoxicação, é encaminhado para uma clínica na Marinha Grande.
-Amor é a palavra que melhor define o livro Abraça a vida, de Eduardo Silva, com prefácio de Maria Barroso Soares. A apresentação da obra decorreu em maio de 2006, no centro Villa Ramadas.
Sinto-me feliz porque vim ao encontro de pessoas que melhoram a sociedade, salientou Maria Barroso Soares.
Através do livro Abraça a vida, Eduardo Silva, mentor da instituição, defende que a harmonia entre corpo, mente e alma proporciona um equilíbrio total em todos os seres humanos. Um lema que acredita e defende perante os quanto procuram ajuda no centro Villa Ramadas.
Eduardo Silva, segundo Maria Barroso Soares, tem uma maneira especial de ver o mundo e aqueles que lhe são confiados.
Em Villa Ramadas, Eduardo Silva ajuda as pessoas a reencontrarem o lugar na sociedade, porque ilumina a alma daqueles que para aqui vêm, sublinhou Maria Barroso Soares.
-Maria Barroso Soares faleceu a 7 de julho de 2015, o que veio a abalar definitiva e rapidamente o ânimo e a saúde de Mário Soares, que não lhe sobreviveu muito tempo.
Soares, Mário Alberto Nobre Lopes, nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de 1924.
Ministro de alguns dos governos provisórios (após 25 de abril de 1974), foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhou o processo de construção de políticas sociais, adesão às Comunidades Europeias e foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
-Nas eleições de 1986 (1ª volta) MS obteve 1.443.683 votos (25,43%), contra 2.624.597 (46,31%) de Diogo Freitas do Amaral. Na  2ª volta, MS obteve 3.010.756 (51,18%), contra 2.8721.064 (48, 82 %) de DFA. No Círculo Eleitoral de Leiria , na 1ª volta., MS obteve 23% e DFA 60,3%. Na 2ª volta MS obeteve 32,7% e DFA 62,7%.
-No parque de campismo, no dia 16 de maio de 1975, o PS de Alcobaça, organizou uma grande festa para militantes e simpatizantes. De manhã, realizou-se um jogo de futebol entre solteiros e casados, que terminou empatado. Seguiu-se um animado picnic, jogos para crianças. O momento mais esperado foi o dos discursos, pois estiveram presentes, Mário Soares, Vasco da Gama Fernandes, Salgado Zenha e outros dirigentes. Mário Soares empolgado, enfatizou que se o PS ganhar  as eleições vai governar sozinho sem alianças à direita ou esquerda.
-Em Agosto de 1976, Soares na qualidade de chefe de Governo, visitou a Cela Velha para inaugurar o monumento de homenagem a Humberto Delgado, da autoria de José Aurélio.
-Em 1990, como Presidente da República, visitou Alcobaça, presidiu ao encerramento dos Encontros de S. Bernardo (nono centenário do nascimento de S. Bernardo) e procedeu à inauguração do Mercoalcobaça/Mercado de Origem, CVPI/CRL.
-O dia 15 de janeiro de 1986, foi o escolhido pelos candidatos Mário Soares e Salgado Zenha para a passagem por Alcobaça.
A campanha de Zenha, limitou-se ao almoço de confraternização com apoiantes, no mesmo local por onde Lourdes Pintassilgo havia passado.
À tarde, foi a caravana de Mário Soares chegar à vila. Reuniu apoiantes junto à sede do PS, que era também a sede de apoio à sua candidatura. A hora e o dia que coincidiram com o tempo útil de trabalho, foi a justificação da muito fraca adesão. Depois de proferir palavras de agradecimento e circunstância aos presentes, Soares percorreu a pé as ruas da vila em direção à Câmara Municipal, cumprimentando indiscriminadamente os transeuntes. A pedido da Comissão Concelhia de Apoio, Mário Soares foi recebido nos Paços do Concelho pelo Presidente da Câmara (Rui Coelho PSD), tendo prosseguido a campanha rumo à Nazaré.
-Soares esteve presente na qualidade de Presidente da Fundação Mário Soares no dia 22 de abril de 2006, nos II Encontros de Alcobaça/Sociedade da Informação, que se realizaram no Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça para entregar os diplomas. A iniciativa foi dedicada aos Testemunhos Orais e à Preservação da Memória Digital. O Professor José Mattoso esteve presente, tendo feito uma intervenção de fundo.
-Mário Soares, Vieira de Carvalho e Rui Vieira Nery, Secretário de Estado da Cultura e Ex-Secretário de Estado da Cultura respetivamente, estiveram em Alcobaça no dia 31 de março de 2007 para a inauguração do Armazém das Artes a que acorreram centenas de pessoas.
José Aurélio lembrou  que a decisão de transformar a adega de vinhos que pertenceu ao avô num armazém de artes, visou combater o Ostracismo Cultural que se faz sentir na região. Inicialmente o Armazém das Artes foi pensado para ser um espaço de habitação e comércio, mas o amor pela terra e pelas artes levou José Aurélio a abdicar daquele projeto e avançar para um espaço cultural. É a concretização de um sonho e espero que apreciem esta casa.
-Soares faleceu a 7 de janeiro de 2017. Se o País se despediu, daquele que é considerado pai da democracia portuguesa, a Nazaré disse adeus àquele que é considerado o pai do Porto de Abrigo, da vila. A morte de Mário Soares, causou consternação entre os nazarenos, nomeadamente entre a comunidade piscatória, que continua a atribuir ao antigo primeiro-ministro a concretização do projeto que transformou a Nazaré e evitou muitas mortes de pescadores nas últimas três décadas.
Mário Soares é referido várias vezes neste dicionário.
Sofia, Carla e Tatiana Filipa Cecílio, passaram a compartilhar as suas vidas sentimentais, não apenas em privado, mas publicamente, e para muitos em termos provocatórios.
Todavia, ao contrário de Luís Peças e João Paulo Ferreira, estas tem passado por isso algumas dificuldades, o que levou a que apelassem aos alcobacenses para que não as ignorem, repudiem e lhes abram as portas. Felizmente consegui arranjar trabalho recentemente, mas muitas vezes as portas fecham-se à nossa frente, testemunhou Carla que pede às pessoas que as deixem viver, ser felizes e as aceitem como são e não como gostariam que fossemos.
Carla Sofia é de Alcobaça e Tatiana Filipa, de Cascais, e depois de assumirem a relação lésbica, casaram e arrendaram uma casa na cidade.
Amamo-nos muito mas infelizmente, por vivermos num mundo de tabus, somos de alguma forma excluídas da sociedade, porque as pessoas não acreditam que um casal de lésbicas pode ser feliz.


Sem comentários: