quarta-feira, 30 de abril de 2014

Rosa Coutinho, “o Almirante Vermelho, mas de riso branco” e Sá Carneiro.

 

Rosa Coutinho, “o Almirante Vermelho, mas de riso branco” e Sá Carneiro.

Fleming de OLiveira



Num comício do PPD realizado em Aveiro, em setembro de 1975, Sá Carneiro afirmou que era preciso apurar a responsabilidade de Rosa Coutinho, “o Almirante Vermelho, mas de riso branco”, na libertação de 150 PIDES.
Numa resposta que remeteu ao “Diário de Lisboa”, Rosa Coutinho justificou a decisão, pela pouca importância político-profissional dos libertados  (motoristas, datilógrafos, escriturários, de culpabilidade reduzida, decisão essa ratificada em Decreto-Lei).
Rosa Coutinho terminava a carta-aberta, afirmando que o que Sá Carneiro disse é a “lucubração lírica de uma mente imaginosa e doentia”.
Dois dias depois, Sá Carneiro respondeu no Diário Popular com o título “O Almirante e o Aviário ou o Depenador Depenado”, de onde se destaca que “o sr. Almirante, na linguagem de aviário, foi buscar um provérbio popular do MPLA. É lá com eles. Mas é sintomático. Falar em plumagem, é que talvez não seja para o sr. Almirante de muito bom gosto”.

Pouco depois, num comício do PPD em Viseu, que correu em ordem, apesar da muita tensão, os presentes repetiram “Rosa Coutinho levas no focinho com toucinho e um copo de vinho”.



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