RAINIER E GRACE KELLY Em ALCOBAÇA E NAZARé (1964)
O IMPERADOR DA ETIÓPIA ATIRA MOEDAS DE OURO AO POVO, NA VISITA A
ALCOBAÇA (1959)
Fleming de OLiveira
Depois
de Isabel de Inglaterra, os jovens Príncipes de Mónaco, Rainier e a charmosa
Grace, acompanhados dos filhos, visitaram Alcobaça em 1964, no seguimento de
uma ida a Fátima, tendo almoçado na Estalagem
do Cruzeiro, em Aljubarrota. Há quem conte, como Luísa Pescadinha, ter
assistido na Nazaré, a Princesa Grace, a
contar e confirmar pessoalmente, as suas típicas sete saias de peixeira.
Em 1959, o Rei dos Reis, O Senhor dos Senhores, O
Conquistador Leão da Tribo de Judah, O Supremo Defensor da Fé e Poder da
Santíssima Trindade, o Imperador
Etíope, Hailé Selassié, que havia sido coroado em 2 de novembro de 1930
(o salmo 87:4-6 foi também interpretado como a previsão da coroação de Hailé
Selassié),
tinha efetuado uma visita a Portugal e, a Alcobaça, atirando aquando do acesso
ao Mosteiro, algumas moedas de ouro aos populares que se debatiam
histericamente atrás delas. Hailé Selassié era, de acordo com
a tradição, o ducentésimo vigésimo quinto da linhagem de imperadores etíopes,
descendentes do bíblico Rei Salomão e a Rainha de Sheba. Nos discursos da
praxe, o Chefe de Estado africano e os responsáveis portugueses, fizeram
referências aos laços históricos que uniam os dois países, desde o século XVI.
Na
evocação da amizade luso-etíope, um episódio parece ter sido mútua e deliberadamente
omitido, a posição assumida por Portugal na Sociedade
das Nações, aquando da agressão da Itália fascista à Abissínia. Porque
é que até determinada altura a defesa da independência da Abissínia mereceu o
apoio do governo de Lisboa? E quais os motivos do volte-face operado por
Portugal, em 1936, quando chegou internacionalmente a altura de endurecer o
regime de sanções imposto à Itália?
NOTA-cfr. o nosso, NO TEMPO DE
SALAZAR, CAETANO E OUTROS
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