NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Sousa, Carlos, mais conhecido pelos alcobacenses por Dom Pedro, diz que encarna a figura do rei à porta do Mosteiro, das 10 da manhã às 20
horas, todos os dias.
Sobre
a razão do seu trabalho (tirar fotografias com os turistas), Dom Pedro assegura
que gosto do contacto com as pessoas, mas
apenas as que são simpáticas.
Quanto
à questão de permanecer por lá tantas horas, Carlos Sousa conta que já passei fome durante três dias e que, apesar das condições climatéricas, tenho
muito orgulho em vestir o fato, oferecido
pela Associação de Amigos do Mosteiro de Alcobaça, fazendo deste trabalho o meu
ganha-pão.
-Carlos
Sousa, foi distinguido, pelos Amigos do
Mosteiro de Alcobaça com uma nova farda, oferecida no dia da inauguração da
Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais2015. Nessa ocasião, o monarca subiu ao púlpito do Refeitório
do Mosteiro.
A 11
de julho de 2014, decidiu iniciar uma nova fase na sua vida. Cansado de
trabalhar para os outros e não receber dinheiro em troca, o Dom Pedro lembrou-se, ao passear pela Rua Augusta, em Lisboa, que
podia fazer de figurante em frente ao Mosteiro de Alcobaça. E nada melhor do
que vestir-se no seu dia a dia, do rei que protagonizou uma história com Inês
de Castro. Feliz pela nova farda, o Dom
Pedro, agradeceu a gentileza da AMA.
Só pessoas honestas, humildes e com bom
coração é que têm estas atitudes,
afirmou Carlos Sousa.
Através desta ação pretendemos que este
senhor circule pelo terreiro com uma roupagem mais parecida possível com a
usada no final do século XIV,
explicou Rui Rasquilho, acrescentando que a Associação pretende entregar-lhe um
pequeno texto com história de D. Pedro e D. Inês, para que possa responder da
forma mais fiel aos turistas.
Sousa, Luís da Graça, nasceu na Ataíja de Cima, em 12 de maio
de 1931, embora registado como nascido a 27 do mesmo mês.
Para
sustentar a numerosa família, o pai emigrava sazonalmente para a região de
Lisboa onde, com irmão João Luís, era responsável por uma vacaria, conseguindo
amealhar uma pequena quantia, que não obstou que Luís da Graça, aos 12 anos,
fosse servir para Serro Ventoso, onde
ganhou dinheiro para comprar as primeiras botas. Aí se manteve até aos 17 anos,
pelo que regressado à Ataíja, iniciou-se nos negócios de compra e venda de
peles de coelho, chinelos velhos, azeite, enfim, tudo o que pudesse ajudar a
melhorar a sorte.
Mais
tarde, havia de se tornar leiteiro, em Lisboa, caminho percorrido por muitos
alcobacenses da borda da serra.
Em
Lisboa, manteve-se até 1958 (casou, entretanto, em 8 de abril de 1956) e
regressou de novo à Ataíja de Cima.
Aproveitando
a descoberta do valor comercial do vidraço de Ataíja, iniciou a exploração de
uma pedreira num terreno sito no Vale Cordeiro. O negócio foi crescendo, bem, e
a escola que, no tempo próprio, se tinha ficado pela 2ª. classe, foi retomada
aos 41 anos quando, feita a 4ª. classe e obtida a carta de condução, comprou o
primeiro automóvel.
Motivado por grande vontade de
trabalhar, visão empresarial e espírito inovador, o negócio não parou de
crescer. A par do negócio desenvolveu a faceta de benemérito.
No
dia 25 de maio de 2008, a pretexto da inauguração do Monumento ao Cabouqueiro que ofereceu à Ataíja, foi objeto de uma
homenagem que incluiu o descerramento de um busto.
Esse Monumento ao Cabouqueiro, é uma estátua
grande, pujante de força e solidez, que visa prestar homenagem a uma profissão,
que se conta entre as mais antigas da região de Alcobaça, ainda pilar da
economia, tal o número de empresas existentes.
O
acontecimento foi aproveitado para homenagear Luís da Graça, que conseguiu
conciliar as facetas de empresário empreendedor e de sucesso, com a de cidadão
solidário e simples.
-Luís
da Graça, no pós 25 de Abril, nunca se arrogou de antifascista/progressista,
nem de quaisquer louros que não merecesse. Não sendo formalmente militante do PPD,
colaborou em algumas iniciativas, aparecia na sede e esteve presente em
momentos difíceis, não propriamente em defesa da democracia, pois nunca recusou manifestar o desapreço por certas
facetas do Estado Novo, mas no combate à perversão totalitária que a ameaçava, bem
como o País.
Sousa, Maria Augusta
Bandeira Fernandes Amor de, nasceu em Lisboa em 1950 e vive na
Benedita, desde 1976.
Em
1967, iniciou estudos em Artes Decorativas, Pintura e Restauro, em várias
instituições de Portugal e Inglaterra. Além da pintura de cavalete, realizou
importantes trabalhos de restauro em arte sacra. Fez exposições individuais e
participou noutras de tipo coletivo.
Não
esqueceu ações de voluntariado nomeadamente no CEERIA, Santa Casa da
Misericórdia da Benedita, e Colégio Andaluz (Santarém).
Sousa, Maria Constança
Dias Urbano de,
nasceu em Coimbra em 1967.
É
doutorada pela Faculdade de Direito da Universidade de Sarreland, Alemanha,
pós-graduada em Direito Europeu pelo Instituto de Estudos Europeus da
Universidade do Sarre e licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra.
Foi,
entre o mais, assessora do Ministro de Estado e da Administração Interna, no
XVII Governo Constitucional (entre 2005 e 2006) e do Ministro da Administração
Interna, no XIV Governo Constitucional (de 2000 a 2002), representante do
Ministro da Administração Interna no Grupo de Trabalho encarregado da
elaboração do Código Deontológico do Serviço Policial.
Desde
Outubro de 2015, é Ministra da Administração Interna, num governo minoritário
(apoiado pelo PCP e BE) iderado por António Costa e que o PSD foi o mais votado
em termos eleitorais.
No
dia 14 de Maio de 2016, acompanhada por Jorge Gomes, Secretário de Estado da
Administração Interna, deslocou-se a Vale do Amieiro/Coz, para assistir a
realização de uma ação de treino do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios
Florestais/DECIF. Ao local, acorreram várias Corporações de Bombeiros da
região, para testar o desenvolvimento de ações práticas, como a supressão de
incêndios, transposição de obstáculos, utilização de ferramentas manuais e
mecânicas para abertura de faixas de contenção e, ainda, o combate a incêndios
com o apoio de meios aéreos. Constança Urbano de Sousa considerou que ações
deste tipo têm uma enorme relevância por serem absolutamente cruciais para o sucesso das operações de combate a
incêndios. O exercício marcou o arranque oficial da Fase Bravo do
DECIF/2016, que, até ao final do mês de junho, terá 6.570 operacionais, de mais
de 1.500 equipas no território nacional, apoiados por 1.500 veículos e 32 meios
aéreos. Paralelamente à sessão de treino em Vale do Amieiro, a Autoridade
Nacional de Proteção Civil desenvolveu 304 ações semelhantes por todo o País.
No final da sessão, a Ministra entregou a cada bombeiro um manual de bolso com
indicações e protocolos para que o combate a incêndios florestais decorra com
todas as medidas de segurança.
Paulo
Inácio, aproveitou o encontro para relembrar
a necessidade de renovação dos destacamentos da GNR de Alcobaça e de São
Martinho do Porto. Temos um vasto
território no concelho que requer meios e condições de segurança acrescidos. As
presentes instalações da GNR de Alcobaça e São Martinho do Porto são já
insuficientes e necessitam de ser relocalizadas.
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