NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Alfaiate
de profissão, teve inicialmente o estabelecimento no Rossio, de Alcobaça (por
cima do atual café Ala Sul) e depois no primeiro andar do antigo edifício do
Turismo (hoje Hostel). Amaral vendia também máquinas de costura e bicicletas,
embora a sua principal atividade fosse alfaiate, aliás muito bem afreguesado e
com muitas costureiras ao serviço. Pode-se de certo modo dizer que era o
alfaiate com mais serviço em Alcobaça. o que decorria desde logo pela perfeição
e habilidade com que trabalhava. Sendo pessoa assumidamente conotado com a
oposição ao salazarismo, isso não o impedia de ter clientes de todos os
quadrantes políticos. No seu estabelecimento havia para confeção própria inúmeras
peças de tecido de boa qualidade de origem nacional ou mesmo estrangeira. Como
iniciativa do salazarismo, os Jogos
Florais da EN referentes a 1946, realizaram-se em Alcobaça.
A
propósito destes Jogos Florais, Albino Serrano, recordou em A Hora da Libertação
(ed. do PCP), uma situação de perigo passada no dia quatro, ou antes, de quatro
para cinco de Outubro de 1946, quando se realizaram os Jogos Florais, no
Refeitório do Mosteiro, com a presença de António Ferro, alto dignitário do
regime fascista.
Mas
havia outros alfaiates em Alcobaça, como Aniceto Rosa, na Rua Frei Fortunato, a
Alfaiataria Alcobacense, de Joaquim Marques Rosa, na Travessa da Botica ou
Jacinto do Amaral, no Rossio.
Leia-se aqui o infra rerferenciado Albino
Serrano e No Tempo de Salazar, Caetano e Outros, de
Fleming de Oliveira.
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