NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Afonso,
João Belo, em setembro de 1975, João Belo, que viveu muitos anos nos
Estados Unidos onde se naturalizou (tem
dupla nacionalidade), vinha calmamente de Peniche para Alcobaça, no estafado FIAT 124.
Por
volta de uma hora e meia, noite de lua cheia e céu limpo, perto do Restaurante O Cortiço, em Tornada, diz que vi de repente dois focos à frente do meu
carro, verticais, de cima para baixo sobre a estrada, que me pareciam perseguir
e pensando que fossem os faróis que tivessem caído pois estavam podres, apaguei
a luz. Porém, os focos continuaram ligados. Parei o carro, abri a porta
receosamente, e vi claramente que os focos não eram do carro, mas de alguma
coisa que estava por perto a voar.
Por
esta altura, vivia-se um grave momento de agitação política e social. Há pouco
houvera o assalto à sede local do PCP, dias depois Álvaro Cunhal ia sendo apanhado
à mão, junto ao Pavilhão Gimnodesportivo de Alcobaça. Não obstante
João Belo ser cidadão norte-americano naturalizado, nunca deixou de ser
português-alcobacense e como teve alguma intervenção nesses acontecimentos,
pensou inicialmente que poderia estar a ser vítima de uma retaliação.
Continuando o caminho, quando chegou ao lado da Casa do Pão-de-Ló, junto às bombas de gasolina GALP, viu
dois rapazes de motorizada, parados, a olharem estupefactos para o ar. Parou o
carro junto deles, saiu e apercebeu-se da presença de um objeto redondo, como
um disco, de grandes e fantásticas dimensões que o vinha seguindo,
aparentemente metálico e acinzentado, imobilizado aproximadamente no local
correspondente ao da curva onde se situa atualmente a entrada para Alfeizerão,
no sentido, Alcobaça/Caldas da Rainha, sob o viaduto da A8.
A
certa altura, os fortes focos apagaram-se, enquanto que, luzes mais pequenas se
acenderam, como as de uma janela de avião.
O aparelho assemelhava-se vagamente, se
bem me apercebi, a dois pratos de sopa, virados um contra o outro, com janelas
iluminadas na cercadura e com aberturas por baixo que pareciam as turbinas de
um jato.
João
Belo, não percebeu se alguém ocupava o aparelho, de onde não saía som algum
De
repente, ao fim de um ou dois breves minutos o disco disparou em direção à
encosta do lado nascente, sem barulho ou fumo e desapareceu sem deixar rasto.
Que
tipo de propulsão utilizava? Não faço a
mínima ideia.
Com
os rapazes da motorizada, que ainda hoje não sabe quem eram, mas supõe que
deveriam ser trabalhadores rurais da zona, comentou que estavam perante
um disco voador. Mas eles estavam tão admirados, perplexos e até possivelmente
receosos, que não lhe responderam. Depois do disco arrancar, quando se apercebeu que, afinal, não estava
a ser nem observado, nem perseguido, aliviou a tensão e continuou o caminho,
tentando encontrar mais vestígios da presença do aparelho. Meteu-se no
carro e parou à frente na curva para o Casal Pardo, a olhar para o céu. Mas já
nada mais viu.
Em
2008, João Belo foi procurado em casa em Alcobaça, por Manuel Silva Mateus, que
de acordo com o cartão de apresentação, se intitula Psicólogo,
Parapsicólogo, Terapeuta Holístico e Membro Qualificado da Federação Mundial de
Parapsicologia e Ciências Afins e lhe disse estar a investigar e
estudar este tipo de fenómenos e lhe
pediu que contasse a história, com vista a inseri-la numa série que
passou, ao fim das tardes de domingo na RTP2, da autoria de Joaquim
Fernandes-CTEG, intitulada Encontros Imediatos.
-Já
em outubro de 1954, o Diário Popular havia publicado uma notícia sobre a presença
de um charuto voador, sobre Alcobaça e S. Martinho do Porto. Cerca das 18h, do
dia 17, observou-se sobre a vila de S. Marinho do Porto, um objeto esquisito,
com a forma de um charuto, que se movia lentamente segundo uns, rapidamente de
acordo com outros em direção ao norte. A essa hora, muitas centenas de pessoas
testemunharam o facto, pois o charuto voador esteve visível, durante cerca de
10m. Entre essas pessoas, contavam-se Domingos Cabrita (Diretor do Externato
Alcobacense e aqui referenciado), Sebastião Vazão de Almeida (Diretor do Posto
de Alfândega da Nazaré e aqui referenciado), e o Professor Doutor José Carlos
Nascimento e Silva (do Instituto Superior Técnico). O alcobacense Sebastião
Vazão de Almeida, afirmou ter visto o objeto, que emitia reflexos avermelhados, ia a grande altura, mas era bem visível,
apesar da velocidade que o animava. O testemunho do Dr. Vazão de Almeida
(aqui rererenciado), por se tratar de
um antigo aviador civil, possuidor de brevet, foi particularmente interessante.
Afirmou ter a certeza que não se tratava
de um avião de carreira ou de outro tipo, mesmo jacto. Não podia precisar
quanto tempo demorou a passagem, bem como a distância que vai do ponto onde
estava, até ao farol de S. Martinho do Porto, aonde o perdeu de vista.
Sobre
este assunto leia-se com mais detalhe No Tempo de Soares, Cunhal e
Outros, de Fleming de Oliveira.
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