PIROTECNIA PARA UNS E OUTROS (Alcobaça no PREC).
Fleming de Oliveira
Para Basílio Martins, embora a Revolução de 25 de Abril
tenha uma das mais pacíficas da nossa história, (no sentido de menos
sangrentas), nem por isso deixou de haver “fogo
cruzado” entre os saudosistas do regime deposto e os partidários da
Democracia e da Liberdade reconquistadas.
Até nos atos comemorativos.
Em Alcobaça, a efeméride era assinalada de “modo idêntico”, isto é, através de
foguetório.
Os primeiros “de
lágrimas”, eram lançados nas últimas horas de 24 de abril.
Os segundos “de
festa”, surgiam, já a 25 de abril, mal acabavam de soar as badaladas, nos
sinos do Mosteiro.
Numa dessas
ocasiões, coube a Ilda Fragata, militante do MDP/CDE, ir à Calvaria encomendar
o material pirotécnico. Ajustada a quantidade pretendida e pago o respetivo
preço, a Ilda expôs a dificuldade de arranjar alguém que pudesse ir buscar a
encomenda, ainda durante o dia.
A Senhora não se
preocupe!, respondeu imediatamente o vendedor. Temos de levar os dos outros;
também não nos custa nada levar os vossos!
E assim os foguetes
chegaram a tempo de o Júlio da Sofia os deitar à hora do costume, para alegria
de todos nós.
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