NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Delgado,
Samuel, empresário e Presidente do Conselho de
Administração de Solancis, empresa sediada na Benedita, foi condecorado pelo
Presidente da República Cavaco Silva com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial em cerimónia que decorreu
no dia 17 de dezembro de 2015, no Centro Cultural de Macieira de Cambra/Vale de
Cambra, que marcou a conclusão de 8 Jornadas no Roteiro para uma Economia
Dinâmica.
-Oficialmente
constituída em 1969, a Solancis iniciou todavia a sua história na primeira
década de 1900. As 12 pedreiras da Solancis ficam situadas no mais importante
repositório de formações calcárias de Portugal, o Maciço Calcário Estremenho, e
em Pero Pinheiro. Exporta cerca de 95% dos produtos, para mais de 50 países.
Recorde-se que em outubro de 2014, Cavaco Silva havia visitado as
instalações da Solancis,
também no âmbito do Roteiro para uma Economia Dinâmica. O Chefe de Estado
quando chegou à Solancis, foi recebido por Samuel Delgado, Presidente do
Conselho de Administração, Luís Miguel Goulão, Presidente da Assimagra e da Valor Pedra,
bem como Paulo Inácio, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
-No
curriculum da Solancis, consta o trabalho de reconstrução do Arco da Memória, em 1981,Vidais, conforme refere Fleming de
Oliveira em No Tempo de Salazar, Caetano e Outros.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Secretário de Estado da Juventude e do
Desporto, perante cerca de 400 pessoas inaugurou no dia 1 de outubro de 2006, o
Pavilhão Gimnodesportivo da Burinhosa. Tratou-se de uma obra particular, do
Centro de Cultura, Recreio e Desporto da Burinhosa, mas com finalidade pública.
Era um sonho com 20 anos, afirmou Sérgio Soares, Presidente da
Direção do CCRD. Trata-se de um dos bons
equipamentos do concelho, enalteceu Gonçalves Sapinho que elogiou a
parceria público-privada que permitiu a viabilização desta obra. Laurentino
Dias salientou que este pavilhão serve
para todas as idades, mas essencialmente ara criar hábitos desportivos na
juventude.
Após
a inauguração e almoço oferecido à população, a parte da tarde foi animada por
vários grupos de folclore.
-A
noite do sábado, dia 4 de novembro de 2006, foi talvez inesquecível para os 52 ciclistas e para as duas dezenas de
ex-dirigentes, treinadores e jornalistas que marcaram o último meio século do
ciclismo português, alvo de uma homenagem pelo Alcobaça Clube de Ciclismo.
A
semana do ciclismo terminou com um jantar no Mosteiro, abrilhantado pela
presença de muitos antigos campeões e velhas
glórias da modalidade que disputa com o futebol o estatuto de maior
popularidade.
Leia-se aqui Timóteo de Matos.
-A
Pousada da Juventude de Alfeizerão – São Martinho do Porto, reabriu no dia
7 de agosto de 2007, remodelada, melhorada e ampliada, apresentando 70 camas,
um aumento de 16 face aos quatro anos anteriores, quando fechou para obras.
Apesar
de estar a funcionar desde julho passado, a fita foi cortada pelo Secretário de
Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
As
obras da Pousada, uma das 45 existentes no continente, são consequência da
parceria entre a Câmara Municipal de Alcobaça e Governo. Embora a remodelação
seja da Administração Central, os custos de funcionamento serão também
assumidos pela autarquia, que terá direito a algumas camas. A novidade,
avançada por Laurentino Dias é que o município
doravante poderá dispor de alojamento em qualquer Pousada de Portugal, não
cingindo os seus direitos à de Alfeizerão. Dê aos jovens a oportunidade de viajarem e de conhecerem o país inteiro,
desafiou o governante.
Casado
com Maria de Lurdes Franquinho, tem dois filhos.
Foi
barbeiro no Zé do Laço na Rua 16 de outubro/Alcobaça, em frente à Loja Camilo.
Frequentou
Escola da Marinha Mercante e um Curso de Hotelaria.
Trabalhou
na Marinha Mercante de 1966 a 1998 em Paquetes como o Infante D. Henrique
(restaurado), Funchal, e Vasco da Gama.
Foi
responsável pela secção de futebol do Centro Cénico da Cela entre 1977 e 1979,
sendo Presidente do C.C. da Cela desde outubro de 1998.
-O
Centro Cénio e de Bem Estar Social da Cela detém um vasto império, construído
com sacrifícios e apoios. Ocupa o segundo lugar do ranking das empresas
empregadoras da Freguesia da Cela, dedicando-se ao bem-estar social dos idosos
e crianças.
Questionado
como surgiu a sua ligação a este grandioso projeto de solidariedade social,
José Dias diz que desde a fundação do CCC
que me encontro ligado à associação. Como andei embarcado muitos anos, a minha
ligação era menos estreita do que o é atualmente. No entanto, esta associação
é, para mim, tal como para muitas pessoas que a viram nascer e crescer, um
forte motivo de orgulho. E é por esse orgulho e vontade, que a associação
continue a crescer, que me encontro, atualmente, ligada a ela, como presidente
da direção. Entende que, enquanto presidente da direção, o seu mandato
começou bem tem corrido bem e
inteirei-me, facilmente, dos mecanismos de funcionamento desta associação. No
entanto, penso que poucas são as pessoas que imaginem o trabalho que dá gerir o
Centro Cénico da Cela. Mas penso que o mais difícil já foi feito. No futuro, há
que prosseguir e dar continuidade a este projeto.
-O
CCC celebrou o seu 27º aniversário no dia 6 de outubro de 2000.
Para
assinalar a data, foi servido um jantar a mais de 200 sócios, amigos e
simpatizantes. Seguiu-se uma passagem de modelos, que agradou ao vasto público,
onde muitas crianças e jovens desfilaram com a moda Outono/inverno.
À
meia-noite as 27 velas de um enorme bolo de aniversário foram apagadas pelos
presentes.
-No dia 6 de outubro de 2010, o Centro
Cénico da Cela teve sala cheia para a comemoração do seu 40º aniversário. São
40 anos de luta mas que os corpos dirigentes desta casa, ao fim desse tempo,
fizeram uma obra que todos devem sentir orgulho nela, disse José Dias.
Para assinalar a data, realizou-se um
almoço convívio em que estiveram presentes 300 pessoas. Não havia lugar para
mais, informou o
presidente.
Durante
a tarde, atuaram a Orquestra Ligeira e Juvenil da Freguesia do Bárrio, a
Orquestra Juvenil da Cela e a Escola de Música do CCC.
Nesta
festa, compareceu Orlando Pereira, antigo Presidente da Junta de Freguesia do
Bárrio, que aproveitou a presença do presidente da Câmara Municipal de
Alcobaça, para lhe pedir que adormeça e
acorde todos os dias a pensar nos nossos jovens, porque eles são o futuro.
-No
âmbito do Ano Nacional do Livro e da
Leitura, o CCC promoveu no domingo, 29 de outubro de 2000, mais um encontro
com um escritor a fim de tentar incutir hábitos de leitura aos celenses.
Esta
iniciativa, que teve lugar na mediateca do CCC, contou com a presença de João
Lázaro, autor do livro Mulheres a flor da
Pele, também encenador e ator de teatro e psicólogo.
Durante
cerca de uma hora e diante uma plateia composta por algumas dezenas de pessoas,
João Lázaro apresentou o seu livro, e explicou como ele aconteceu. Quando
tinha dez anos, apercebi-me que inventar histórias deveria ser a coisa mais
fantástica que pudesse existir, garantiu, despertando desta forma, para a
vontade de escrever um livro.
Este
desejo foi acalentado durante anos e, depois de ultrapassada a barreira dos 40
anos, João Lázaro concretizou-o.
Mulheres a flor da Pele, é dividido por duas partes distintas.
Na
primeira parte, o autor apresentou o caso de um divórcio, sendo a mulher a
figura principal, enquanto que na segunda, retratou seis histórias de homens
que fogem de mulheres.
Revelando-se
um excelente comunicador, João Lázaro respondeu às questões colocadas, para
além de desvendar superficialmente o conteúdo de Mulheres a flor da Pele.
Esta
iniciativa contou com a atuação do grupo 4
CÊS, que completou a tarde cultural com a interpretação de bonitos trechos
musicais.
-O Centro Cénico da
Cela inaugurou no dia 6 de outubro de 2012, o novo Lar residencial de Idosos,
com capacidade para 48 utentes.
O investimento de 1,6 milhões de euros, realizados na
totalidade pelo CCC, com o apoio de amigos e familiares da instituição, irá
criar 15 postos de trabalho. O CCC espera apoio da autarquia de Alcobaça, que
poderá ser de 150 mil euros, e que a Segurança Social possa efetuar novo
protocolo de apoio à instituição, que com esta obra vem dar resposta à procura
existente no concelho para este tipo de instituições.
Estiveram presentes, a diretora regional da Segurança Social,
o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, o presidente do CCC, o presidente
da Junta de Freguesia da Cela, o presidente da Assembleia Municipal de
Alcobaça, além de outras entidades e muitos populares.
-A
Escola de Música do Centro Cénico da Cela, assinalou, no sábado dia 24 de junho
de 2015, o 16.º aniversário de atividade, com um jantar-concerto.
A
iniciativa reuniu músicos, professores, pais, dirigentes e sócios da
instituição, lotando por completo o salão multiusos do Centro Cénico.
Durante
o jantar-concerto foi possível assistir à estreia em palco de crianças, entre
os 4 e os 7 anos de idade e às atuações dos restantes alunos desta escola de
música, que tem formado músicos ao longo das últimas décadas.
Paulo
Mateus, presidente da Junta de Freguesia da Cela, considerou que a escola de música está no caminho cero,
enaltecendo o excelente trabalho que o professor Nuno Montez desempenha na
instituição.
O
vereador Carlos Bonifácio, também deixou votos de sucesso e continuação.
-O
auditório do Centro Cénico da Cela recebeu, na manhã de sábado dia 21 de
fevereiro de 2016, uma ação de sensibilização para prevenir acidentes com
tratores.
Na
audiência, estiveram pressentes mais de uma centena de agricultores de várias
freguesias do concelho de Alcobaça.
Alcobaça
é o concelho da zona Oeste com mais acidentes com máquinas agrícolas, que em
2015, roubaram a vida a quatro pessoas. Daí que Paulo Inácio, tenha mostrado
vontade em arranjar soluções para o problema.
De
acordo com Sérgio Gomes, comandante operacional distrital da Autoridade
Nacional de Proteção Civil, a taxa de
mortalidade em acidentes agrícolas é elevadíssima e, por isso, destaco o
trabalho da ação de sensibilização para prevenir acidentes.
Leia-se aqui Rogério Raimundo.
Dinis,
Vera Lúcia, com
o pseudónimo (literário) Brigite Salvado, nasceu em Abril de 1980, numa
manhã de chuva intensa.
Foi
criança e adolescente na pequena aldeia junto à serra dos Candeeiros onde, com
os pais e irmão mais novo, cresceu ao
ritmo das estações e dos ciclos da natureza.
Desde
cedo, sentiu um gosto pelos livros, que não existiam em casa e que na escola
eram escassos. A biblioteca itinerante da Gulbenkian visitava, de tempos a
tempos, a vila de Benedita e Vera fazia oito quilómetros para ir de bicicleta buscar os livros com que alimentava o seu
principiante universo (recorda-se ainda hoje, com exatidão da emoção que
sentiu ao ler o Menino de Bronze, de
Sophia de Melo Breyner). Vera foi crescendo e, nos dias que se sobrepunham, a vontade de escrever acompanhava a de
ler, em igual intensidade. Tinha 10 anos quando viu um texto seu publicado
no Pórtico, jornal local da vila,
onde estudava.
Um
ano antes, o professor da quarta classe entregara-lhe um livro que ganhara num
concurso de texto livre, com a seguinte dedicatória Para a Vera, que um dia escrevas também o teu livro. Este sonho
tornava-se cada mais nítido. Mas aos 16 anos foi aconselhada a seguir a razão em detrimento do coração e
prosseguiu os estudos para a área das Ciências, em vez de Humanidades, para
onde o seu perfil indiciava predisposição. Contudo, isto não a impediu de
continuar a evidenciar o gosto pela palavra e língua portuguesa, tendo
participado em concursos literários escolares.
Os
anos sucedem-se e em 1998 foi estudar para Lisboa, cidade pela qual nutre uma cumplicidade inexplicável desde o primeiro
momento. A experiência de estudar longe de casa, permitiu-lhe amadurecer,
mas também contactar com pessoas muito diferentes. É a heterogeneidade maior que existe numa cidade como Lisboa, que a fez
amar lá viver e lhe permitiu descobrir a vantagem da diferença. Durante
esse tempo, escreveu o primeiro livro, um romance A dois passos de ti, que nunca saiu/sairá da gaveta.
Em
2002, já licenciada, regressou a casa para começar a trabalhar em Leiria. A escrita é adormecida, embora nunca
totalmente, para se focar na sua área profissional. Casou-se em 2005 e
continuou a residir na sua aldeia, onde possui a tranquilidade e conforto de
uma casa do campo, com a harmónica proximidade à natureza. De facto, os elementos ligados à natureza mais tarde revelar-se-ão
muito influentes no seu processo criativo - o vento e a visão da serra, a chuva
e o cheiro a terra molhada, o aroma do pinheiro e do alecrim, a floresta e o
conceito de refúgio absoluto. Quando pegava numa caneta sentada na sombra de
uma árvore, imaginava lugares que sabia não existirem na realidade, mesmo nunca
tendo viajado. A sensação de escrever sincronizava-a, equilibrava o seu mundo
interior, pois era o momento em que materializa os seus pensamentos,
tornando-os palavras escritas e ao fazê-lo era como se expurgasse toda a
inquietação que carregava. Tal como nessa altura, ainda considera que a sua
maior arma contra os males do mundo é a imaginação: as infindáveis
possibilidades de alterar os fins espectáveis das histórias ou os cenários das
mesmas.
O tempo, com a sua força imensurável,
fez com que crescesse como mulher, através das muitas experiências
profissionais e pessoais, mas particularmente a de ser mãe. A
sua permanente vontade de viver de forma apaixonada e de se entregar em tudo o
que faz revelou-se profundamente na maternidade, proporcionando-lhe um novo
sentir.
Tudo
se propiciou para que em 2013, Vera desse
à luz o primeiro livro – Vai e Vem.
Poesia impetuosa, com alguns lugares comuna serviu de alavanca à experiência ao
tornar público como alega o seu mundo
interior, processo que lhe exigiu a par de responsabilidade, uma sobredose de
coragem.
Este
acontecimento repetiu-se no ano seguinte com Água Doce, de verso livre e com
uma linha condutora identificada. Nestes dois trabalhos, Vera escolheu o
pseudónimo Brigite Salvado para os assinar.
O que o futuro trará a Vera em matéria
de escrita, tal como em qualquer campo, não é possível adivinhar, no entanto
enquanto viver o que escrever certamente não há-de ser poesia ao metro.
-Vera
Dinis, apresentou, no dia 26 de novembro de 2016, o livro de poesia Brigite No País das Armadilhas, no
Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita.
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