NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Fleming
de Oliveira, Fernando José Ferreira, nasci no Porto, a 22
de fevereiro de 1945, em casa da avó materna Laura, sita na Avenida da
Boavista, perto do Estádio do Bessa (cidade aonde tenho quase toda a Família e
me desloco regularmente), numa família burguesa (que foi a minha primeira e
grande escola), sendo o mais velho de 8 irmãos, o Pai advogado e a Mãe dona de
casa.
Tive seis irmãs, pelo que sei como é lidar com meninas (as
cenas de chapadas, não eram, todavia,
o meu forte ou vulgares) e festividades como o Natal, Páscoa e os aniversários
natalícios eram bem assinalados e aguardados com expetativa. Essencialmente
citadino, até terminar o serviço militar na Guiné, nunca tinha pensado em ir um
dia viver para Alcobaça, não concebendo, porém, hoje ir viver para outro local,
salvo motivos que me fujam do controlo.
Estudei no Porto em bons estabelecimentos de ensino públicos
e particulares até ao fim do liceu, e licenciei-me pela Faculdade de Direito de
Coimbra, em 15 de novembro de 1969, com o Professor Ferrer Correia. Em Coimbra,
era um menino magrinho, boa figura na capa e batina feita por medida, mas não
me assumia como um dom juan. A minha
vida académica foi como a de toda a malta, no jogo (cartas, bilhar ou matrecos)
e alguns copos, apanhado uma noite a desoras pela trupe do Xico Brito, que me
rapou o cabelo e servi doutores em repúblicas
tradicionais. Os meus colegas na Faculdade de Direito eram,
maioritariamente, rapazes e as raparigas, em geral muito discretas, salvo a
afamada loira da saia curta. Com exceção de alguns ativistas que se metiam em
política e da crise de 1969, a malta queria divertir-se o mais possível e estudar
q.b. Terminadas as aulas da manhã (inclusive ao sábado), era um corrupio rumo à
baixa ver as garotas e ao domingo assistir ao santo sacrifício da missa.
Tenho saudades de Coimbra? Claro, foram os melhores anos da
minha vida, mas também tenho o desgosto de hoje não haver estudantes e
futricas, só futricas. Era um tempo dos bailes em que se dançava no ACM, no
Ginásio do Liceu ou mesmo ao ar livre, ao som de um quarteto e de um trot, de
um swing ou de uma valsa, sempre agarradinho ao par, quanto mais quente melhor,
estudando-o anatomicamente para ver e sentir o que valia, se valia, sem
necessidade de conversa, pois quanto mais calado melhor.
Acabado o curso, fui Subdelegado do Procurador da República,
no Tribunal Cível do Porto (sem nada ganhar e tão só para efeitos curriculares)
e Delegado do Procurador da República nas Comarcas de Vila Franca do Campo,
Cinfães e Arraiolos. Enquanto diretor das respetivas cadeias comarcãs, cheguei
a ter afixada uma vez a bandeira branca (segundo a tradição significava que não
havia presos). Prestei serviço militar na Guiné, como Alf. Mil. e no
Quartel-General do CTIG/Serviço de Justiça, depois de terem tentado fazer-me
Capitão Miliciano, Comandante de Companhia. Em Bissau, comecei a exercer a
Advocacia, tendo sido advogado da Câmara Municipal, pelo que requeri a
exoneração do Ministério Público e a inscrição na Ordem dos Advogados. Desde 20
de abril de 1974, resido em Alcobaça, para onde vim trabalhar, como Advogado,
no escritório do meu sogro Dr. Amílcar Pereira de Magalhães, nomeadamente para
algumas das principais empresas e instituições do Concelho. Leia-se aqui Professor Carlos Mota
Pinto.
Realizei
parcialmente meu sonho, embora não no Porto, mas em Alcobaça, a partir de 1974.
A Magistratura não era efetivamente o meu instinto.
Como Advogado abri as portas de muitos Tribunais no País, mas a excitação,
jamais se finou. O desafio como Advogado era sempre novo, a luta intensa. A
surpresa estava presente. O julgamento era mais que a ruidosa excitação de um
combate, o palco onde as palavras são armas e a inteligência o principal
instrumento de defesa e ataque.
Desde
garoto, o meu sonho era ser jurista. Pergunto-me porquê?
Talvez
por o meu Pai ser Advogado. Mas, verdade seja dita, os Pais nunca interferiram
na escolha profissional de qualquer um dos 8 filhos.
Casei em Alcobaça a 21 de fevereiro de 1970 com Ana Maria de
Magalhães, licenciada em Direito (natural de Alcobaça e filha de um reputado
advogado) com quem tenho 3 filhos, sendo uma residente na Figueira da Foz
(Raquel), outra no Porto (Paula) e outro em Lisboa (Miguel), sem que algum
tenha seguido as profissões dos pais. Não tenho dificuldade em me recordar das
namoradas, pois além da minha Aninhas só tive outra, aliás bonitinha, boa
rapariga, estilo fogo-de-vistas, que talvez tenha sido feliz com o Artur, o que
poderia não ter acontecido se se tivesse mantido comigo. Entendo que o amor no
casamento é um sentimento que deve inspirar toda a gente, sou religioso e
praticante q.b., apostólico romano se não tanto por convicção, pelo menos por
formação.
A viver em Alcobaça, embora nem sempre muito popular, fui
eleito para a Câmara Municipal, em lista do PPD, Substituto
Legal/Vice-Presidente CMA de 1976 a 1979, isto é, nas primeiras eleições depois
de 25 de abril (16 de dezembro de 1974), Presidente da Assembleia Municipal
(triénio de 1979 a 1982), Deputado à Assembleia da República (eleição a 5 de
outubro de 1980, pela AD) membro da AM e líder da respetiva bancada do PSD. Em
23 de janeiro de 2001 o Dr. Amílcar Coelho, Presidente da Assembleia Municipal
numa sessão realizada na Moita, fez uma homenagem a todos os anteriores
Presidentes da Assembleia Municipal, oferecendo-me uma bonita salva de prata
alusiva ao facto.
Embora não tendo tido grande intervenção na revisão constitucional
de 1982, foi com enorme emoção que votei a extinção do Conselho da Revolução. Posso pois dizer também que fui Deputado
Constituinte. Portugal aos poucos ia rumando para uma certa normalidade
democrática. O Conselho da Revolução, fora instituído
a 14 de março de 1975 pela Assembleia
do Movimento das Forças Armadas, visando atingir o mais rapidamente possível os objetivos
constantes do programa desse movimento e garantir a segurança, a confiança e a
tranquilidade que lhe permitissem continuar com determinação a reconstrução
nacional em direção ao socialismo. O CR foi extinto a 30 de setembro de 1982 pela primeira revisão constitucional que sofreu a Constituição
Portuguesa de 1976.
Nunca me dispus a seguir profissionalmente uma carreira
política, outrossim a advocacia, aliás como meu Pai e Sogro. Não concebo uma
sociedade onde não haja lugar importante para a política. O que faz um bom
político é ter profissão. A política não é, nem pode ser uma profissão. Em
primeiro lugar, está a vida profissional. A política é um ato de exercício de
cidadania que ocorre em determinados períodos da vida, pelo que não aceito a
eternização das pessoas nos lugares políticos.
Afastado da vida política, escrevo (publiquei vários livros)
colaboro em jornais, realizo palestras e conferências sobre temas históricos, e
participei num Congresso Internacional sobre Cister, com uma comunicação que
veio a ser publicada e apoiada pela Ordem dos Advogados. Fui fundador e autor
dos estatutos de algumas entidades do Concelho de Alcobaça e ainda fundador do
PSD (Leiria e Alcobaça).
Pratiquei ténis com algum afinco (campeão do Norte), bem como
bridge de competição. A minha Mãe, exímia pianista na sua
juventude tripeirana Avenida da Boavista, ainda quis que em garoto aprendesse
piano, aliás sem sucesso, pelo que em tempos de estudante universitário, tendo
gosto pela música, fiz parte do Orfeon
Académico de Coimbra (ainda com o maestro Raposo Marques, gravei um disco,
fiz filmagens para a RTP, uma emissora alemã e desloquei-me ao estrangeiro), e
já em Alcobaça, pai de 3 filhos, integrei o Coro
dos Antigos Orfeonistas de Coimbra, tendo como Maestro Joel Canhão e me
desloquei às Ilhas, Brasil, Macau, África do Sul, Europa, em representação de
Portugal e gravei 2 CD.
O Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados, por
deliberação de 14 de outubro de 2011, concedeu-me o galardão de medalha comemorativa dos 35 anos pelo exercício da
Advocacia.
Hoje em dia, reparto-me entre o escritório profissional, a
escrita e as casas de Alcobaça e Montes, esta que muito aprecio, vivência que me permitiu com o tempo
distinguir a pera de uma maçã.
Defendo que, numa sociedade democrática, uma justiça pronta e
equilibrada constitui um pilar fundamental e que a apreciação da culpa, fora de tribunal, é questão que
reputo relativamente despicienda e não me toma muito tempo.
Sou
autor, entre o mais, de No Tempo de D.
Pedro, D. Inês e Outros. Histórias e Lendas que o tempo não apagou (4 edições esgotadas), No Tempo de Mata Frades, Visconde de Seabra
e Outros. A Guerra Civil, O Saque do Mosteiro e o Furto dos Códices
Alcobacenses (edição apoiada pela Ordem dos Advogados e que se encontra
esgotada), No Tempo de Reis, Republicanos
& Outros. A I República em Portugal e Alcobaça, No Tempo de Salazar,
Caetano e Outros. Portugal e Alcobaça (edição esgotada), No Tempo de Soares, Cunhal e Outros. O PREC também passou por Alcobaça,
Alcobaça de Ontem, Hoje e Sempre e Levante-se o Reu.
Considero-me
um escritor local, sem que isso signifique capitis
diminutio, com vontade de produzir algo que possa valer a pena para ajudar
Alcobaça a não deixar no desconhecimento da herança que os antepassados
próximos lhe legaram. Utilizo fontes primárias, inéditas ou de forma inovadora,
documentos, manuscritos, lembranças, testemunhos, fotografias, enfim o que seja
possível para tentar reconstituir, recordar o passado. Não sendo um teorizador
da História, de modo algum me tento sentar num Olimpo (com direito de admissão
reservado), não sou um estudioso das grandes temáticas, da longa duração ou das
dinâmicas socioeconómicas, mas um alcobacense (por adoção) descobridor de um
detalhe, criador de pinceladas, que se forem olhadas sem desdém, podem criar um
quadro de mérito aceitável. No fundo, uma história de migalhas em que o
acontecimento, a anedota ou o episódio menosprezados pelos grandes
historiadores, recuperam importância e dão sentido às estruturas que os
enquadram e a eles conduziram.
Poderia
resumir História, à mais básica definição, o estudo do Homem no tempo,
apresentado no meu caso, se possível em estilo coloquial, onde se reconheça uma
argamassa de afetos não lamechas, e que não sei prescindir, consciência que
nada tem a ver com modéstia.
Não,
obviamente nada tenho contra os grandes prazeres da vida, mas os pequenos, os
mais simples, têm algo bastante especial. Eles não impõem muito planeamento e
preparação, às vezes surgem inesperadamente e elevam o meu nível de felicidade,
bem alto. São simples, mas valiosos. O curioso é que, apesar de me afetarem de
forma positiva, muitas vezes mal percebo que eles estão ali e ao lado. A
verdade é que nem sempre presto muita atenção ao momento em que eles acontecem,
por não terem como seria expectável o gosto de realização de um grande feito ou
da conquista de algo pelo qual lutei. Mas realizações e conquistas não
acontecem todos os dias, muito menos agora e é graças às pequenas coisas boas
que me posso sentir bem, sem me tornar dependente de uma grandiosidade
constante. Encontro alegria, felicidade e prazer no simples.
Se
conseguisse parar para apreciar isso com mais frequência, sentiria seguramente
ainda mais gratidão, bem-estar, encantamento, bom humor e presença na vida,
sentimentos e sensações decisivas para a felicidade.
Fleming de Oliveira, Miguel Pereira de Magalhães, nasceu no Porto a 2 de setembro de
1973, como seu Pai, as duas irmãs mais velhas (Raquel e Paula), a sobrinha e
afilhada (Teresinha), bem como o Diogo, o seu primogénito.
Tal
como as irmãs, veio ao mundo alguns dias antes do inicialmente previsto, pelo
que o pai Fernando, que se encontrava a prestar serviço militar na Guiné,
apenas o conheceu, já se encontrava ele registado e era menino de 15 dias. Numa
altura em que só se sabia se era menino ou menina aquando do nascimento, o nome
Miguel foi imediatamente assumido e sem mais conversa pela mãe Ana Maria, pois
que quando os pais se casaram, tendo viver para S. Miguel, Miguel seria o nome
do primeiro rebento se rapaz fosse, o que não foi o caso.
Em
criança, por volta dos 3 anos frequentou o Jardim-Escola João de Deus (a
diretora era a D. Judite), sendo que aí já estavam as irmãs, como também
acontecera com a mãe, muitos anos antes.
Foi
desde tenra idade membro do Agrupamento local de Escuteiros, e aí começou como
lobito (tendo como Chefe o futuro Bispo Traquina), fez acampamentos e
prosseguiu com diligência, os estudos.
Quando
em 1988 se inaugurou a Escola Secundária D. Pedro I, foi com 15 anos e na
frequência do seu 10º. ano de escolaridade eleito, primeiro Presidente da
Associação de Estudantes, numa lista que venceu com certa facilidade, teve
alguns patrocínios e cumpriu um mandato.
Pretendendo
prosseguir estudos universitários, cursou
Gestão desde 1991 até 1996 na Universidade Lusíada de Lisboa com bom
aproveitamento, tendo na frequência da disciplina de Gestão Financeira e
Previsional do 4º ano, ganho em 1995 um prémio de 500.000$00, correspondente a
um estudo apresentado sobre a empresa agro-industrial Nacional e lhe sido
atribuído um estágio profissional na mesma empresa, o qual não chegou
a usufruir.
Iniciou
a carreira profissional em 1997 no setor bancário, no extinto Banco Nacional de Crédito Imobiliário.
Após cursar em 1999 uma pós-graduação na área dos Mercados Financeiros,
prosseguiu a carreira na área da intermediação de activos financeiros, tendo
trabalhado desde 1999 até 2013 em diferentes instituições financeiras de
corretagem. Derivou de seguida o foco da atividade profissional para a área do business development e aproveitando as
suas competências de Gestão, veio a fundar há poucos anos em Alcobaça a empresa
Portugalfruits Lda. que se dedica à
comercialização de frutas portuguesas para exigentes mercados de exportação
(U.E., Médio-Oriente, Rússia, Norte de África, América Latina). A empresa que
gere, é um proeminente interveniente do concelho e do país neste setor da
economia, continuando a crescer ao longo dos anos no que diz respeito a volumes
comercializados e penetração em novos mercados.
-Não
esconde de forma desprendida os seus gostos clubísticos. É um portista
assumido, embora não frequente usualmente o Dragão, tendo vibrado com a sua
presença as vitórias europeias do FCP em Sevilha (Taça UEFA), Gelsenkirchen
(Liga dos Campeões) e Dublin Ttaça UEFA). Tem um livro de Pinto da Costa
devidamente autografado.
-Nas
suas afinidades políticas, apesar de uma efémera militância na JSD local
nos tempos de juventude, não tem
presentemente qualquer filiação partidária, no entanto assume-se de forma livre
como próximo dos ideais liberais e de direita.
É
apreciador e praticante de vários desportos, reconhecendo-se de si um gosto
especial pela prática de ténis, ainda que não de forma frequente.
-Cultiva
relações sociais em diferentes plataformas de networking internacional e assumiu nos últimos anos posições de
destaque nas comunidades de Lisboa do Toastmasters
e Internations.
Além
do Diogo Miguel, tem outro rapaz, o Francisco, o mais jovem representante Fleming de Oliveira (com o irmão é a 5ª. geração[PF1] [U2] FO). Vive na zona de Lisboa, mas vem
com frequência a Alcobaça trabalhar e estar com a família.
O
Miguel gosta de se assumir como um membro da sua familia Fleming, ao qual não será alheio o seu bom inglês e alguma fleuma.
Fleming de Oliveira, Paula Alexandra de Magalhães, nasceu no Porto em 26 de fevereiro de 1972, tal como o seu Pai e irmãos (Raquel e
Miguel) bem como os seus sobrinhos (Teresa e Diogo).
Estudou em Alcobaça, com bom aproveitamento.
Foi Escuteira, participou em jornadas e acampamentos, e praticou dança.
Teve um programa na Rádio Frequência Musical de Alcobaça, que se veio a
fundir com a Rádio Cister.
Licenciada em Eng. Publicitária pela Universidade Fernando Pessoa - Porto
em 1995, foi Presidente da Associação de Estudantes desta mesma instituição
durante 3 anos.
Efetuou pós graduação em Marketing de Serviços, pelo IPAM, em 1997 e em
Marketing e Direção Comercial no IESF em 2007, e encontra-se atualmente
concluir o Mestrado em Gestão de Empresas na Atlântico Business School, onde é
em simultâneo Assistente da Cadeira de Casos de Estratégia Empresarial
Durante 11 anos foi Gestora de Marketing de diversas empresas nas áreas da
Televisão por Cabo e Comércio eletrónico, das quais salienta a TVCabo Portugal,
SA, o Shoppingdirect, SA (do Grupo BCP Atlântico) e a TVTEL, SGPS.
Desde 2006, dedica-se à consultoria e formação na área da gestão e
marketing em diferentes Associações, como a ADEACE - Associação para
Desenvolvimento de Estudos Aplicados em Ciências Empresariais; AEPAREDES –
Associação Empresarial de Paredes; IAFE- Instituto da Empresa; FENACERCI –
Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social; ANJE – Associação
Nacional de Jovens Empresários e IDIT – Instituto de Desenvolvimento e Inovação
Tecnológica da Universidade do Porto.
É também consultora de marketing digital em algumas empresas privadas,
embora recentemente se dedique a uma nova aposta profissional dedicada ao
Turismo Rural no Rio Douro (Paços de Gaiolo/Marco de Canavezes).
O Cake Design é o seu hobby preferido, aliás, é a mestre-pasteleira da Família.
Aprecia os dias agitados da vida na cidade, compensados pelo sossego dos
fins-de-semana na companhia da família.
-Teve umas intervenção muito
relevante e especial na preparação deste Dicionáriode Personalidades.
Fonseca,
Afonso da Silva,
eletricista, rádio
amador, teve uma fábrica de produção e venda de jaulas para coelhos, fundou com
amigos a Rádio Benedita em 11 de
fevereiro de 1985, assumindo mais tarde a posição de sócio maioritário com a
família e gerente, e da qual nunca tirou rendimentos, outrossim nela investindo
o seu dinheiro.
Fez
animação e iluminação em festas, sejam elas de associações e com comissões de
festas e foi proprietário de um estabelecimento comercial de venda de
eletrodomésticos.
Nasceu
a 3 de agosto de 1932 na Benedita, onde vivia e faleceu a 14 de janeiro de
2008, vítima de um acidente de trabalho numa oficina em Casal de Vale de Ventos,
quando operava uma máquina de dobrar chapa que se virou e lhe provocou a morte
imediata.
-Em 6
de fevereiro de 1986, foi constituída a Cooperativa
Radiofónica Local, CRL, com sede na Benedita e cuja frequência inicial era
de 88 Mhz e a potência de 27 dBW. Foram fundadores Afonso da Silva Fonseca,
José Luís Machado, João Luís Pereira Maurício, Manuel Fialho Ferreira, António
Guerra Figueiredo, Adelino Honório da Silva, Amarino Marques Ferreira, Manuel
Correia Rodrigues, Armindo Lucas da Silva e José Paciência Machado. Teve a sua
primeira emissão oficial a 29 de outubro de 1989, já que anteriormente efetuava
emissões piratas. Realizada nova
escritura em 8 de abril de 1996, passou a designar-se Rádio Benedita FM com alteração na percentagem das quotas, sendo a
maior a de Afonso da Silva Fonseca, correspondente a um pouco mais de um quarto
do capital social.
A
área abrangente das emissões da Benedita FM vai de Torres Vedras à Figueira da
Foz e ocupa uma grande parte do Ribatejo.
Fonseca,
Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da, mais conhecida como Alice Vieira, nasceu em Lisboa
a 20 de março de 1943.
Esteve presente na edição de 2016 do festival de cinema e
literatura Books&Movies.
Alice
Vieira é umas das maiores escritoras portuguesas em atividade. Ao longo da sua
carreira que se estende ao longo de quase 40 anos e mais de uma centena de
obras publicadas individualmente ou em coautoria, marcou diversas gerações de
leitores infanto-juvenis e adultos. Licenciou-se em Filologia Germânica pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa mas desde cedo que se dedicou ao
jornalismo. Trabalhou no Diário de Lisboa, Diário Popular e Diário de Notícias
e em vários programas de televisão para crianças.
A sua
obra está traduzida em alemão, búlgaro, castelhano, galego, catalão, francês,
húngaro, holandês, russo, italiano, chinês, servo-croata e coreano. Foi também
distinguida com vários prémios literários, com destaque para o Grande Prémio Gulbenkian.
Fonseca,
Sandra Narciso, nasceu a 16 de abril de 1983 em
Alcobaça no seio de uma família da Benedita, onde frequentou o Ensino Primário,
vindo a ingressar no ECB até ao 9º. ano. É filha de Afonso Fonseca.
Em
2003 começou a trabalhar na Rádio Benedita FM, na qual em 1997 já havia feito o
primeiro programa. A Rádio Benedita foi fundada pelo pai e mais uns quantos
amigos carolas. Por morte do pai,
Afonso Fonseca, ocorrida em 14 de janeiro de 2008, veio a adquirir uma posição
de sócia gerente. A rádio tem sido desde o seu primeiro programa a sua paixão e
recorda-se de a frequentar ainda ao colo
do pai.
Fez
parte, como suplente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de
Radiodifusão.
Dedica-se
com muito interesse à hidroginástica, de acordo com o princípio mens sana in corpore sano.
Vive
do trabalho na Rádio Benedita e tem como interesses, para além da rádio e da
hidroginástica, o filho Afonso, que nasceu em outubro de 2015, que considera a
maior benesse que recebeu.
-O
Centro Cultural Gonçalves Sapinho foi palco, no dia 7 de Junho de 2008, da Gala
Rádio Benedita FM/ Millennium BCP.
Associações,
Coletividades, Instituições, Comércio, Indústria, Desporto, Cultura e
Personalidades receberam troféus Impacto/08. A distinção conferida não é por
algum ato em especial mas, por uma vida em favor dos outros e uma dedicação à
vila da Benedita. Este espetáculo/cerimónia, contou com atuações do Club
Millennium BCP Lisboa, Grupo Mil Fados, Grupo Mil Cantos e Grupo Etnográfico
Mil Raízes.
-No
ano em que se comemoraram 25 anos de emissão, a Rádio Benedita FM, distinguiu
entidades e personalidades da região, na II Gala Rádio Benedita FM.
Na
iniciativa que decorreu na tarde dia 19 de Junho de 2010, no Centro Cultural
Gonçalves Sapinho, foram entregues os troféus Impacto/10 a associações,
instituições, empresas e personalidades, que mais se destacaram na vida da
freguesia da Benedita e arredores, nos últimos anos.
Foram
12 homenageados com os troféus Impacto/10, a Associação Sorriso Amigo, o
ex-comandante dos Bombeiros Voluntários da Benedita (Fernando Fialho), a
Mercearia Ferreira, a Padaria Jomafel, Ivo Cutelarias, José Diogo Ribeiro
Tóbio( ex-presidente da Junta de Freguesia de Turquel), o Hóquei Clube de
Turquel, o dançarino Fábio Santos (revelação), o Padre Francisco Cosme, Avelino
Jacinto, (antigo presidente da Junta de Freguesia da Benedita) e Gonçalves
Sapinho (ex-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça).
A
cerimónia serviu também para prestar homenagem a Rui Paulino, colaborador desta
estação emissora durante vários anos, falecido em 2009, através do visionamento
de um vídeo, no que foi um momento de emoção, por parte da família e presentes.
Também
foi lembrado Afonso Fonseca, gerente e impulsionador da Rádio Benedita FM falecido
em Janeiro de 2008, num trágico acidente, tendo o momento sido aplaudido de pé.
A
entrega dos galardões esteve a cargo de Maria José Filipe, Presidente da Junta
de Freguesia da Benedita e Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça,
entre outros.
A
animação da II Gala Rádio Benedita FM foi assegurada pelas atuações de Palex, de José António, do Duo Diana
e João Russo. A c ondução do evento
coube a Sílvia Ferreira e Alberto Vieira, que transmitiram boa disposição e revelaram
profissionalismo.
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