NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Eliseu, Horácio da Silva,
nasceu em Alcobaça a 16 de Abril de 1895.
Em 10
de Julho de 1917, terminou o curso de Regente Agrícola e Florestal, na Escola
Nacional de Agricultura de Coimbra. Em 1918 e 1919, dirigiu em Tábua, a Escola
Móvel Agrícola, do Comércio do Porto. No ano de 1919, concorreu aos Serviços
Florestais e Agrícolas, tendo ficado classificado em primeiro lugar e colocado
na Marinha Grande, onde ocupou o primeiro lugar de adjunto e depois de chefe da
Regência do Engenho. Em 1921, foi colocado em Lisboa, na Repartição de Estudos
e Ordenamento. Criada a Regência de Leiria em 1923, foi escolhido para a
organizar e dirigir, lugar que ocupou até à sua aposentação.
Foi
vereador da Câmara Municipal de Leiria e Presidente da Comissão Técnica de
Estética e Salubridade, da mesma, tendo também pertencido à Comissão de
Iniciativa e Turismo de Leiria, Comissário da Exposição Distrital de Leiria de
1940.
Jornalista
e escritor de mérito, fundou e dirigiu o Jornal de Alcobaça, A Semana de
Leiria, A Ideia e posteriormente colaborou no semanário leiriense Linha Geral.
Escreveu
Rudimentos de Silvicultura, Noções de Silvicultura - Cultura, Economia,
Tecnologia, Silvicultura - Noções Gerais, O Futurista, A Água da Fonte Grande,
A Arte e o Espírito, Os Grandes Problemas da Arte e da Crítica, Noções de
Silvicultura- Arborização e Rendimentos, Terminologia Florestal Portuguesa, A
Pintura dos Séculos XIX e XX.
Foi
colaborador da então em voga, Gazeta das
Aldeias. Realizou conferências nas Horas de Arte e no Rotary Clube de
Leiria.
-Faleceu
em 5 de Junho de 1985.
Fez a
instrução primária na Escola de Pataias Gare, prosseguiu os estudos em Leiria,
onde em 1975 concluiu o Curso de Enfermagem, iniciando nesse ano carreira
profissional no Hospital Distrital de Leiria.
Em
1976, havendo carência de pessoal de enfermagem especializado, o Ministério de
Saúde criou bolsas para Enfermagem Obstétrica pelo que concorreu a uma, que lhe
foi concedida, iniciando em 1977 a frequência do curso da especialidade na
Escola Superior de Enfermagem Doutor Bissaya Barreto, Coimbra.
Concluída
a especialização, foi colocada em 1979 por opção no Hospital Distrital de
Viseu, em cuja maternidade exerceu a especialidade durante dois anos.
Em
1981, requereu transferência para o Hospital Concelhio da Nazaré, e aí
continuou a exercer a especialidade.
No
ano de 1983, ingressou na Administração Regional de Saúde de Coimbra, optando
pela área dos Cuidados Primários de Saúde.
Diz
que desejando não limitar o seu exercício
à prática dos cuidados de enfermagem, matriculou-se em 1986 no Curso de
Pedagogia e Administração em Enfermagem, na Escola Superior de Enfermagem
Doutor Ângelo da Fonseca, em Coimbra, curso que concluiu. Em 1998, prestou provas
através de Concurso Público, a nível nacional, de Chefes de Enfermagem pelo que
dado o seu estatuto, fez parte de Direções Clínicas no âmbito da Administração
e Gestão de Serviços.
Em
2004, requereu o estatuto de Trabalhador Estudante, tendo-se matriculado na
Escola Universitária das Artes de Coimbra/Curso de Cerâmica e depois optado
pelo de Pintura.
Desde
então, tem exposto no País e no Estrangeiro, com pintores portugueses e de
outras nacionalidades, a título individual e coletivo com sucesso e respeito,
pois tem bastante mérito.
-No
dia 29 de novembro de 2008, a Biblioteca Municipal de Alcobaça, acolheu uma
palestra subordinada ao tema A
afetividade na Terceira Idade, onde foi abordada a vida sexual e a terceira
idade.
Numa
organização da Universidade Sénior de Alcobaça, esta foi a primeira de várias
palestras e conferências a realizar nos meses seguintes, no âmbito da
disciplina Formação para a Cidadania (a cargo de Fleming de Oliveira, que lhe
formulou o convite) e abertas a todos os interessados, nomeadamente casais. Desta feita, teve a palavra a Enfermeira–Chefe,
Maria do Rosário Ermida.
-Sobre
os motivos que a levaram a dedicar-se à pintura, após tantos anos de exercício
profissional na área a saúde, diz que foi
um desafio que colocou a si própria e que se tornou num projeto que tenta
concretizar. Para mostrar que qualquer um de nós tem competências que
desconhece e que pode descobrir, explorar e concretizar em qualquer idade da
vida. Sente que a pintura é um recurso que tem para poder testemunhar e contar
sobre os lugares onde esteve, onde viveu e onde mergulha nos seus afetos, nas
recordações e a na satisfação de estar ali. Nenhuma das suas obras foi pintada
sem conhecer e viver a natureza, os espaços e a gentes. Gosta de pintar com os
seus olhos. São os lápis e os pincéis que lhe permitem registar tudo aquilo que
observa e de que gosta.
Revê-se na Pintura Impressionista e no
Naturalismo. Tem como fonte de inspiração Mestres do passado e do presente,
como José Malhoa, Henrique Pousão, Carlos Reis, Columbano, Alfredo Keil, Silva
Porto, Monet, Sorolla, João Mário e Vítor Matias (sec. XIX e XX) pintores que
testemunham o nosso passado e registaram os trajes, os trabalhos quotidianos,
os momentos de festa, a vida, na convicção de que o povo, culto ou inculto,
espelha a cultura e os valores da
própria nação.
Para
além da pintura e da arte em geral, gosta de estar com a família e amigos, de
cozinhar, de jardinar, de passear, de contemplar
os espaços que a rodeiam.
Escudeiro,
Fernando Gomes, nasceu na Martingança, a 27 de abril de
1942.
Foi Diretor da Crisal (aposentado).
Foi Diretor da Crisal (aposentado).
Foi
candidato pelo PSD à Junta de Freguesia de Martingança em 2001 tendo sido eleito e cumprido 3 mandatos consecutivos.
Diz que se candidatou primeiro
porque estava aposentado e depois porque me pediram. Aceitei por poder dar um
contributo à minha freguesia. Se me
perguntar se gostei, gostei de ser autarca. Acho que vale mais aquilo que de
bom passámos, do que aquilo que mau passámos. É um desempenho interessante,
sabemos que estamos a contribuir para o bem-estar das pessoas, embora
sacrificando, muitas vezes, a família. Aqui, temos de estar 24 horas para os da
terra, porque se não o fizer enganou as pessoas que votaram em si.
Considera
que o pilar de crescimento desta
freguesia, são as indústrias,
claro. Empresas de tecnologia de ponta, na área dos moldes. Além da parte
industrial, estamos encostados ao pinhal do rei e há proprietários que antes
dedicavam à agricultura e agora têm tudo reflorestado. A floresta é uma riqueza
e dá trabalho também a muita gente. Mas, infelizmente, também se anda a cometer
grandes asneiras. Qualquer dia não é o Pinhal de Leiria, mas sim o eucaliptal
de Leiria.
Foi o último presidente da Junta de Freguesia de Martingança,
que com a reforma administrativa de 2003, veio a constituir a União das
Freguesias de Pataias e Martingança, presidida por Válter Ribeiro.
Escudeiro reputa-se democrata. Mas no balneário da equipa
feminina do Grupo Desportivo da Martingança, segundo se comentava era um perfeito ditador, impondo às atletas,
disciplina e rigor, e nunca lhes permitindo comentários de conteúdo políticos.
Antigo jogador de futebol salientava que separava bem as funções de treinador e
Presidente da Junta de Freguesia e que no balneário tem que haver concentração
e disciplina e, por isso, ninguém tocava em política.
O futebol sempre fez parte da vida de Escudeiro e segunda
conta foi convidado para jogar na Associação Académica de Coimbra.
Ao serviço do Martingança no antigo campeonato do Oeste,
Escudeiro chegou a marcar 66 dos 69 golos da equipa. Após vários anos a treinar
as equipas jovens masculinas de futsal da Martingança e de um título distrital
de juniores na década de 1990, voltou-se para o futsal feminino.
Espírito
Santo, Moisés, nasceu em 1934, no lugar de Rebolaria/Batalha, no seio
de uma família de agricultores.
A
investigação etnológica de Moisés Espírito Santo, é relevante nas áreas da arqueologia e história em Portugal, bem
como nas investigações para o conhecimento científico da origem e da identidade
da língua portuguesa, associadas
aos estudos sobre toponímia com
a aplicação do método da constelação local, também conhecido como método
etnológico de terreno, criado pelo investigador francês Victor Berárd, às
povoações de vários locais do território português.
O Café Portugal, em Alcobaça, anunciou pretender retomar uma
tradição dos cafés dos meios cosmopolitas, promovendo a Tertúlia Café Portugal
onde, de três em três semanas, se poderia ouvir e trocar ideias, de e com
pessoas de relevo nas várias áreas cultural, artística, científica, nacional,
regional e local. A primeira sessão desta Tertúlia, decorreu no dia 27 Setembro
de 2008, subordinada ao tema Um circuito da Senhora da Luz (Castanheira, Coz) a
Santa Teresa (Ataíja, Aljubarrota), com Moisés Espírito Santo, que dissertou
sobre a antiga cultura e religião pré-cristã da região.
-O
Bloco de Esquerda realizou, no dia 18 de Outubro de 2008, um jantar de
desagravo para com o escultor António Delgado, impedido pela Câmara Municipal
de Alcobaça de participar na mostra de artes plásticas, Apple Parade, promovida
pela Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, integrada na feira Mundo da
Maçã.
Ao
jantar, que reuniu cerca de 80 pessoas, compareceram a deputada Helena Pinto, o
coordenador autárquico nacional do BE, Pedro Soares, o sociólogo e professor
universitário Moisés Espírito Santo, Adelino Granja do BE de Alcobaça e o
homenageado, António Delgado membro da Comissão Política Concelhia do PS, de
Alcobaça.
Adelino
Granja (BE), começou por revelar que endereçara
convites aos outros partidos para
estarem presentes, o que não foi aceite, por classificarem a iniciativa de folclore
e defendeu não ser próprio de um
presidente da Câmara insultar os adversários políticos, ideia corroborada,
pelo advogado Felisberto Matos, que classificou Gonçalves Sapinho como o indivíduo mais mal-educado do concelho de
Alcobaça !!!
Moisés
Espírito Santo, defendeu que a liberdade
de expressão e de criação não está garantida na província. O sociólogo
considerou que a cultura de calar o
adversário mantém-se e que a voz das rádios e dos jornais locais está
limitada, uma vez que os órgãos de comunicação social também dependem da
publicidade das autarquias. O catedrático entende que as câmaras municipais funcionam como se o município fosse deles e que
uma cidade digna desse nome não pode
censurar obras de arte, considerando que esses atos são mais próprios de
aldeões e rústicos.
Helena
Pinto, confessou ter duvidado quando lhe contaram que um artista havia sido
censurado em Alcobaça, por acreditar que casos destes já não existiam no
Portugal democrático. Na arte, ou há
liberdade total ou não existe, frisou. A deputada recordou o líder
parlamentar do PSD, Paulo Rangel quando afirmou viver-se atualmente um ambiente
político de claustrofobia democrática,
considerando que a mesma etiqueta podia ser colada ao PSD, de Alcobaça.
António
Delgado, realçou o direito de fazer
oposição à Câmara de Alcobaça. O concelho não é o seu quintal, rematou, relembrando
que Alcobaça é património de todos.
Eusébio,
Francisco Leonardo, nasceu na Cela, a 25 de janeiro de 1935, no seio de uma
família de agricultores medianos.
Estudou
até à 4ª. classe na Cela, indo depois trabalhar por conta de José Delgado, Jardineiro.
Cumpriu
serviço militar em Leiria e abriu um Café na Cela no início da década de 1960 e
mais tarde ao lado uma bomba de gasolina, ao mesmo tempo que produzia fruta que
vendia. Pela mesma altura, abriu uma Agência Funerária que entretanto
transmitiu ao filho.
Francisco
Leonardo Eusébio, foi um dos autarcas mais carismáticos do Concelho de Alcobaça
e durante algum tempo o seu decano. Antes do 25 de Abril, foi tesoureiro da
Junta de Freguesia da Cela e Regedor.
A sua
palavra, por vezes exaltada e refletindo ideias simples e propostas populares,
tinha normalmente peso. Conta com orgulho que desde os dez anos de
idade trabalho com a maior dedicação para o povo da Cela, tendo começado em
comissões de festas, religiosas e populares.
Depois
de 25 de Abril, salvo um pequeno interregno em 1983, até se reformar
politicamente, foi eleito, sem grande esforço Presidente da Junta de Freguesia.
Confessa que gostava do lugar que exerceu
com carolice, pois aprecia que as pessoas gostem dele. Na sua terra, muitos
tratam-no afetuosamente por Chico Sacristão, apelido que não
repudia, muito menos o envergonha.
Apesar
das campanhas e calúnias de que por vezes foi alvo, nunca o conseguiram
derrubar.
Antes
do 25 de Abril, Francisco Eusébio desempenhou funções como Tesoureiro da Junta
e Regedor, nomeado pela Câmara Municipal presidida por Tarcísio Trindade,
pessoa que sempre respeitou. A regedoria funcionava em sua casa. Eusébio, não
obstante alinhar com o regime, louva-se de nunca ter tido contactos com a PIDE,
colaborado com agente ou informador, nem sofrido pressões para fazer ou deixar
de fazer uma coisa.
Depois
de 25 de abril foi Secretário da Mesa da Assembleia Geral da Caixa de Crédito,
sendo Presidente José R. Coutinho.
-Francisco
Leonardo Eusébio foi sacristão da Cela, entre 1952 e 1956, altura em que era
Pároco o famoso Pe. João de Sousa e até ir cumprir serviço militar. No
exercício dessas funções, conheceu Humberto Delgado que ia à missa o qual,
terminada esta, não prescindia de ir cumprimentar o Pe. João de Sousa na sacristia,
enquanto se desparamentava.
Nas
Festas de S. Pedro (29 de junho), havia romaria a partir da Capela de S. Bento,
situada dentro da propriedade de Humberto Delgado, com sermão, missa cantada e
procissão, bem como a participação da (extinta) Banda da Cela, que atuava num
coreto improvisado, enquanto o povo se distraía, na conversa e, nos comes e
bebes.
A
Capela de S. Bento é a mais antiga igreja da freguesia da Cela e, segundo se
diz das mais antigas do Concelho de Alcobaça. A procissão de S. Pedro, saía da
Capela de S. Bento, com a banda a tocar, ia até ao Largo da Estação da CP, dava
a volta e regressava.
Por
altura das festas, Delgado costumava convidar para almoçar, os principais
responsáveis da organização, Igreja (padre e sacristão) incluída. Foi na
qualidade de sacristão que Francisco Eusébio foi algumas vezes almoçar a casa
de Delgado e com ele trocou algumas palavras de circunstância. Apesar de
estimar e respeitar pessoalmente Delgado, pessoa afável e popular, conceituado
oficial, Francisco Eusébio não participou na campanha eleitoral, porque sendo
membro da União Nacional, não podia aparecer como opositor do regime. Mas
também não queria aparecer contra Delgado.
Leia-se Fleming de Oliveira em No Tempo
de Soares, Cunhal e Outros
-Foi
inaugurado no dia 10 de Junho de 1985, Dia das Comunidades e de Camões, o novo
edifício do Centro de Saúde da Cela Nova.
Cerca
das doze horas começaram a chegar os convidados, para meia hora depois se dar
início a uma sessão, onde usaram da palavra o presidente da Junta de Freguesia,
Francisco Leonardo Eusébio, o presidente da Administração de Saúde do Distrito,
Rui Couceiro, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Rui Coelho e por
último o representante do Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional.
Seguiu-se o descerramento duma lápide alusiva, a abertura do novo edifício com
a entrega da chave ao médico Dr. José Dionísio, e a bênção pelo Padre Afonso,
sendo depois o novo Centro de Saúde visitado pelos convidados e população.
No
fim da visita, foi servido um almoço a mais de 190 pessoas que, de uma maneira ou de outra, contribuíram ou
ajudaram a Junta de Freguesia, na obra.
Animaram
a festa as Majoretes e a sua fanfarra privativa, o programa Meia-Tarde, da Rádio Renascença que
transmitiu em direto desde o recinto da festa, que contou com a atuação do popular
cançonetista Marco Paulo.
A
construção do novo edifício do Centro de Saúde só foi possível dado o dinamismo
e vontade de bem servir da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal.
-A
Freguesia de Cela, esteve em festa nos dias 26, 27, 28, 29 de setembro de 1986,
festejos que se integraram nas comemorações dos 700 anos da sua fundação, a que
se juntou a Festa do Agricultor com a III
Mostra-Horto Fruticultura, que trouxe grande número de visitantes.
O
grande atrativo foi a Fruta que esteve durante três dias exposta ao longo da
rua, que foi engalanada e iluminada.
Cerca
das 23 horas, visitou o certame o Ministro Fernando Nogueira, em representação
do Primeiro-ministro Cavaco Silva. Todos foram unânimes em considerar a
exposição um sucesso e os milhares de visitantes enalteceram a linda e
grandiosa exposição frutícola.
No
domingo e segunda-feira, o interesse não foi menor e as ruas e largos de Cela
foram insuficientes para conter as viaturas dos visitantes.
A III Mostra contou este ano com 215 agricultores
que expuseram os seus produtos, sendo 1.200 o número de caixas de fruta variada
– maçãs, peras, pêssegos, uvas, melancias, melões, etc. – misturada com outros
produtos hortícolas – batatas, cenouras, couves, pepinos, tomates, pimentos,
cebolas, alhos, etc.
O XX Festival de Folclore do Rancho
Folclórico e Etnográfico Papoilas do Campo, da Cela Velha, que teve lugar no dia 11 de agosto de
1996, contou uma vez mais com forte adesão de público e com ranchos de
qualidade.
Durante
o desfile, os ranchos apresentaram bons momentos de folclore, que foram uma
homenagem a Joaquim Vieira, o homem que fundou o Rancho Folclórico da Cela
Velha e que se encontrava gravemente doente e de que viria a falecer.
Participaram
neste festival, o Rancho Folclórico Papoilas do Campo da Cela Velha
(Estremadura), o Rancho Folclórico de Baião (Douro Litoral); Rancho Folclórico Recordar É Viver, de Paramos/Espinho
(Douro), Grupo Danças e Cantares da
Cortegaça (Beira Litoral), o Rancho
Folclórico As Lavadeiras da Asseiceira (Alto Ribatejo), o Rancho de Folclore e Etnográfico Ceifeiros
da Bemposta (Estremadura).
O
festival começou com a entrega de lembranças por parte da Junta de Freguesia da
Cela, mas a Câmara Municipal esqueceu-se das lembranças que deveria oferecer
aos ranchos convidados.
Leia-se aqui Joaquim Vieira.
-Fúlvia
Gouveia, com 18 anos, residente nos Ganilhos, foi eleita, no sábado dia 31 de
agosto de 1996, Rainha da Fruta da Cela96, num desfile de misses que contou com
a presença de 15 candidatas que desfilaram numa passerelle montada em frente à
igreja.
Fúlvia
Gouveia, foi ainda eleita de Miss Cela96,
pelos fotógrafos presentes como Miss
Fotogenia. Sónia Medalho, da Quinta de Baixo-Vimeiro, com 15 anos de idade,
foi eleita pelas colegas como Miss Simpatia e recebeu ainda o título de 1ª Dama
de Honor, enquanto Patrícia Lourenço, dos Moleanos, foi eleita 2ª Dama de
Honor.
As
candidatas residentes na freguesia da Cela concorriam ainda ao título de Miss Cela96, para o qual foi eleita
Marlene Desidério, de 15 anos, residente na Cela. O título da Rainha da Fruta
só contemplou uma das concorrentes mas, todas as candidatas receberam prémios
de participação distribuídos pela organização. As candidatas desfilaram primeiro
em traje alusivo à rainha da fruta, onde se puderam ver alguns fatos
exuberantes pela sua originalidade e criatividade, depois desfilaram em traje
de noite, num desfile coreografado por Paula Cordeiro. Os fatos apresentados
realçaram a beleza das concorrentes e contribuíram para a noite agradável.
O
júri foi composto por José Figueiredo Dionísio, Tesoureiro da Junta de
Freguesia e Ana Isabel Pereira, em representação das mulheres da Cela.
-Sílvia
Ribeiro Pereira, de 16 anos e residente no Casal Jorge Dias e Sónia Medalho
foram respetivamente Miss Cela e Rainha da Fruta da Cela 1997, eleitas no dia
29 de agosto de 1997, no decorrer do desfile de misses que teve lugar na
escadaria da igreja paroquial da Cela, por iniciativa da Junta de Freguesia.
Sílvia,
é a Miss Freguesia da Cela97 eleita
num espetáculo promovido pela Junta de Freguesia. Oito jovens naturais daquela
freguesia disputavam o título que lhes dava direito a um cheque de 50 contos e
a uma viagem à Madeira, entre outros prémios. As candidatas foram trazidas até
à escadaria de mota, numa coreografia preparada para o efeito, seguindo-se
depois duas passagens pela passerelle findo o que o júri escolheu Sílvia
Pereira para Miss Cela.
As
demais candidatas integravam ainda o lote de catorze jovens que concorriam ao
título de Rainha da Fruta da Cela97, título ao qual podiam concorrer jovens de
qualquer parte. As candidatas desfilaram com fatos, onde predominavam as
referências à fruta e a criatividade em vestidos preparados com arte e
trabalho. Tecidos decorados com fruta em estampados, bordados ou decoradas com
imitações e mesmo peças de fruta deram um alegre colorido ao desfile muito
apreciado pelas centenas de espetadores e onde não faltavam os elementos do
executivo camarário e os candidatos à Câmara nas próximas eleições autárquicas.
Sónia
Medalho, natural da Quinta de Baixo, freguesia do Vimeiro foi eleita Rainha da
Fruta da Cela 97, e recebeu um cheque de 50 contos e uma viagem à Madeira,
Patrícia Lourenço, natural dos Moleanos foi eleita 1ª Dama de Honor e Teresa
Vieira, natural de Monte de Bois, foi eleita 2ª Dama de Honor, recebendo ambas
como prémio um cheque de 25 contos.
Patrícia
Lourenço, recebeu ainda outro cheque de 25 contos ao ser eleita como Miss Fotogenia, título votado pelos
fotógrafos presentes e Sónia Medalho recebeu ainda outro cheque de 25 contos ao
ser eleita pelas colegas como Miss
Simpatia.
O
júri foi constituído por Manuela Pombo, Hercília Vicente, Isabel Guerra, Helena
Domingos, António Paixão (do Região de Cister), Daniela Jorge (Miss Alcobaça95)
Luís Parreira (do Rádio Clube de Caldas), vereador municipal António Gonçalves
e Raúl Duarte (da Rádio Cister).
-Marcelo
Rebelo de Sousa, esteve presente no jantar de apoio a Gonçalves Sapinho em
novembro de 1997, que juntou mais de 1700 apoiantes no Mercoalcobaça. Francisco
Eusébio, interveio em nome dos presidentes de Junta e cometeu uma gafe memorável.
Leia-se aqui e a propósito, Marcelo
Rebelo de Sousa.
-O
dia 13 de maio de 1999 foi um dia histórico para a freguesia e população da
Cela. A Assembleia da República votou por unanimidade a proposta para elevação
da localidade a Vila. Os habitantes e a Junta de Freguesia sentiram-se
satisfeitos com o novo estatuto, mas afirmam que a partir de agora a Câmara tem de encarar a Cela de outra forma.
Este
processo demorou cerca de 2 anos na AR, o que levou a que Francisco Eusébio
tivesse afirmado em determinada altura que
cheira-me a política e eu estou-me nas tintas para os políticos.
-Quem passa pelo Café
Eusébios, na Cela, encontra um sorriso amigo e frequentemente uma boa
conversa, com uma das figuras emblemáticas do concelho de Alcobaça, Francisco
Eusébio.
Aberto
desde 1960, mesmo em frente à igreja, foi restaurado em 1999 tendo Francisco
Eusébio, como diz, gasto 45 mil contos para refazer o edifício todo.
O
senhor Chico, como é carinhosamente conhecido, passou aos filhos a gerência do
Café Eusébios, mas apesar disso não resiste a passar por lá todos os dias,
nesse espaço que um dia decidiu erguer para escapar à crise. A crise mantém-se,
mas o desejo de continuar de portas abertas continua bem vincado na família
Eusébio.
Eutíquio,
Filipa, é atleta com boas qualidades físicas e
psicológicas, destacada meio-fundista do Distrito de Leiria e bem posicionada
no contexto nacional.
Estudou
na Escola Secundária Dona Inês de Castro em Alcobaça. É especialista em 800m,
1500m e 3000m obstáculos. Representou a Juventude Vidigalense, de Leiria de
2011 a 2015, embora tenha realizado a formação desportiva na Casa do Benfica,
de Alcobaça, durante cinco épocas, desde 2006 até 2011, onde alcançou bons
resultados. Com o ingresso na Juventude Vidigalense enveredou pelas provas de
meio-fundo abdicando da velocidade, saltos, barreiras e
lançamentos. Pela Casa do Benfica de Alcobaça alcançou o recorde nacional
de infantis em pista coberta, na prova dos 600m.
Teve presença em
todas as competições nacionais (Campeonatos Nacionais, Campeonatos de Portugal
e de Clubes – I Divisão) e competições internacionais (Genebra e Paris). Foi
Vice-campeã nacional em pista coberta 2013/2014 nos 1500m e 800m. É atleta do
Núcleo de Oeiras.
Evangelista,
Joaquim Henriques, nascido a 8 de julho de 1934 em Covão do Milho/Turquel,
frequentou a Escola Primária até à segunda classe no Vimeiro e a terceira e
quarta classes apenas após o casamento (tendo 22 anos) com Maria Natália, indo
ambos viver para o Vimeiro.
Nessa
altura trabalhava como pedreiro por conta de outros e no Inverno, perante a
falta de serviço na terra, ia trabalhar para Lisboa na mesma arte. Foi Fundador
da SOLCOA Ld.ª por alturas de 1971, com Augusto Simões e Eduardo Vieira Coelho,
ambos já falecidos.
Augusto
Simões chamava-lhe bicho-de-mato, porque vindo da aldeia tinha conseguido
entrar no difícil meio da construção civil em Alcobaça, dominada por dois ou
três empreiteiros. A SOLCOA, Ld.ª encerrou há cerca de 16 anos e a partir dai
Evangelista reformou-se, dedicando-se a bricolage e a uma agricultura de
quintal.
A
seguir ao 25 de Abril de 1974, com a mulher Maria Natália foi um ativo
colaborador e militante do PPD, tendo com ela vivido alguns acontecimentos que,
durante anos, fizeram parte das histórias do PREC. A 1 de maio de 1975, os Bombeiros Voluntários de Alcobaça,
fizeram 87 anos de vida, pelo que organizaram um vasto programa que abrangia
uma romagem ao cemitério, projeção de filmes com incêndios em que
intervieram, baile, almoço-convívio, homenagens e a apresentação de uma nova
ambulância. Nesse dia a festa política, em Alcobaça, era só para alguns, pois o
PCP, MDP/CDE e outros (os
organizadores da festa), não queriam a presença dos populares-democráticos,
quer no comício da Praça D. Afonso Henriques, quer no desfile, muito menos aos
portadores de bandeiras laranja.
Logo
de manhã, a população foi acordada pelo som do foguetório lançado do Castelo e
pela animação das bandas de música da Vestiaria e da Maiorga, a desfilar pela
rua.
Vamos ou não participar no desfile?
Como
sempre, estas e outras questões discutiam-se na sede do PPD (por cima do Café Trindade), como em
plenário improvisado, pelo que após acalorado debate, em cima da hora, com as
manifestações já a decorrer, foi decidido que o PPD, depois de grande instigação
de Silva Carvalho e do casal Evangelista (Natália
Evangelista saiu a empunhar uma bandeira do PPD, o que lhe acarretou momentos
de glória quando
alguém a quis tirar-lhe), e não obstante os apelos à moderação de parte de
Gonçalves Sapinho, iria integrar o desfile, ainda que sujeito ao risco de uns
mimos verbais e físicos, como aliás veio a acontecer, com Natália Evangelista e
Fleming de Oliveira.
Ao
fim e ao cabo, à escala de Alcobaça, expressavam-se contradições de um processo
que teve nesse dia o ponto mais elevado no Estádio 1º. de maio, em Lisboa.
Leia-se No Tempo de Soares, Cunhal e
Outros, de Fleming de Oliveira.
Muitas
das suas fotografias, a preto e branco, registando caras de Turquel ou paisagens, constituem um excelente património
para legar aos vindouros e permitir conhecer o passado.
Sapateiro
na juventude, tinha o desejo de viajar, conhecer terras, pessoas e coisas.
Viveu parte da vida em Macau, aonde foi polícia. Apaixonou-se pelo Oriente e aí
esteve 31 anos e de onde regressou reformado em 1966. Voltou uma vez a Macau a
convite do Fundo de Pensão e Turismo de Macau.
Ezequiel
era interessado em tudo o que diz respeito a Turquel, pois sentia enorme
orgulho no património desta sua terra.
Faleceu
a 24 de dezembro de 1996.
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