sábado, 12 de janeiro de 2019

NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS

50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
André, Francisco Oliveira Ramos, nasceu na Maiorga em 12 de fevereiro de 1928 e faleceu com 86 anos a 28 de outubro de 2014. A missa de corpo presente foi celebrada por D. José Traquina, bispo auxiliar de Lisboa.
Filho de João Ramos André e de Maria de Oliveira André, casou com Fernanda Rebelo Lisboa André.
Foi Técnico Oficial de Contas e fez (graciosamente) parte de quase todas as instituições e associações do Concelho de Alcobaça, algumas das quais como fundador.
Num acidente de viação, quando se deslocava a Lisboa ao serviço do Corpo de Escuteiros de Alcobaça de que era chefe, numa camioneta emprestada pela Câmara Municipal, com uma avaria que o motorista aliás desconhecia, os seus três ocupantes ficaram feridos, sendo Francisco André o mais grave. O braço ficou esmagado e apesar da pronta operação, ao terceiro dia a ferida gangrenou tendo por isso de lhe ser amputado o braço. Isto causou-lhe enorme mágoa e implicou uma forte alteração na sua forma de estar na vida.
Era tido por pessoa íntegra, bom marido e cristão, afável e amigo de ajudar o próximo.
-Tinha um primo, António Ramos, que foi diretor do jornal e me convidou para ser correspondente na Maiorga, ao que acedi. Comecei a escrever umas notícias, a primeira das quais sobre um casamento, contava Francisco André que acrescentava que reforçou a ligação a O Alcoa quando ele próprio foi notícia, após ter sido operado de urgência, em Alcobaça.
A partir dali, passei a dar ainda mais importância aos jornais e comecei a escrever com maior frequência, explicava. Apesar das mazelas físicas, não deixei de prosseguir o vício do colecionismo, resume Francisco André, que tinha mais de 6 mil fotografias e milhares de jornais.
A mania de colecionar coisas também lhe pregou algumas partidas como recordou, na edição do Oestescutista, publicada no terceiro trimestre de 2004. Não tenho ideia de alguma vez lhe ter mostrado o original desta fotocópia. Trata-se de, no dia anterior ao meu acidente, e numa reunião da Assembleia de Freguesia de Alcobaça, ter contornado a escrito a minha mão esquerda que passadas umas horas viria a perder! Somente em novembro de 1984, quando comecei a contactar com os meus papéis é que me dei conta destes arabescos. E explicação para isto?

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