NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Ferro, Carlos Manuel Pilkington, nasceu a 23 de março de 1956, em S. Jorge de Arroios/Lisboa, no seio de uma família tradicional e muito conhecida em Alcobaça.
Licenciado
em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa, fez Pós-graduação em
Reabilitação de Centros Urbanos, Curso de Planeamento Estratégico/Maxmam
Institute, Curso de Arte Moderna/IADE e Curso de Serigrafia/IADE Entre 1979 e 1986, foi Professor do
Ensino Básico e Secundário, e em 1986 tomou posse como Coordenador do Gabinete
Técnico Local da Câmara Municipal de Alcobaça, em 1995 como Chefe da Divisão de
Estudos e Defesa do Património Cultural e em 2002 passou a acumular o
supervisionamento da Divisão da Divisão das Obras Particulares. No ano de 2004,
tomou posse como Diretor do Departamento do Ordenamento e Gestão Urbana. Ainda
em 1988, fez assessoria técnica ao Hospital de Alcobaça. Integrou a ADEPA e esteve na génese da Associação dos Municípios
de Cister. Promoveu o Município de
Alcobaça à Associação dos Municípios com Centro Histórico, bem como a
classificação de vários edifícios do Concelho, o primeiro concurso de
arquitetura no concelho Eugénio dos
Santos. Participou na organização de exposições como IX Centenário do
Nascimento de S. Bernardo, 1º. Centenário do Prof. Joaquim Vieira Natividade,
Simpósio Internacional de Cerâmica de Alcobaça, e Memórias/ADEPA. É autor de publicações em revistas da
especialidade, jornais, e simpósios, e em parceria com a Comissão de Heráldica
de alguns brasões das Freguesias do Concelho de Alcobaça, bem como do primeiro
estudo cartográfico sobre as Cercas do Mosteiro. No âmbito de obras Municipais destacam-se a sua intervenção no
PROCOM-Alcobaça, Praça da República, Reabilitação da Escola Adães Bermudes,
estudo que deu origem ao passeio público à Beira-Rio e a intervenção na
Reabilitação do Cineteatro de Alcobaça.
No
âmbito de planos de ordenamento, entre vários planos de pormenor, interveio na
coordenação do PP Alteração ao Plano da Cova da Onça, PP do Golf em S. Martinho
do Porto, Área de Localização Empresarial de S. Martinho do Porto. Coordenou a
delimitação de Centros Históricos do Concelho, como S. Martinho do Porto e
Aljubarrota e em 2015 a Revisão do Plano Diretor do Município de Alcobaça.
Nos
tempos disponíveis, diz que gosta de
pintar a óleo, tendo exposto uma vez numa coletiva de artistas de Alcobaça.
-Reclama-se
simpatizante do Sporting.
Ferro,
Manuel Neves, filho de João José Ferro (médico conceituado em Alcobaça)
e de Elsa Barreto (Neves Ferro), nasceu em Alcobaça, a 4 de janeiro de 1926.
Fez o
curso geral do Liceu em Braga, após o que ingressou no Instituto Superior
Técnico/Lisboa, para cursar Engenharia de Minas, tendo estagiado nas Minas da
Panasqueira. Em 1951, após ali terminar o estágio, recebeu proposta de Beralt
Tin & Wolfran, Limited, que aceitou, aí permanecendo até 1955.
Entre
1955 e 1956, trabalhou na Junta de Energia Nuclear, na área de prospeção de
urânio, transitando para as Minas da Borralha. Posteriormente, regressou às
Minas da Panasqueira, onde ficou até 1962, quando recebeu convite da
Administração da Crisal, que aceitou.
A 1
de janeiro de 1963, ingressou nos quadros desta empresa, sendo pouco depois
nomeado Diretor da Fábrica, tendo introduzido inúmeras e proveitosas alterações
no processo de fabrico do vidro.
Em
1972, acompanhou em parceria com Jorge Ferreira, a construção do primeiro forno
contínuo em Portugal, para fabricação de cristal de chumbo.
Tendo
estudado criteriosamente as técnicas de fusão do cristal que se ia produzir
pela primeira vez em Portugal, encontrou a respetiva fórmula o que deu azo ao cristal de alta qualidade da
Crisal.
Foi
várias vezes solicitado a prestar apoio técnico a fábricas portuguesas e
estrangeiras, mas continuou sempre na Crisal, onde foi aplicando os seus
conhecimentos apurados ao longo dos anos.
Em
novo jogou ténis, o que muito apreciava, tal como o bridge.
Pessoa
calma e ponderada, no futebol pendia para o Sporting, tal como acontece com o
filho.
-Faleceu
em 1982 e era pai do anterior referenciado.
Fialho
de Matos, Maria Lurdes Ascenso,
nasceu a 30 de
novembro de 1944 em Coz, onde fez a Instrução Primária.
Em
Luanda, para onde foi em 1970 completou, o antigamente chamado, 5º. ano do
liceu e ao mesmo tempo passou a trabalhar na Direção Geral do Tesouro de
Angola. Com o 25 de abril, em outubro de 1974, regressou a Portugal e a
Alcobaça, onde os 2 filhos já se encontravam. Em Alcobaça foi trabalhar, em
novembro de 1974, para o escritório do advogado Manuel Almeida, sito na Praça
25 de Abril. No princípio do ano seguinte, desafiaram-na a estagiar no Tribunal
de Alcobaça, o que aceitou fazer, prescindindo de remuneração. Cerca de um ou
dois meses depois, sob proposta do Juiz Madeira Bárbara, ingressou no quadro de
pessoal como escriturária e assim, foi subindo na carreira até Escrivã de
Direito. Posteriormente, frequentou a Escola de Oficiais de Justiça. em
Setúbal, para ter acesso ao topo da carreira, isto é, Secretária de Justiça,
função que passou a exercer a partir de 1994. Note-se que até 1974, as mulheres
estavam impedidas de trabalhar em tribunal, tanto como funcionárias, como
magistradas. Lurdes Matos foi a primeira mulher a trabalhar num tribunal português
e a primeira a chegar a Secretária Judicial.
Aposentou-se
em 2007, passando a dedicar-se ao voluntariado e a frequentar a Universidade
Sénior de Alcobaça em ambos os casos para
se valorizar cultural e socialmente.
Fez a
instrução primária como adulto, na Maiorga. A sua atividade profissional foi a
agricultura por conta própria, pois era dono de boas propriedades, adquiridas
por herança familiar. Sempre teve com os seus trabalhadores, uma excelente
relação pessoal, aceitando naturalmente sentá-los à mesa com a sua família.
Foi
Presidente da Freguesia de Coz, sucedendo ao sogro Manuel Ribeira de Barros,
combatente na I Guerra, na Flandres. Manuel Ribeiro de Barros tem uma rua com o
seu nome e este consta também da placa que existe na fachada do Mosteiro de
Coz, com o nome dos militares da freguesia que combateram na Guerra.
Figueiredo,
António Aniceto de, nasceu a 10 de
novembro de 1950, na Maiorga, aí estudando até à 4ª. Classe, prosseguindo
depois na Escola Técnica de Alcobaça, na variante Ciências, que interrompeu.
Mais
tarde, voltou à ETA para concluir o 12º. Ano de Eletrotecnia, ficando
habilitado a inscrever-se na Direção Geral de Energia, como Técnico Responsável
para Projeção, Execução e Exploração de Instalações Elétricas.
No
início da atividade profissional em 1963, e numa breve passagem, auxiliou o Pai
na sua marcenaria. Nesse ano, começou a trabalhar como vidreiro, mantendo-se na
Crisal por 20 Anos. Durante esse período, exerceu funções sindicalistas, na UGT
e na Comissão de Trabalhadores, da empresa. No início da década de 1980,
estabeleceu-se por conta própria, na Formação (Eletrotecnia). Sendo a mesma a
de maior relevância a nível profissional, foi a com que findou a atividade
profissional. Durante os 35 anos como eletrotécnico, foi responsável por Obras
Públicas e Privadas.
No
cumprimento do serviço militar esteve mobilizado em Angola, na 33ª. Companhia
de Comandos.
Diz
que antes do 25 de abril, já sentia
motivação cívico-participativa por alguns movimentos políticos antifascistas. Após
passagens breves por alguns destes em 1974, filiou-se no PS, na recém-criada
Secção de Alcobaça, onde é militante. Durante este percurso, assumiu vários
cargos e responsabilidades dentro da Concelhia e Distrital do Partido, como
Presidente da Comissão Política Concelhia. Na sua sequência desta, representou
o PS como Deputado Municipal na Assembleia Municipal e como Membro da
Assembleia de Freguesia de Alcobaça.
Reclama-se
ser, no exercício da atividade partidária e de forma contínua, um dos mais
antigos militantes do PS em Alcobaça e a nível nacional, em funções.
Paralelamente
às atividades políticas e num âmbito sociocultural, foi cofundador/dirigente da
Cooperativa de Habitação Económica de Alcobaça, membro/tenor da Orquestra
Típica e Coral de Alcobaça e elemento da sua Comissão de Refundação, em 2000.
Além
da atividade política e social, tem como interesses lúdico-culturais a
Filatelia, a Cartofilia e a Numismática, sendo possuidor de um vasto acervo de
peças relativas a Alcobaça, de onde se destacam jornais e cerâmica.
Define-se
como um cidadão comum, de interesses
municipais e defensor da preservação do Património Cultural e Arquitetónico de
Alcobaça.
Figueiredo, António
Jorge Ferreira, nasceu a 5 de maio de
1970, perto da vila de Moulins, onde, trinta anos antes, o jugo nazi fez passar a linha de demarcação entre a França ocupada e a
dita França livre de Vichy.
Filho da emigração da década de 1960, sente-se profundamente identificado com os ideais da Revolução Francesa
e com a cultura desse país.
Em 1978, regressou com a família a Portugal. Atualmente,
reside em Porto de Mós, com a sua
companheira dos últimos dezanove anos e os dois filhos.
A paixão pelo conhecimento do Passado e do Homem levou-o,
desde cedo, para o mundo da arqueologia, área na qual é licenciado, desde 1993,
e mestre, desde 1999, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Especializou-se em museologia, na Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, e, de novo no Porto, iniciou um Doutoramento subordinado às temáticas
dos museus locais.
A sua vida profissional centrou-se nessas duas áreas de
formação, tendo sido diretor de cerca de meia centena de intervenções
arqueológicas e de programas museológicos, sobre os quais tem publicado os
resultados em revistas científicas e de divulgação, contando já com dezenas de
títulos no curriculum. Tem lutado pelo conhecimento e pela valorização do
património cultural, com particular ênfase em Porto de Mós e Alcobaça, onde
exerceu e exerce a maior parte da atividade. Nas duas últimas décadas,
contribuiu com intervenções, publicações e eventos, para valorizar a
arqueologia e o património edificado da Alta Estremadura. Em Alcobaça, nutre
especial carinho pelo conjunto monástico de Coz, que considera ser um dos
tesouros esquecidos do concelho. A defesa do Sistema Hidráulico Cisterciense e
o mapeamento dos sítios arqueológicos do território, têm sido outras
prioridades.
Também
desenvolveu e desenvolve atividade docente, tendo lecionado História e Língua Portuguesa, entre 1994 e
2000, data após a qual ingressou no Município de Alcobaça, onde desempenha
funções de arqueólogo e outras relacionadas com o património classificado. O
contacto com a comunidade escolar, seja qual for o contexto académico ou
etário, é-lhe essencial. Estabelecer
pontes culturais é um dos seus principais investimentos. Talvez por isso, tenta
apoiar, técnica e cientificamente, profissionais em início de carreira.
A história e o objeto histórico são, para ele, veículos de compreensão das comunidades que
permitem relocalizar geográfica, simbólica e afetivamente o homem comum e
entende que contribuem para a desconstrução do mito dos homens providenciais,
sejam eles de natureza política ou religiosa.
Entrega-se, tanto
quanto pode, à vida associativa, como forma de concretizar objetivos coletivos. Foi membro fundador
da Tuna da Faculdade de Letras do Porto,
a Cuca, e, desde os primeiros tempos,
faz parte da Oikos, de Leiria.
Pertence à Associação Profissional de
Arqueólogos e ao Grupo de Amigos do
Museu Nacional de Arqueologia e é cooperante da Cooperativa de Informação e
Cultura de Porto de Mós.
Participa em associações de pais e tem predileção por estruturas informais que promovam a preservação da
memória, enquanto caminho de construção da autoestima e da identidade da
comunidade.
Figueiredo, segundo refere, dá mais importância aos princípios do que a escalas dúbias de valores.
A lealdade às causas diz-lhe mais que a fidelidade a projetos pessoais de
poder, posição que reconhece ter-lhe causado bastantes dissabores pessoais e
profissionais.
Para
este homem, a família define-se pelos
afetos que, por acaso, poderão coincidir com os laços de sangue. Vê,
no seu país, uma pátria, embora seja vincadamente regionalista e
internacionalista. Tem o Homem por bandeira, a liberdade por divisa e a
felicidade por objetivo. Sem utopia por horizonte, não considera possível o
desenvolvimento humano. Confessa ter
uma amante que nunca conhecerá: a
autoconsciência do indivíduo capaz de se afirmar integralmente e de assumir,
sem imposições ou pretensões, o papel que melhor lhe cabe na sociedade. Alguns,
chamam-lhe anarquia.
Sente-se em casa, em todo o lugar onde esteja bem, sem constrangimento de credos, língua ou dieta
alimentar.
Mas é seletivo no vinho.
Paris é a cidade que nunca me desilude. Gosta da atmosfera cénica das grandes
catedrais, mas confessa que a forma como
sente Deus se aproxima mais da de Alberto Caeiro. Assume-se mediterrânico e
é neste contexto civilizacional que encontra as suas referências e o mais forte
legado cultural da humanidade. Reconhece a sua inesgotável paixão pelo
belo das palavras, das formas, das texturas, das musicalidades, dos sabores e
dos aromas. Talvez por isso a fotografia seja uma das suas paixões, Pessoa, Eça
e Zola alguns dos seus escritores e tenha a moldagem de materiais aos espaços e
aos corpos como gostos que a falta de tempo e de oportunidade não o deixam
desenvolver. E, depois, a escrita. Assume viver na angústia de não ter tempo
para escrever a biblioteca que lhe atormenta o espírito. Mas
consegue manter uma crónica no
jornal O Portomosense.
Não
aprecio lugares comuns, pois fascina-me viver e gerar o improvável, mas não
abdico da estabilidade interior.
Aprecia
noites infindas de conversa, mas precisa visceralmente da sua solidão, onde
serena quão barco em porto de abrigo.
Se, para além da sua atividade profissional,
lhe pedissem para mencionar o seu maior contributo, diria que será o de ter algum jeito para reunir vontades. Se lhe perguntassem que
novos contributos pensa poder dar, diria apenas veremos… a vida é uma revolução contínua.
Após
instrução primária, na Escola da Benedita com exame da 4ª. Classe em Alcobaça,
ingressou no Seminário de Santarém e depois no Seminário de Almada, tendo
abandonado este em 1956. Cumpriu serviço militar como radiotelegrafista e
concorreu ao lugar de Oficial de Diligências no Tribunal de Viana do Castelo.
Fez o Curso de Direito em Coimbra, como aluno voluntário (com dispensa de
aulas), que concluiu em 1977. Após o estágio para Advocacia, iniciou atividade
em Viana do Castelo, a qual se prolongou por cerca de 22 anos. Em 2000 o
Governo abriu concurso para Licenciados em Direito com mais de 5 anos de
prática que quisessem concorrer para lugar de Juiz Temporário. Foi admitido e
colocado em finais de setembro de 2001 no Tribunal de Beja, em abril de 2002 no
Tribunal do Cartaxo e em setembro seguinte no Tribunal de Almeirim. Após ter
frequentado Centro de Estudos Judiciários, ingressou na Magistratura regular e
em 2005 foi nomeado Juiz no Tribunal de Execução de Penas, de Évora, sendo
transferido no mesmo ano para Vieira do Minho.
-No
início da década de 1970, pertenceu à direção do Sport Clube Vianense e desde
1985 é presidente do Clube de Caçadores de Viana do Castelo.
Figueiredo,
Maria da Luz Gonçalves Caneiro,
nasceu a 12 de maio de
1955, em Eira Pedrinha/Condeixa-a-Nova, filha de Armando Caneiro, antigo Tesoureiro da Fazenda Pública de Alcobaça,
pessoa respeitada e muito ligada ao Regime.
Devido
à vida profissional dos pais, viveu os primeiros anos na Vidigueira, depois em
Pombal, e a partir de dezembro de 1964 e até hoje em Alcobaça.
Frequentou
várias escolas pelo País até à 3ª. Classe, a Escola Primária de Alcobaça na 4ª.
classe, aonde teve como Professora Dª. Irene Alice Pedro, posteriormente o
Externato Alcobacense o Colégio de Porto de Mós, tendo concluído o ensino
secundário na Escola Secundária de Alcobaça.
Em
1974, ingressou no Instituto Superior de Serviço Social, em Lisboa, tendo aí
concluído em 1978 a formação como Assistente Social.
Em
novembro de 1978, iniciou a vida profissional, como Diretora Técnica no Centro
de Assistência Paroquial de Pataias, que iniciava atividade e cujas respostas
sociais eram vocacionadas para a infância.
Em
1979 casou-se com um Alcobacense, e dessa união nasceram 2 filhos rapazes.
No
ano de 1981, foi convidada pelo Centro de Bem Estar Social da Maiorga, que iria
iniciar atividades na área social em instalações construídas para o efeito,
para exercer funções de Diretora Técnica na área da Infância. Aí colaborou na
preparação dos meios e recursos para a sua abertura e posteriormente em 1989 no
lançamento da resposta social do Apoio Domiciliário, sendo a 2ª. Instituição do
Distrito de Leiria a dispor deste serviço de apoio à população idosa.
No
CBES da Maiorga, onde permaneceu 18 anos, teve a oportunidade de lidar com
várias gerações, partilhar experiências e adquirir competências profissionais e
humanas.
Em
setembro de 2000, abraçou novo desafio como Diretora Técnica da Santa Casa da
Misericórdia de Alcobaça, que iria abrir o novo Lar de Idosos, que iniciou a
atividade em janeiro de 2001.
Aqui
colaborou na abertura do Lar, que acolheu grandes dependentes e alguns utentes
do antigo Lar Residencial de Alcobaça.
Posteriormente,
iniciou a Resposta Social de Apoio Domiciliário 5 dias, 7 dias e serviço
alargado das 8 às 24H00.
Para
além destas, tem sobre a sua responsabilidade a Cantina Social, Banco Alimentar e o Rendimento Social de Inserção.
Faz a
ponte entre diversos organismos, no sentido de poder apoiar outro tipo de
população para qual se detetam necessidades de apoio.
Leia-se João Rosa Carreira.
-Dediquei-me ao Centro de alma e
coração, afirma Maria
da Luz, diretora desde a data do início de funcionamento do CBESMaiorga.
Formou-se
em serviço social, não me pergunte porquê,
e iniciou atividade no Centro Paroquial de Pataias, já ligada à infância.
Depois, por uma questão de estar mais
perto de casa, veio dirigir o Centro de Bem Estar da Maiorga. O filho mais
velho estreou a creche, com um mês e meio, antes
mesmo da idade regulamentar. Muitas crianças frequentam hoje a creche e o
jardim-de-infância do Centro da Maiorga, na sua maioria de Alcobaça. No início,
a solução que se encontrou foi comprar
uma carrinha para receber crianças das freguesias vizinhas, Coz e Alcobaça,
que não tinham equipamentos sociais em
número suficiente. As crianças deficientes, ou portadoras de diferença como prefere chamar-lhes, foram sempre
integradas com critério de prioridade.
As
mulheres são mais conflituosas mas têm
mais capacidade de adaptação às situações. E Maria da Luz Caneiro
Figueiredo vai mais longe quando afirma que, não há nenhuma mulher que não consiga fazer aquilo que um homem faz e
com mais qualidade. Tem razão?
Figueiredo,
Maria Teresa Lacerda de,
e marido António Rodrigues Ventura, foram proprietários e administradores da Casa da Padeira, em Aljubarrota.
Ele
formado em Filosofia, repartia o tempo entre a Escola e a administração da casa
de turismo de habitação. Ela, desde sempre ligada ao turismo, gosta de
trabalhar em casa e assume-se como um dos
pilares da família.
São
duas figuras bem conhecidas da população alcobacense. Enquanto residiam em
Aljubarrota, Maria Teresa passava os dias a administrar a casa de turismo e
António Ventura dividia o tempo a lecionar Filosofia e a ajudar a esposa.
Ao
fim de 17 anos, à frente da Casa da Padeira, Maria Teresa já se sentia cansada,
pelo que há uns anos ela e marido decidiram passar o negócio para um casal de
Lisboa.
Maria
Teresa, nasceu numa quinta em Leiria, ficou sem pai desde pequena, tendo vivido
com a mãe até aos 21 anos. Frequentou o Colégio Nossa Senhora de Fátima, em
Leiria e a felicidade sempre estampada no rosto fez com que as colegas a
chamassem de Maria Cantigas. Após viver e trabalharem Lisboa durante anos, foi
abrir o Posto de Turismo, de Fátima. Foi
lá que conheci o meu marido e casei. Gostei imenso de ter residio em Fátima.
Mesmo
depois de ter vivido em Lisboa, garante que a sua terra de adoção foi Alcobaça.
Sempre tive família em Alcobaça e gosto
muito da cidade, não obstante ter passado a minha infância em Leiria. A família
é o pilar da nossa vida e sem ela não se pode viver, diz Maria Teresa, para
quem a relação entre o marido e os filhos é de plena alegria.
É
casada com António Rodrigues Ventura, aqui referenciado infra.
Era
uma figura popular em Alcobaça.
JERO conta
que toda a gente o conhecia pelo Senhor
Diamantino. No verão vendia gelados. No outono e inverno vendia castanhas, em
frente ao Mosteiro de Alcobaça.
Filipe,
Maria José Diniz P. A. de Marquês, nasceu em
Monte Real/Leiria, a 15 de abril de 1958
Foi
viver para a Benedita aquando do seu casamento com António Filipe, das Rações Filipe, empresa de referência no
distrito de Leiria. Maria José colaborou com a Rádio Benedita, sempre apreciou
o associativismo, tendo sido dinamizadora do Rancho Folclórico do Bairro da
Figueira/ Benedita.
Fez
parte da Junta de Freguesia da Benedita como secretária durante 2 mandatos e
mais dois como Presidente.
Porém,
o Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria retirou o mandato à Presidente da
Junta de Freguesia da Benedita, Maria José Filipe. Em causa, esteve o crime de
desobediência qualificada por não ter sido dada resposta a diversas
notificações enviadas pelo Tribunal, desde 2011.
Maria
José Filipe não enviou o Relatório e Contas da Junta de Freguesia, entre 2006 e
2009 ao Tribunal de Contas, tendo o envio sido feito apenas em 2013. A falta de
entrega destes documentos levou à abertura de um processo por parte do
Tribunal Administrativo e outro do Ministério Público, este
último que a Presidente da Junta contestou e ganhou.
A
autarca que cumpria o seu segundo mandato, perdeu o mandato em Março de 2013 (o que escondeu), pois só poucos dias
antes, isto é a 4 de julho, deu conta da situação ao Presidente da Assembleia
de Freguesia da Benedita, Pedro Guerra através de carta, o que criou enorme
surpresa. A Assembleia de Freguesia indigitou, a nova presidente de Junta,
Maria de Lurdes Pedro (que passou a
exercer funções a partir de 9 de julho), nº 3 da lista do PSD, dado que o
nº 2, João Boita, renunciou ao mandato alegando motivos pessoais e profissionais.
A falta injustificada de remessa de documentos
solicitados pelo Tribunal de Contas relativos à prestação de contas e informações, referentes à gerência do ano de
2004, mereceram à então presidente da Junta de Freguesia da Benedita, Maria
José Filipe, eleita pelo PSD, a punição com uma sanção no valor de 1428 euros,
a acrescer dos emolumentos do processo, no valor de 214,20 euros. O acórdão,
datado de 2013 e publicado Diário da República depois de transitado em julgado,
refere que a responsabilidade financeira da infratora é pessoal, não podendo por isso serem usados dinheiros públicos no
pagamento das condenações.
A Assembleia de Freguesia elegeu também uma nova Mesa, em que
foi reconduzido Pedro Guerra.
-Desde
que abandonou a Junta de Freguesia nunca mais teve intervenção pública ou
política.
Fleming de Oliveira, O apelido Fleming, um pouco comum a famílias na Grã-Bretanha e Irlanda, bem
como nas antigas colónias britânicas é, também, o de uma das mais tradicionais
e poderosas famílias da Escócia do Norte.
Robert
Fleming, em finais do sec. XIII, era um dos homens fortes da Escócia, ao tempo
em que Robert The Bruce ocupava o respetivo trono.
Um
feito seu, e uma frase que proferiu, levou os descendentes a adotarem por lema
do seu brasão, LET THE DEED SHAW.
Esse
feito (de mérito muito discutível), conta-se em poucas palavras. Em 10 de
fevereiro de 1305, Robert The Bruce
acompanhado por alguns cavaleiros, entre os quais Robert Fleming, entrou de
rompante na igreja do Convento de Minoriti e apunhalou Sir John Comyn,
partidário de Edward I. Estando Sir John já prostrado sobre o lajedo, a
esvair-se em sangue, Robert Fleming precipitou-se sobre ele e decepou-lhe a
cabeça.
Contam
a História e os arquivos de Glasgow, que perguntando o Rei se Comyn estava
morto, Robert Fleming apresentou-lhe a cabeça da vítima, proferindo aquela
expressão que os seus descendentes viriam a adotar como lema.
Em
Portugal, o primeiro Fleming, foi
Alexander Miller Fleming, filho de George Fleming e de sua mulher Christiane
Miller, batizado a 8 de março de 1826 pelo Pároco de Glasgow (City), Condado de
Lanark.
Ignora-se
a data precisa em que veio para Portugal, fixar-se na cidade do Porto, onde já
existiam parentes seus. É de presumir que tenha vindo antes de 1850 pois que,
em 1855, foi batizado o único filho do seu casamento em primeiras núpcias, com
Júlia Amélia Rodrigues. Faleceu no Porto, a 22 de julho de 1870, com 47 anos, e
encontra-se sepultado no cemitério inglês, junto da British Church of St.
James.
Era
colaborador do seu tio materno Alexander Miller, no comércio de exportações para
Inglaterra (embora não propriamente no Vinho do Porto, como por vezes se
supõe).
O
apelido Fleming de Oliveira surge no
Porto, do casamento de Lícia Pereira de Vasconcelos Fleming, com Augusto
Johnston de Oliveira, celebrado catolicamente a 8 de novembro de 1916 (a 7 de novembro civilmente como decorria das
leis da República) Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, e vai na 5ª. Geração.
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