NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
André,
Francisco Oliveira Ramos, nasceu
na Maiorga em 12 de fevereiro de 1928 e faleceu com 86 anos a 28 de outubro de
2014. A missa de corpo presente foi celebrada por D. José Traquina, bispo
auxiliar de Lisboa.
Filho
de João Ramos André e de Maria de Oliveira André, casou com Fernanda Rebelo
Lisboa André.
Foi
Técnico Oficial de Contas e fez (graciosamente) parte de quase todas as
instituições e associações do Concelho de Alcobaça, algumas das quais como
fundador.
Num
acidente de viação, quando se deslocava a Lisboa ao serviço do Corpo de
Escuteiros de Alcobaça de que era chefe, numa camioneta emprestada pela Câmara
Municipal, com uma avaria que o motorista aliás desconhecia, os seus três
ocupantes ficaram feridos, sendo Francisco André o mais grave. O braço ficou
esmagado e apesar da pronta operação, ao terceiro dia a ferida gangrenou tendo
por isso de lhe ser amputado o braço. Isto causou-lhe enorme mágoa e implicou
uma forte alteração na sua forma de estar na vida.
Era
tido por pessoa íntegra, bom marido e
cristão, afável e amigo de ajudar o próximo.
-Tinha um primo, António Ramos, que
foi diretor do jornal e me convidou para ser correspondente na Maiorga, ao que
acedi. Comecei a escrever umas notícias, a primeira das quais sobre um
casamento, contava
Francisco André que acrescentava que reforçou a ligação a O Alcoa quando ele próprio foi notícia, após ter sido operado de
urgência, em Alcobaça.
A partir dali, passei a dar ainda
mais importância aos jornais e comecei a escrever com maior frequência, explicava. Apesar das mazelas físicas, não deixei de prosseguir o vício do
colecionismo, resume Francisco André, que tinha mais de 6 mil fotografias e
milhares de jornais.
A mania de colecionar coisas também lhe
pregou algumas partidas como recordou, na edição do Oestescutista, publicada no
terceiro trimestre de 2004. Não tenho
ideia de alguma vez lhe ter mostrado o original desta fotocópia. Trata-se de,
no dia anterior ao meu acidente, e numa reunião da Assembleia de Freguesia de
Alcobaça, ter contornado a escrito a minha mão esquerda que passadas umas horas
viria a perder! Somente em novembro de 1984, quando comecei a contactar com os
meus papéis é que me dei conta destes arabescos. E explicação para isto?
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