VINHO DA ADEGA COOPERATIVA DE ALCOBAÇA VENDIDO AO
DESBARATO PARA A URSS (1975)
Fleming de Oliveira
Em abril de 1975, a Adega Cooperativa de Alcobaça carregou
3.000 pipas de vinho com destino à URSS. Este carregamento que fez parte de um
contingente de 5000 pipas, era tanto de vinho tinto, como de vinho branco. A
Adega Cooperativa era presidida pelo
“antifascista”/MDP, a única credencial que possuía, Manuel Nogueira
Silvestre que mais tarde veio a desaparecer de Alcobaça, sem deixar rastos,
(salvo as ruínas de uma antiga fábrica de rações). Era pai de Jorge Silvestre,
presidente da primeira CA da CMA depois do 25 de Abril, e segundo os
agricultores associados tratou-se de um negócio ruinoso, por ele exclusivamente
tratado, sem dar satisfação aos demais elementos da direção. Cada litro de
vinho foi vendido a 2 escudos e 50 centavos. Nunca se apurou quais os
interesses subjacentes ao negócio, embora isso tivesse sido objeto de
especulação e de mal estar.
Hernâni Bastos (personalidade política e socialmente também controversa mas por outras
razões), veio a substituir Silvestre e repor alguma ordem na casa, não
permitindo mais vendas semelhantes, ao desbarato e aos amigalhaços.
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