NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Soares, João
Barroso, foi Ministro da Cultura no XXI Governo,
presidido por António Costa (PS).
No
dia 9 de fevereiro de 2016, segunda-feira de carnaval, Alcobaça recebeu o
Ministro da Cultura, João Soares, para uma visita ao Museu do Vinho e aos
Mosteiros de Alcobaça e Coz, acompanhado pela diretora-geral do Património
Paula Silva.
Durante
a visita, João Soares ficou a saber, e mostrou-se solidário, com os problemas
estruturais que o Museu do Vinho atravessa (encerrado durante anos e que
reabriu ainda que precariamente).
Relativamente
a Coz, o ministro prometeu fazer os
possíveis para que o Mosteiro seja elevado à condição de monumento nacional.
Soares referiu, na receção na CMA, que tenho
o privilégio de ter raízes familiares aqui próximo e estou habituado desde a
minha mais remota infância, já lá vão muitos anos, a passar por Alcobaça por
razões que têm que ver com a tradição familiar do lado paterno.
João
Soares garantiu apoio ao Armazém das
Artes, mostrando-se disponível para ajudar a fundação,criada porJosé
Aurélio.
O
ministro foi aos Paços do Concelho, onde recebeu, das mãos de Paulo Inácio
(PSD), uma medalha desenhada por José Aurélio.
Soares
salientou a importância que é a
preservação e a valorização do nosso património cultural enquanto elemento
fundamental na espinha dorsal da nossa identidade enquanto país e enquanto
mais-valia única da afirmação de Portugal no mundo.
O
Ministro da Cultura tomou contacto com o projeto do arquiteto Souto Moura para
a instalação da unidade hoteleira de luxo no Mosteiro. Como se sabe o Grupo
Visabeira, ganhou o concurso público para a construção do hotel, tendo por
isso, um ano para apresentar o projeto final e três anos para concluir as
obras. A concessão do Claustro do Rachadouro, definida em concurso público
internacional, terá a duração de 50 anos, depois dos quais todo o património
reverterá para o Estado. O projeto do hotel no Mosteiro ganhou novo destaque
quando, a Visabeira contratou o arquiteto Eduardo Souto Moura para desenhar o
hotel no Claustro do Rachadouro, pois pretende tratar-se de um dos melhores da
sua área a nível nacional e internacional.
-Em finais de 2015, Soares
foi nomeado
Ministro da Cultura, para o governo de António Costa.(PS) Em abril de 2016, ameaçou dar um par de bofetadas a críticos da sua atuação, visando os colunistas Augusto Seabra e Vasco Pulido Valente. Após muita polémica, e desautorizado pelo Primeiro-ministro (já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo e, portanto, devem ser contidos na forma como express2am as suas emoções) viu-se obrigado a pedir a demissão.
Um par de lambadas não tem nenhum efeito pedagógico nem político, a não ser atingir o próprio ameaçador, comentou Francisco Louçã.
Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura e socialista (ex PCP), referiu por sua vez que, há uma certa dose de ingenuidade na atitude dele. Faz parte daquilo que é a hipocrisia do jogo político (…). João Soares tinha potencialidades para ser um bom Ministro da Cultura.
Em 1999, João Soares havia avisado Augusto M. Seabra que lhe iria dar um par de lamparinas. Não o fez. Agora, voltou a prometer-lhe porrada, bem como a Vasco Pulido Valente.
Soares não é nenhuma figura camiliana ou queirosiana e esqueceu-se que um político nunca deve esquecer as promessas, pois de outro modo sai sem honra, nem proveito. E não há pai que lhe valha.
-O truculento João Soares, frequentemente tem pensado, que lhe basta ser o filho de papai…
Soares, Joaquim Eugénio Cesário Ferreira, nasceu em Alcobaça a 20 de setembro de 1958.
Frequentou
o Jardim-Escola João de Deus, a Escola Primária com a professora D. Beatriz e o
Ensino Secundário na (antiga) ETA.
Diz
que, as brincadeiras na Rua Nova, como
era conhecida por nós moradores, mas cujo nome verdadeiro era a Rua Cândido dos
Reis, fazem parte das minhas primeiras recordações de infância, particularmente
os jogos de futebol, a volta à Rua de Baixo em bicicleta e as lutas no castelo. Atualmente estas brincadeiras são impossíveis para crianças da mesma
idade, já que é uma das ruas mais movimentadas de Alcobaça.
A minha vida estudantil (simultânea com
estas brincadeiras) iniciou-se, no Jardim Escola João de Deus, local que sempre
gostei e onde fui tratado com muito carinho e foi muito importante para a
estruturação da minha personalidade. Lembro-me bem que quando tinha 7-8 anos a
minha mãe perguntou-me o que é que queria ser no futuro, e a minha resposta foi
rápida e sem rodeios-quero ser médico. Não foi talvez a resposta que ela mais
queria, por que sonhava que iria ser advogado. No entanto, não me lembro de me
ter passado pela cabeça em qualquer outra altura da minha adolescência, outra
escolha profissional. Acabei o liceu muito novo, e não fosse nessa altura haver
a obrigatoriedade de fazer serviço cívico que cumpri como monitor de natação na
piscina de Alcobaça recém construída, teria entrado para a Faculdade de
Medicina com 16 anos.
Nesta altura, os desportos que
praticava eram ténis (onde cheguei a jogar como federado no Clube de Ténis das
Caldas da Rainha) e basket[PF1] .
O meu jeito com os pés era pouco e muito embora o meu pai fosse grande jogador
de futebol, quando me via jogar à bola pensava sempre o rapaz não tem grande
jeito.
Em termos de divertimento o carnaval
era data imprescindível e as máscaras preparadas com rigor todos os anos. O
grupo que me acompanhava era bem conhecido e sempre aguardado todos os anos.
Neste contexto (divertimento), há destaque especial para um grupo do qual
pertenci desde a sua formação e que muito divertiu pequenotes e graúdos ao
longo de alguns anos Os
Pardais do Baça. Os meus tempos em
Coimbra foram passados como qualquer estudante, muitas noitadas e estudo,
porque a ambição era ser um grande médico.
-É Licenciado em Medicina,
pela respetiva Faculdade de Coimbra com curso concluído em 1982, sendo
assistente graduado de Medicina Geral e Familiar.
Prestou
Serviço Militar Obrigatório entre 1985 e 1987 na Força Aérea/Base Aérea nº. 5, como médico.
Foi Monitor
de Natação em 1978 e 1977, Professor de Saúde no ano letivo de 1985/1986 na
Escola Secundária Raúl Proença, em Caldas da Rainha, fez Internato Geral no
Centro Hospitalar de Caldas da Rainha (atual CHO), nas valências
de Pediatria, Medicina, Cirurgia Obstetrícia / Ginecologia e
Serviço de Urgências, requisitado pelos Serviços Médicos Sociais para os
Centros de Saúde de Aljubarrota, Monte Redondo, Alfeizerão, Famalicão da Nazaré
e Nazaré no período de tempo entre 1984/1987, colocado como Clínico Geral no
Centro de Saúde de Cela Nova entre janeiro de 1987 e novembro de 2004, tendo
atingido o Grau de Assistente Graduado/Consultor de Clínica Geral em 1998 e
colocado como Consultor de Clínica Geral Medicina Familiar no Centro de Saúde
de Alcobaça em novembro de 2004, coordenador dos médicos de Clínica Geral do
Serviço de Urgências do Hospital de Alcobaça de 2001 a 2005, do STDR de Alcobaça
/ atual Centro Diagnóstico Pneumológico de 1989 a 2009 e coordenador no
Concelho de Alcobaça do projeto GOLD /Doença Pulmonares Obstrutivas Crónicas em
2005, Auditor externo do IGIF em 2005/2006, Membro da Comissão Nacional de
Revisão do Manual de codificação CID9 em Portugal em 2005/2008 e
Monitor do sistema informático ALERT desde que foi instituído no
Hospital de Alcobaça (2007).
Tem prestado
Serviço de Urgências no Hospital de Alcobaça, desde 1987, serviço como Médico
de Clínica Geral no Lar Residencial de Alcobaça desde 1994, Médico em Lar de
Terceira idade na Fundação Maria Oliveira desde 2005.
Em 1 de
janeiro de 1989 entrou como Médico Contratado pelo Hospital de Alcobaça para o
Serviço de Medicina, tendo permanecido aí até 30 de setembro de 1989 e
regressado para as mesmas funções em 2002 até 2007.
A convite da
Direção do Hospital de Alcobaça frequentou o Curso de Codificação Hospitalar
ICD9 em 23 de janeiro de 1989, sendo médico codificador do referido hospital
até 2007. Durante esse período tirou o curso de Auditor Interno e Auditor
Externo exercendo também essas funções.
Tem
especialização em sistemas de informação para a saúde e Coordena a área de
informática e da saúde dos Idosos na USF Pedro e Inês de Alcobaça desde 2011,
onde atualmente exerce.
-As suas
áreas de interesse em termos médicos são Pneumologia e Cardiologia e no
Desporto, o ténis e a corrida de manutenção, sendo que efetuou duas meias
maratonas da Nazaré. Nos tempos de lazer, gosta especialmente da fotografia,
leitura, música e informática.
Soares, Jorge Manuel Pereira, nasceu em casa paterna, no Acipreste,
em 13 de abril de 1965 e não mais deixou a ligação à terra.
Engenheiro
agrónomo, é casado e tem uma filha. É presidente da Associação de Produtores da
Maçã de Alcobaça, produzindo Maçã de Alcobaça e Pera Rocha num pomar perto da
casa onde vive, mas tem também produções no Alentejo e no Brasil. É
administrador da Campotec, empresa sediada em Torres Vedras, uma das maiores
empresas agrícolas do Oeste.
Nos
tempos livres, gosta de ler e de, pelo menos uma vez por semana, jogar futsal,
modalidade que sempre praticou, embora não federado.
-Jorge
Soares, foi eleito pela revista Vida
Rural para integrar uma seleção dos 19 agricultores que mais marcaram a
agricultura nacional na viragem e início deste século e cuja história foi
publicada no livro Agricultores que
Marcam. O projeto é da responsabilidade e autoria da jornalista e diretora
daquela publicação, Isabel Martins. Trata-se de um livro com histórias de gente
que marcou e marca a agricultura em Portugal e que, segundo a autora, vale a
pena contar.
Soares, Maria Celeste
do Rosário Silva, nasceu em Alcobaça a 17 de setembro de 1906.
Seus
pais vieram viver para Alcobaça para se casarem, tendo-se ambos empregado na Companhia Fiação e Tecidos. A mãe
contraiu tuberculose e faleceu cedo, deixando filhas muito novas. O pai, para melhorar a
vida, abriu uma Pensão tendo sido o Dr. Neves e esposa Dª. Lavínia, quem lhes deu algumas condições para o
efeito. Tendo casado segunda vez, o pai de Dona Maria Celeste com a ajuda
da mulher, excelente cozinheira, conseguiu tornar a Pensão Corações Unidos, conhecida e procurada por muitas pessoas da
terra e mesmo de longe.
Dona Maria
Celeste casou com Eugénio Ferreira Soares, nascido em Amiais de Cima, que para
Alcobaça veio trabalhar no estabelecimento de João Henriques Trindade e depois
foi um dos sócios da União de Madeiras Calvariense, Ld.ª/ São Jorge, que
dirigiu até falecer em 1981. Entretanto, a Pensão
Corações Unidos, ia progredindo e angariando boa clientela, que se
deslocava cada vez mais de longe, formando fila para poder ser atendida no
restaurante, que chegava até à porta, nomeadamente aos domingos.
Trabalhadora,
inteligente, honesta e dinâmica, conseguiu gerir a Pensão Corações Unidos com
uma equipa de profissionais, que formou. Foi consigo que começou a
popularizar-se o Frango na Púcara,
que sucedâneo da muitíssimo apreciada Perdiz
na Púcara. A receita do frango da
púcara, segunda o que consta, é devida ao cozinheiro Afonso dos Santos. Inicialmente
o prato era confecionado com perdizes, mas com a escassez da caça e o seu
preço, foi começado a ser feito com frango, o que foi seguido por outros
restaurantes de Alcobaça.
Após
o falecimento de Dona Celeste Soares, o restaurante passou para Rodolfo Morgado
e posteriormente para Noémia e Bernardo Laureano que o exploram desde então.
-A
fama da Pensão-Restaurante Corações
Unidos acarretou que passasse também a fazer serviços para fora,
inclusivamente no Mosteiro (receções oficiais), casamentos e batizados. Dona
Celeste, como era carinhosamente conhecida, impressionava
pelo trato e simpatia, bem como pela generosidade, muitas vezes exercida sem
que ninguém soubesse ou mesmo lhe pedisse, nunca falando do que fazia.
-Os
Bombeiros de Alcobaça, no dia 1 de maio de 2004, homenagearam a sua memória
dando seu nome a um dos carros. Durante cerca de 30 anos, Dona Celeste
providenciou para que quando os Bombeiros regressassem ao quartel, depois de
acudirem a um fogo ou desastre, tivessem uma refeição à sua espera. Esta
refeição tanto podia ser servida no restaurante, como no (antigo) quartel, que
se situava a poucos metros daquele.
-Faleceu
a 10 de junho de 1994. Com o seu trabalho, Dona Celeste Soares tornou Alcobaça muito
conhecida na sua época e em quem com ela conviveu, deixou saudade.
Soares, Maria de Jesus Barroso, na qualidade de Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa inaugurou
em Vestiaria/Alcobaça, no dia 14 de setembro de 2002, um centro de tratamento
vocacionado para a luta contra drogas e álcool, Villa Ramadas.
Na
cerimónia de inauguração iniciou a intervenção da seguinte forma: começo por manifestar a minha alegria por
vir encontrar em Alcobaça o Dr. Sapinho, um velho amigo, dos tempos da Constituinte
e da I Legislatura da Assembleia da República. Pertencemos ambos à Comissão de
Educação Ciência e Cultura, então presidida pelo Engº. Nuno Abecassis, onde
trabalhámos em harmonia e desenvolvemos trabalho de que nos orgulhamos. Foi
muito gratificante este reencontro.
-O centro tem capacidade para 25 utentes/pacientes, foi
aprovado pelo Serviço de Prevenção e Tratamento de Toxicodependência.
Segundo o Diretor Geral e Terapêutico, o centro tem regras
bem definidas, pois não permite o uso de drogas, álcool ou substâncias
alteradoras de comportamentos, nem atos de violência ou de envolvimento sexual.
Quando o doente precisa de fazer desintoxicação, é encaminhado para uma clínica
na Marinha Grande.
-Amor
é a palavra que melhor define o livro Abraça
a vida, de Eduardo Silva, com prefácio de Maria Barroso Soares. A
apresentação da obra decorreu em maio de 2006, no centro Villa Ramadas.
Sinto-me feliz porque vim ao encontro
de pessoas que melhoram a sociedade,
salientou Maria Barroso Soares.
Através
do livro Abraça a vida, Eduardo
Silva, mentor da instituição, defende que a harmonia
entre corpo, mente e alma proporciona um equilíbrio total em todos os seres
humanos. Um lema que acredita e defende perante os quanto procuram ajuda no
centro Villa Ramadas.
Eduardo Silva, segundo Maria Barroso Soares, tem uma maneira especial de ver o mundo e aqueles
que lhe são confiados.
Em Villa Ramadas, Eduardo Silva ajuda as pessoas a reencontrarem o lugar na sociedade,
porque ilumina a alma daqueles que para
aqui vêm, sublinhou Maria Barroso Soares.
-Maria
Barroso Soares faleceu a 7 de julho de 2015, o que veio a abalar definitiva e
rapidamente o ânimo e a saúde de Mário Soares, que não lhe sobreviveu muito
tempo.
Soares, Mário Alberto Nobre Lopes, nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de
1924.Ministro de alguns dos governos provisórios (após 25 de abril de 1974), foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhou o processo de construção de políticas sociais, adesão às Comunidades Europeias e foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
-Nas eleições de 1986 (1ª volta) MS obteve 1.443.683 votos (25,43%), contra 2.624.597 (46,31%) de Diogo Freitas do Amaral. Na 2ª volta, MS obteve 3.010.756 (51,18%), contra 2.8721.064 (48, 82 %) de DFA. No Círculo Eleitoral de Leiria , na 1ª volta., MS obteve 23% e DFA 60,3%. Na 2ª volta MS obeteve 32,7% e DFA 62,7%.
-No parque de campismo, no dia 16 de maio de 1975, o PS de Alcobaça, organizou uma grande festa para militantes e simpatizantes. De manhã, realizou-se um jogo de futebol entre solteiros e casados, que terminou empatado. Seguiu-se um animado picnic, jogos para crianças. O momento mais esperado foi o dos discursos, pois estiveram presentes, Mário Soares, Vasco da Gama Fernandes, Salgado Zenha e outros dirigentes. Mário Soares empolgado, enfatizou que se o PS ganhar as eleições vai governar sozinho sem alianças à direita ou esquerda.
-Em Agosto de 1976, Soares na qualidade de chefe de Governo, visitou a Cela Velha para inaugurar o monumento de homenagem a Humberto Delgado, da autoria de José Aurélio.
-Em 1990, como Presidente da República, visitou Alcobaça, presidiu ao encerramento dos Encontros de S. Bernardo (nono centenário do nascimento de S. Bernardo) e procedeu à inauguração do Mercoalcobaça/Mercado de Origem, CVPI/CRL.
-O
dia 15 de janeiro de 1986, foi o escolhido pelos candidatos Mário Soares e
Salgado Zenha para a passagem por Alcobaça.
A
campanha de Zenha, limitou-se ao almoço de confraternização com apoiantes, no
mesmo local por onde Lourdes Pintassilgo havia passado.
À
tarde, foi a caravana de Mário Soares chegar à vila. Reuniu apoiantes junto à
sede do PS, que era também a sede de apoio à sua candidatura. A hora e o dia
que coincidiram com o tempo útil de trabalho, foi a justificação da muito fraca
adesão. Depois de proferir palavras de agradecimento e circunstância aos
presentes, Soares percorreu a pé as ruas da vila em direção à Câmara Municipal,
cumprimentando indiscriminadamente os transeuntes. A pedido da Comissão Concelhia de Apoio, Mário
Soares foi recebido nos Paços do Concelho pelo Presidente da Câmara (Rui Coelho
PSD), tendo prosseguido a campanha rumo à Nazaré.
-Soares
esteve presente na qualidade de Presidente
da Fundação Mário Soares no dia 22 de abril de 2006, nos II Encontros de Alcobaça/Sociedade da
Informação, que se realizaram no Centro de Estudos Superiores da
Universidade de Coimbra em Alcobaça para entregar os diplomas. A iniciativa foi
dedicada aos Testemunhos Orais e à Preservação da Memória Digital. O Professor
José Mattoso esteve presente, tendo feito uma intervenção de fundo.
-Mário
Soares, Vieira de Carvalho e Rui Vieira Nery, Secretário de Estado da Cultura e
Ex-Secretário de Estado da Cultura respetivamente, estiveram em Alcobaça no dia
31 de março de 2007 para a inauguração do Armazém
das Artes a que acorreram centenas de pessoas.
José
Aurélio lembrou que a decisão de
transformar a adega de vinhos que pertenceu ao avô num armazém de artes, visou
combater o Ostracismo Cultural que se faz
sentir na região. Inicialmente o Armazém das Artes foi pensado para ser um
espaço de habitação e comércio, mas o
amor pela terra e pelas artes levou José Aurélio a abdicar daquele projeto
e avançar para um espaço cultural. É a
concretização de um sonho e espero que apreciem esta casa.
-Soares
faleceu a 7 de janeiro de 2017. Se o País se despediu, daquele que é
considerado pai da democracia
portuguesa, a Nazaré disse adeus àquele que é considerado o pai do Porto de Abrigo, da vila. A morte
de Mário Soares, causou consternação entre os nazarenos, nomeadamente entre a
comunidade piscatória, que continua a atribuir ao antigo primeiro-ministro a
concretização do projeto que transformou a Nazaré e evitou muitas mortes de
pescadores nas últimas três décadas.
Mário Soares é referido várias vezes
neste dicionário.
Sofia, Carla e Tatiana Filipa Cecílio, passaram a compartilhar as suas
vidas sentimentais, não apenas em privado, mas publicamente, e para muitos em termos provocatórios.
Todavia, ao contrário de Luís Peças
e João Paulo Ferreira, estas tem passado por isso algumas dificuldades, o que
levou a que apelassem aos alcobacenses para que não as ignorem, repudiem e lhes abram as portas. Felizmente consegui arranjar trabalho
recentemente, mas muitas vezes as portas fecham-se à nossa frente, testemunhou
Carla que pede às pessoas que as deixem
viver, ser felizes e as aceitem como são e não como gostariam que fossemos.
Carla Sofia é de Alcobaça e Tatiana
Filipa, de Cascais, e depois de assumirem a relação lésbica, casaram e arrendaram uma casa na cidade.
Amamo-nos muito mas infelizmente, por vivermos num mundo de tabus, somos
de alguma forma excluídas da sociedade, porque as pessoas não acreditam que um
casal de lésbicas pode ser feliz.
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