CAÇADOR EM TEMPO DE DEFESO
Fleming de Oliveira
Há
anos vivia em Chiqueda, um indivíduo violento que era temido pelos vizinhos e
tido por pessoa de mau carácter.
Gostava
de brigar, de beber (dizia-se que tinha mau vinho) e de caçar, o que neste caso
fazia sem critério, pois tudo o que lhe aparecia à frente poderia ser abatido,
mesmo em tempo de defeso. Um dia, em pleno mês de agosto, foi encontrado por
uma patrulha da GNR que, perante a manifesta infração às leis da caça, lhe
pediu a identificação.
O nosso homem apontou para o interior dos
canos da arma com os dois dedos da mão direita e respondeu, ao guarda com
sobranceria, que a sua licença ali se encontrava…
Perante
isto, o GNR nada mais acrescentou e, mandou-o seguir. Mas adiante, quando o
homem já se encontrava a um distância superior à da sua capacidade de tiro, o
GNR apontou-lha a respetiva arma (que atingia com eficácia uma distância de
mais de um quilómetro), mandou-o parar, pousar a arma e chegar até ele
devagarinho e, sem ondas. Então deteve-o
para o fazer apresentar e prestar contas em Tribunal.
Foi
condenado.
NOTA-cfr. o nosso, NO TEMPO DE
SALAZAR, CAETANO E OUTROS
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