terça-feira, 22 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Sousa, Carlos, mais conhecido pelos alcobacenses por Dom Pedro, diz que encarna a figura do rei à porta do Mosteiro, das 10 da manhã às 20 horas, todos os dias.
Sobre a razão do seu trabalho (tirar fotografias com os turistas), Dom Pedro assegura que gosto do contacto com as pessoas, mas apenas as que são simpáticas.
Quanto à questão de permanecer por lá tantas horas, Carlos Sousa conta que já passei fome durante três dias e que, apesar das condições climatéricas, tenho muito orgulho em vestir o fato, oferecido pela Associação de Amigos do Mosteiro de Alcobaça, fazendo deste trabalho o meu ganha-pão.
-Carlos Sousa, foi distinguido, pelos Amigos do Mosteiro de Alcobaça com uma nova farda, oferecida no dia da inauguração da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais2015. Nessa ocasião, o monarca subiu ao púlpito do Refeitório do Mosteiro.
A 11 de julho de 2014, decidiu iniciar uma nova fase na sua vida. Cansado de trabalhar para os outros e não receber dinheiro em troca, o Dom Pedro lembrou-se, ao passear pela Rua Augusta, em Lisboa, que podia fazer de figurante em frente ao Mosteiro de Alcobaça. E nada melhor do que vestir-se no seu dia a dia, do rei que protagonizou uma história com Inês de Castro. Feliz pela nova farda, o Dom Pedro, agradeceu a gentileza da AMA.
Só pessoas honestas, humildes e com bom coração é que têm estas atitudes, afirmou Carlos Sousa.
Através desta ação pretendemos que este senhor circule pelo terreiro com uma roupagem mais parecida possível com a usada no final do século XIV, explicou Rui Rasquilho, acrescentando que a Associação pretende entregar-lhe um pequeno texto com história de D. Pedro e D. Inês, para que possa responder da forma mais fiel aos turistas.
Sousa, Luís da Graça, nasceu na Ataíja de Cima, em 12 de maio de 1931, embora registado como nascido a 27 do mesmo mês.
Para sustentar a numerosa família, o pai emigrava sazonalmente para a região de Lisboa onde, com irmão João Luís, era responsável por uma vacaria, conseguindo amealhar uma pequena quantia, que não obstou que Luís da Graça, aos 12 anos, fosse servir para Serro Ventoso, onde ganhou dinheiro para comprar as primeiras botas. Aí se manteve até aos 17 anos, pelo que regressado à Ataíja, iniciou-se nos negócios de compra e venda de peles de coelho, chinelos velhos, azeite, enfim, tudo o que pudesse ajudar a melhorar a sorte.
Mais tarde, havia de se tornar leiteiro, em Lisboa, caminho percorrido por muitos alcobacenses da borda da serra. 
Em Lisboa, manteve-se até 1958 (casou, entretanto, em 8 de abril de 1956) e regressou de novo à Ataíja de Cima.
Aproveitando a descoberta do valor comercial do vidraço de Ataíja, iniciou a exploração de uma pedreira num terreno sito no Vale Cordeiro. O negócio foi crescendo, bem, e a escola que, no tempo próprio, se tinha ficado pela 2ª. classe, foi retomada aos 41 anos quando, feita a 4ª. classe e obtida a carta de condução, comprou o primeiro automóvel.
Motivado por grande vontade de trabalhar, visão empresarial e espírito inovador, o negócio não parou de crescer. A par do negócio desenvolveu a faceta de benemérito. 
No dia 25 de maio de 2008, a pretexto da inauguração do Monumento ao Cabouqueiro que ofereceu à Ataíja, foi objeto de uma homenagem que incluiu o descerramento de um busto.
Esse Monumento ao Cabouqueiro, é uma estátua grande, pujante de força e solidez, que visa prestar homenagem a uma profissão, que se conta entre as mais antigas da região de Alcobaça, ainda pilar da economia, tal o número de empresas existentes.
O acontecimento foi aproveitado para homenagear Luís da Graça, que conseguiu conciliar as facetas de empresário empreendedor e de sucesso, com a de cidadão solidário e simples.
-Luís da Graça, no pós 25 de Abril, nunca se arrogou de antifascista/progressista, nem de quaisquer louros que não merecesse. Não sendo formalmente militante do PPD, colaborou em algumas iniciativas, aparecia na sede e esteve presente em momentos difíceis, não propriamente em defesa da democracia, pois nunca recusou manifestar o desapreço por certas facetas do Estado Novo, mas no combate à perversão totalitária que a ameaçava, bem como o País.
Sousa, Maria Augusta Bandeira Fernandes Amor de, nasceu em Lisboa em 1950 e vive na Benedita, desde 1976.
Em 1967, iniciou estudos em Artes Decorativas, Pintura e Restauro, em várias instituições de Portugal e Inglaterra. Além da pintura de cavalete, realizou importantes trabalhos de restauro em arte sacra. Fez exposições individuais e participou noutras de tipo coletivo.
Não esqueceu ações de voluntariado nomeadamente no CEERIA, Santa Casa da Misericórdia da Benedita, e Colégio Andaluz (Santarém).
Sousa, Maria Constança Dias Urbano de, nasceu em Coimbra em 1967.
É doutorada pela Faculdade de Direito da Universidade de Sarreland, Alemanha, pós-graduada em Direito Europeu pelo Instituto de Estudos Europeus da Universidade do Sarre e licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Foi, entre o mais, assessora do Ministro de Estado e da Administração Interna, no XVII Governo Constitucional (entre 2005 e 2006) e do Ministro da Administração Interna, no XIV Governo Constitucional (de 2000 a 2002), representante do Ministro da Administração Interna no Grupo de Trabalho encarregado da elaboração do Código Deontológico do Serviço Policial.
Desde Outubro de 2015, é Ministra da Administração Interna, num governo minoritário (apoiado pelo PCP e BE) iderado por António Costa e que o PSD foi o mais votado em termos eleitorais.
No dia 14 de Maio de 2016, acompanhada por Jorge Gomes, Secretário de Estado da Administração Interna, deslocou-se a Vale do Amieiro/Coz, para assistir a realização de uma ação de treino do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais/DECIF. Ao local, acorreram várias Corporações de Bombeiros da região, para testar o desenvolvimento de ações práticas, como a supressão de incêndios, transposição de obstáculos, utilização de ferramentas manuais e mecânicas para abertura de faixas de contenção e, ainda, o combate a incêndios com o apoio de meios aéreos. Constança Urbano de Sousa considerou que ações deste tipo têm uma enorme relevância por serem absolutamente cruciais para o sucesso das operações de combate a incêndios. O exercício marcou o arranque oficial da Fase Bravo do DECIF/2016, que, até ao final do mês de junho, terá 6.570 operacionais, de mais de 1.500 equipas no território nacional, apoiados por 1.500 veículos e 32 meios aéreos. Paralelamente à sessão de treino em Vale do Amieiro, a Autoridade Nacional de Proteção Civil desenvolveu 304 ações semelhantes por todo o País. No final da sessão, a Ministra entregou a cada bombeiro um manual de bolso com indicações e protocolos para que o combate a incêndios florestais decorra com todas as medidas de segurança.
Paulo Inácio, aproveitou o encontro para relembrar a necessidade de renovação dos destacamentos da GNR de Alcobaça e de São Martinho do Porto. Temos um vasto território no concelho que requer meios e condições de segurança acrescidos. As presentes instalações da GNR de Alcobaça e São Martinho do Porto são já insuficientes e necessitam de ser relocalizadas.

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